Índice CEAGESP apresenta ligeiro recuo de 0,67% em fevereiro

Publicado em 14/03/2012 07:05
A variação de preços no atacado dos principais produtos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteicmento, registrou retração de 0,67% em fevereiro. O economista da CEAGESP, Flávio Godas, explica que as chuvas contínuas que afetam as regiões produtoras neste período vieram com menos intensidade nos primeiros meses de 2012. “Apesar das altas temperaturas registradas em todo o país, não houve grandes perdas na produção, principalmente, de hortaliças”, comenta. No ano, o indicador acumula queda de 5,19%. Nos últimos 12 meses a retração foi de 14,05%.

Com queda de 13,23%, o setor de Legumes apresentou forte retração no período. “Normalmente, nesta época do ano, o setor computaria alta de preços, porém com esta baixa significativa, os consumidores foram favorecidos com excelentes valores para compra”, analisa o economista. As principais quedas foram registradas no tomate (-38%), na abobrinha brasileira (-31%) e no quiabo (-28,2%). As altas ficaram por conta da batata doce rosada (12,7%), pimentão amarelo (6,5%).

O setor de Pescados também teve recuo nos preços, com 5,93%. As principais baixas foram da sardinha (-28,9%), da pescada tortinha (-28,7%) e da pescada (-26,7%). Já as altas foram do camarão ferro (10,3%), do pacu (10,4%) e do polvo (5,6%). 

O setor de Verduras apresentou recuperação dos preços praticados e encerrou fevereiro em alta de 12,33%. Estes produtos são extremamente sensíveis ao clima e, tradicionalmente, registram elevações de preços acentuadas neste período. “Neste ano, o setor acumula alta de 12,69%, valor considerado baixo, se considerarmos que houve recuperação de preços, uma vez que a base de comparação (dezembro) é bastante reduzida para o setor”, avalia Godas. As principais altas de preços foram registradas no coentro (65,9%), almeirão (30,8%) e rabanete (28,1%). As quedas foram do milho verde (-25,8%), do orégano (-11,6%) e do alho porro (-4,2%).

Os setores de Frutas (1,72%) e de Diversos (2,66%) tiveram alta nos preços. No setor de Frutas, os aumentos foram da maçã estrangeira (74,96%), do mamão havaí (50,2%) e do maracujá azedo (32,4%). As quedas foram do abacate geada (-28,7%), da pêra estrangeira (-29,9%) e da goiaba (-20,3%). 

Já o setor de Diversos foi influenciado pela expressiva alta da cebola. O produto se concentra na região sul do País, principalmente Santa Catarina. As principais elevações foram da cebola nacional (20,2%), dos ovos (6,8%) e do milho de pipoca (4,88%). As principais quedas foram da batata comum (-8,3%), do coco seco (-7,1%) e da batata lisa (-3,3%).

Tendência

Com a previsão das chuvas de março, pode haver altas nos preços praticados até o final de verão. “O conjunto chuvas e altas temperaturas são bastante prejudiciais para a maioria das hortaliças”, afirma o economista da CEAGESP. 

Já o setor de Frutas deve continuar com boas opções, principalmente, os produtos em safra como limão, goiaba, caqui, banana nanica, pêra, uva, entre outros, porém, com a demanda ainda aquecida, o setor deve continuar registrando ligeiras majorações.

Índice CEAGESP

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, neste ano, o Índice CEAGESP passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens.

Pêra, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgado mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O ÍNDICE foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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