Manejo da irrigação favorece a produtividade

Publicado em 19/03/2012 16:55
Pesquisadores da Embrapa Hortaliças explicam que ganhos variam de 10 a 30% e a redução do uso de água e energia é de aproximadamente 20 a 30%.
A quantidade correta de água e o momento exato da irrigação são pontos-chave em um manejo adequado. Além de economizar água e energia, o controle pode assegurar um melhor desempenho em termos de produtividade e qualidade das hortaliças.

Para que a irrigação seja eficiente e resulte em impactos positivos na lavoura, é necessário considerar fatores como o clima e o solo. Os dois são determinantes quando se trata de escolher o método de manejo de água mais apropriado para a irrigação.

O pesquisador Waldir Marouelli, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explica a importância do manejo.  Segundo Marouelli, alguns métodos de manejo da água de irrigação utilizam informações climáticas, como temperatura, umidade relativa do ar, vento e radiação solar, para calcular a quantidade de água que a planta consome.

Em outros casos, a metodologia monitora somente a umidade do solo. “Neste caso, quem determina se a secagem do solo é mais rápida ou mais lenta é a planta que, inexoravelmente, está sendo afetada pelos fatores climáticos”, diz. O pesquisador Marcos Braga, também da Embrapa Hortaliças, esclarece que a demanda hídrica das plantas funciona, basicamente, “como as pessoas que, em dias mais quentes e secos, consomem mais água e vice-versa”.

Quando o agricultor não reavalia constantemente essas condições durante o cultivo e simplesmente estabelece um critério fixo para a irrigação, deixa de otimizar o uso da água e o ganho com a produção. “Na horticultura, por exemplo, o produtor que não utiliza nenhum controle da irrigação e passa a adotar alguma técnica para manejo, como avaliar as condições climáticas ou empregar um sensor de umidade do solo, na média geral, obtém um aumento de 10 a 30% da produtividade”, estima Marouelli. Ele acrescenta que, por sua vez, a redução do uso de água e energia gira em torno de 20-30%.

O gasto que o produtor tem com água e energia é muito menor diante dos recursos despendidos com a exigência nutricional e fitossanitária das plantas. Por conta disso, ele acaba por irrigar em excesso, o que favorece a incidência de doenças e compromete o pleno desenvolvimento das plantas. “O ponto de equilíbrio é importante porque a irrigação em excesso pode causar a lixiviação de nutrientes e, com o prejuízo da parte nutricional, a planta fica mais fraca e mais suscetível a doenças”, explica Braga.
Fonte: Mapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

COOPERATIVISMO EM NOTÍCIA - edição 13/12/2025
Minerva Foods avança em duas frentes estratégicas e alcança categoria de liderança do Carbon Disclosure Project (CDP)
Pesquisador do Instituto Biológico participa da descoberta de novo gênero de nematoide no Brasil
Secretaria de Agricultura de SP atua junto do produtor para garantir proteção e segurança jurídica no manejo do fogo
Manejo do Fogo: Mudanças na legislação podem expor produtores a serem responsabilizados por "omissão" em casos de incêndios
Primeira Turma do STF forma maioria por perda imediata do mandato de Zambelli