Preços Agropecuários: Queda de 0,53% na segunda quadrissemana de março

Publicado em 21/03/2012 08:25 e atualizado em 21/03/2012 08:56
Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice devido a sua importância na ponderação dos produtos, tanto o IqPR como o IqPR-V tem quedas maiores e fecham negativamente em 0,62% e 6,23%, respectivamente.

Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas na segunda quadrissemana de março foram: carne de frango (16,29%), ovos (10,87%), laranja para mesa (2,83%) e amendoim (2,72%).

A ascensão nos preços da carne de frango reflete a relação com os períodos anteriores (que apresentavam valores reduzidos), ademais a demanda interna está relativamente firme e os granjeiros adequaram a oferta do produto face aos custos de produção que estavam maiores que a remuneração recebida.

Para os ovos, o período da quaresma, com a tradição religiosa de consumir menos carne, aumenta a preferência pelo produto, elevando os preços recebidos pelos granjeiros. A volta às aulas e o retorno de alto percentual de trabalhadores das férias de verão também aquecem o consumo.

Na laranja para mesa, a demanda para sucos com a volta às aulas e o final da colheita de outras frutas permitiu a reversão do quadro de queda de preços, passando a apresentar elevação nesta quadrissemana.

No amendoim, mesmo com o aumento de área e da produtividade, os baixos estoques de passagem levaram a movimentos de preços em alta, precificando a possibilidade de escassez durante o decorrer do ano.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços nesta quadrissemana foram: tomate para mesa (27,48%), batata (22,85%), feijão (19,02%), café (11,98%) e banana nanica (6,37%).

O tomate, produto perecível que se caracteriza pela alta amplitude de variação conjuntural nos preços, uma vez que com as temperaturas elevadas, prossegue com a boa oferta nas lavouras, levando à continua redução das suas cotações, entretanto em menor intensidade que nos períodos anteriores.

Na batata, também solanácea perecível, verifica-se a reversão dos preços, que num primeiro momento tende a se manter, mas num segundo momento, com o aumento do consumo no final das férias, poderá refrear essa tendência de baixa.

As secas que provocaram o atraso do plantio das águas nas principais regiões produtoras elevaram os preços recebidos pelos produtores de feijão. Porém, em meados de fevereiro, com a entrada de um volume mais denso do produto, reduziu-se as cotações em relação ao período anterior.

No café, os preços internacionais associados à valorização cambial indicam tendência de queda nos próximos movimentos tanto internos quanto externos, situação que poderá ser alterada para melhor ou pior na dependência do desenrolar da crise européia.

Para a banana, o fim do verão e a perspectiva de entrada em maior quantidade de outras frutas como a maçã levaram os preços a recuo na principal região produtora paulista. As dificuldades de colocação da fruta em tradicionais mercados do exterior também aumentaram a oferta interna estimulada pelo câmbio.

No período analisado, 7 produtos apresentaram alta de preços (4 de origem vegetal e 3 de origem animal) e 12 apresentaram queda (9 vegetais e 3 de origem animal). A laranja para indústria está sem cotação de preços devido à entressafra.
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Fonte:
IEA

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