Economia mundial e tendências para o Agronegócio foram debatidos no lançamento do Circuito

Publicado em 13/04/2012 14:15
O Circuito Aprosoja 2012 foi lançado nesta quinta-feira (12), no auditório do Senar em Cuiabá. O evento começou com palestras de grandes nomes da economia e do agronegócio nacional, Ricardo Amorim e André Pessoa. De acordo com o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, o Circuito já está consolidado no calendário agrícola de Mato Grosso. “Estamos na sétima edição e todos os produtores esperam no interior do estado, aguardando informações para tomar decisões importantes em suas propriedades”, disse.

O economista e apresentador do programa Manhattan Connection, Ricardo Amorim, falou sobre macroeconomia e os impactos no agronegócio. O tema da sua palestra foi “Brasil, condenado a dar certo”, o consultor participou do Circuito Aprosoja pela segunda vez e concorda que é preciso disseminar conhecimento aos produtores. “Só podemos tomar boas decisões com base em informações e análises. As palestras que são levadas ao interior do estado, diretamente ao produtor rural, fazem isso muito bem”, afirmou. Em sua palestra, Amorim explicou que é um ótimo momento para o produtor fechar negócios. “No momento atual a soja está com um bom preço e há uma série de riscos que podem levar esses preços a cair, tanto no mercado internacional, com a queda do dólar lá fora, como aqui no Brasil. É preciso estar atento agora, pois a volatilidade da economia vai acontecer de maneira colossal”, afirmou.

André Pessoa estimulou os mais de trezentos convidados a fazer uma reflexão sobre a fase positiva que o agronegócio está vivendo. “É preciso chamar a responsabilidade para cada um dos produtores rurais, não só para o governo, para que com esta fase positiva consigamos gerar crescimento e renda”, explicou, lembrando que o desafio é fazer com que a produção de grãos cresça em 100 milhões de toneladas nos próximos 10 anos.

A partir do dia 16 de abril o Circuito Aprosoja começa a viajar pelo interior do Estado. Os produtores rurais de 22 municípios assistirão a palestras sobre mercado e planejamento de safra e, especialmente, sobre o tema do evento deste ano: sucessão familiar. Para o delegado-coordenador da Aprosoja em Nova Xavantina, José Almiro Muller, é importante levar estas informações para o produtor em sua cidade. “Participei de todas as edições do Circuito Aprosoja e acho necessário que a entidade leve conhecimento para o interior”, disse.

Sérgio Triches, delegado da região de Sorriso, acredita que o tema escolhido é propício para o momento que os produtores rurais estão vivendo. “Essa discussão ajuda os produtores a definir quais atitudes tomar para dar continuidade à nossa atividade”, afirmou. O delegado-coordenador de Tangará da Serra, Vanderlei Reck Junior, já passou pelo processo de sucessão familiar. “Esse é o tema vivido hoje no estado, quem não está passando por um processo de sucessão familiar está prestes a passar. Como nosso estado ainda é muito jovem, o desbravamento começou há poucos anos, muitos produtores ainda têm dúvidas de como lidar com isso”, disse.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, o Senar-MT vai promover cursos sobre sucessão familiar. “Temos como compromisso capacitar pessoas e este ano vamos iniciar cursos sobre este assunto e outros temas ligados ao setor da soja, identificamos gargalos e, agora, temos mais de trinta temas para oferecer treinamentos para as pessoas que estão envolvidas neste setor”, explicou Prado. O Senar é um dos realizadores do Circuito Aprosoja. O evento conta ainda com o patrocínio das empresas Intacta, Syngenta, Basf, Banco do Brasil e Sicredi.
Fonte: Aprosoja

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Xarvio lança tecnologias na Agrishow 2024
Relação custo X benefício pesa mais para que o agricultor decida por máquinas com motorização a combustíveis alternativos
Powell diz ser improvável que próximo movimento do Fed seja de alta de juros
Mapas para identificar plantas daninhas em cana alta tornam controle mais eficiente, otimizando operação de colheita e evitando banco de sementes
Avanços nas tecnologias para pulverizadoras ainda são mais lentas que os avanços do agro brasileiro, diz especialista