"EUA decreta calamidade devido à seca, Brasil pouco faz", diz Unida

Publicado em 14/01/2013 08:01
A continuação da seca ameaça a nova safra dos agricultores norte-americanos assim como na região Nordeste do Brasil. A diferença é a postura dos governantes. O Brasil continua sem ações públicas à altura do país estrangeiro, que, na última quarta-feira (9), decretou estado de calamidade natural em 14 estados por conta da estiagem prolongada que ameaça a safra de trigo. A informação é da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).
 
Segundo a entidade de classe regional, em terras nacionais, a produção canavieira nordestina teve uma redução de até 60%, a exemplo de vários municípios do estado de Pernambuco. O déficit impedirá que os agricultores brasileiros invistam no trato cultural adequado da nova safra de cana de açúcar. “Até as poucas medidas do governo federal, como a renegociação de dívidas e financiamentos a juros menores em função da seca, tem problemas que impedem a participação dos agricultores”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida.
 
O dirigente explica que centenas de produtores não podem participar da ação do governo enquanto não seja decretado estado de emergência no município ou no estado onde a plantação foi afetada – critério para que o agricultor possa participar da medida. Além da seca, Andrade Lima reclama que a burocracia do governo também afetará a nova safra, uma vez que faltarão recursos próprios para que o produtor invista no manejo adequado dos canaviais. Ele lembra que a estiagem na região começou deste o mês de março do ano passado.
 
“Enquanto o tratamento dado aos agricultores do nosso país é este, o governo dos EUA, após observação de oito semanas consecutivas de seca classificada entre severa e extraordinária, decretou situação de calamidade natural em 597 condados de 14 estados”, conta Lima. O dirigente informa  que desde 2012, solicitou ao governo de Pernambuco a decretação do estado de emergência em toda a Zona da Mata, reduto tradicional da cultura canavieira, mas o pleito ainda não foi atendido. Ele fala ainda que muitas prefeituras da localidade ou não conseguiram concluir o respectivo processo, ou não fizeram em função da mudança de gestores em decorrência das últimas eleições municípios.
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Fonte:
Unida

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