Crédito rural cresceu 18% na safra 2012/13

Publicado em 08/04/2013 17:39
O Crédito Rural abrange recursos destinados ao financiamento das linhas de custeio, investimento ou comercialização. Para a safra 2012/13, que começou em julho de 2012 e termina em junho próximo, 62,5% dos R$ 133,25 bilhões foram aplicados na agricultura empresarial e familiar até fevereiro. Isso significa que os R$ 83,3 bilhões aplicados registraram crescimento de 18,1% em comparação aos recursos utilizados na safra 2011/12 no mesmo período, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Condições de crédito mais acessíveis como melhores taxas de juros e maiores limites de crédito foram fundamentais para impulsionar o interesse dos produtores nas aplicações de crédito rural. Exemplo disso é a aplicação de recursos no Programa BNDES de Sustentação do Investimento – PSI, com taxa de 2,5% a 3% ao ano. Os empréstimos previstos nesse programa para a aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem ultrapassaram em 17,2% os R$ 6 bilhões destinados para a safra atual, alcançando R$ 7 bilhões entre julho de 2012 e fevereiro deste ano e representam alta de 63,8% sobre o mesmo período da safra anterior, quando atingiu aproximadamente R$ 4,3 bilhões.

Outro destaque foi o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), que teve a taxa de juros reduzida para 5% ao ano na safra 2012/13, com ampliação da renda bruta de enquadramento e ampliação dos limites de crédito por produtor. As operações de custeio do Pronamp atingiram aplicação de R$ 5,24 bilhões, crescimento de 59% em relação à safra 2011/12 no mesmo período.

O Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura - Programa ABC, com taxa de juros de 5,0% ao ano, atingiu aplicação de R$ 2 bilhões com crescimento de 309% em relação à safra anterior.

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Paraná lidera ranking nacional do crédito rural oficial em 2012

Conforme os dados disponibilizados pelo MAPA as aplicações de crédito rural, para o ano civil de 2012, atingiram o valor de R$ 112 bilhões sendo R$ 63 bilhões em operações de custeio, R$ 32 bilhões em investimentos e R$ 16,7 bilhões em créditos de comercialização. Dessa aplicação a região Sul respondeu por 37% do valor aplicado, sendo o Paraná o estado que mais contratou operações de crédito rural para custeio, investimento e comercialização com participação de 15,4% no total disponibilizado para o Brasil. Em segundo lugar está o estado do Rio Grande do Sul com 14,5% das aplicações e em seguida o estado de Minas Gerais (14%), São Paulo (13%), Goiás (8%), Mato Grosso (8%) e Mato Grosso do Sul (6%).

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Os dados do Banco Central, para o ano civil de 2012, revelam ainda mais detalhes sobre os financiamentos de crédito rural no Paraná. Segundo esses dados dos R$ 17,2 bilhões aplicados, R$ 5,6 bilhões (ou 33%) tiveram como finalidade o custeio de lavouras, R$ 3,1 bilhões (18%) crédito às cooperativas, R$ 1,7 bilhão (10%) máquinas e equipamentos agrícolas, R$ 1,6 bilhão (10%) custeio pecuário e R$ 1,3 bilhão (8%) crédito de comercialização de financiamento para estocagem de produtos agropecuários integrantes da PGPM.
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Na modalidade de custeio de lavouras as culturas de maior montante financiado foram respectivamente soja (44%), milho safrinha (21%), milho verão (13%) e trigo (7%). No crédito concedido à cooperativas teve destaque o fornecimento de créditos de custeio a cooperados com R$ 3,1 bilhões. Tratores e colheitadeiras nacionais foram os itens de maior valor financiado em máquinas e equipamentos agrícolas.

Nas operações de comercialização do Financimento para Estocagem de Produtos Integrantes da PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos) tiveram destaque milho (37%) e trigo (22%). Nas operações de pecuária tiveram maior valor financiado o custeio para criação de bovinos para produção de carne (39%) com R$ 636 milhões e avicultura (26%) com R$ 435 milhões, a aquisição de animais e a melhoria nas explorações principalmente de granjas agrícolas.

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A liderança paranaense nas contratações de crédito rural pode ser explicada pela conjunção de diversos fatores. A estrutura fundiária do estado com 87% das propriedades tendo área inferior a 50 hectares resulta no acesso de milhares de proprietários ao crédito rural do Pronamp e Pronaf. O tamanho dos empreendimentos está mais adequado aos limites impostos pelo crédito rural oficial.

A diversificação de culturas e o plantio de safra de verão e inverno também são motivos para explicar a posição do Paraná. Vale lembrar que as melhores condições de acesso ao crédito, como redução de juros e melhores prazos, bem como a consolidação de programas como o BNDES PSI bens de capital, Programa ABC, Pronamp e Pronaf foram importantes para definir o montante de contratos e valores financiados, tendo em vista a ampliação do leque de itens financiáveis e a criação de oportunidades para investir em novas tecnologias.

O empresário rural paranaense utiliza mecanismos de proteção de produção e de preços. Nesse sentido, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) tem sido instrumentos fundamentais para evitar o endividamento rural quando ocorrem adversidades na produção, mas eles precisam ainda ser aprimorados e massificados.

Na oferta do crédito também tem destaque a rede de agentes financeiros e de cooperativas. A somatória desses fatores criou, ao longo dos últimos anos, uma maior segurança aos ofertantes e demandantes de crédito rural, previsibilidade na alocação dos recursos e estabilização do sistema de crédito rural, caracterizando um jogo de “ganha-ganha”.

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Fonte:
AI Faep

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