Na Folha: Dilma trocará presidente da Funai após os protestos no MS

Publicado em 03/05/2013 09:44 e atualizado em 03/05/2013 10:38
Informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, 3 de maio.
A troca de comando da Funai está publicada na coluna PAINEL, coluna da página de Opinião do Jornal Folha de S. Paulo (edição desta sexta-feira). Abaixo o texto na íntegra:

Troca 1 - Após ouvir protesto de produtores rurais no Mato Grosso do Sul e no Paraná contra estudos de demarcação de terras indígenas pela Funai, Dilma Rousseff decidiu mudar a cúpula do órgão.

Troca 2 - Os ruralistas reclamam que o órgão incentivou a invasão de fazendas por índios em áreas onde não viviam antes do início dos estudos. Será a segunda troca na Funai sob Dilma. Marta Azevedo substituiu Márcio Meira em 2012.

No blog Questão Indígena

Portal Olhar Direto: Expulsão de produtores rurais da Suiá-Missu teve ajuda decisiva da Igreja católica, diz Secretário de Dilma

Por Vinícius Tavares

O ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) teve participação decisiva na desocupação na da Fazenda Suiá Missú, ocorrida em dezembro passado.


A declaração aconteceu durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2013, ne última quarta-feira (13), em Brasília. Gilberto Carvalho ministro destacou as boas relações entre o governo e a entidade máxima da Igreja Católica no Brasil. Como exemplo o Ministro citou o episódio da expulsão dos produtores rurais da área considerada pela Funai como reserva indígena Maraiwatsede, na região do Araguaia. “A reintegração em Maraiwatsede ocorreu graças à intervenção profética de dom Leonardo (Steiner) e de outros membros da CNBB, o que demonstra suas estreitas relações com o governo”, disse Gilberto Carvalho.

A manifestação ocorreu diante de uma platéia formada por representantes de comunidades indígenas do Distrito Federal, de jovens ligados à Pastoral da Juventude, além de membros da CNBB e jornalistas. Dom Leonardo Steiner é o secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e foi bispo em São Félix do Araguaia. Segundo Gilberto Carvalho, teve participação efetiva na negociação para a desocupação da área que era ocupada por centenas de famílias da gleba Suiá Missú.

Beneficiados com a desocupação pelos não índios, os xavantes devem ocupar a reserva a partir de fevereiro. 

Veja aqui algumas pessoas que foram expulsas da Suiá-Missu (no G1-MT):


Paulo Maldos e Gilberto Carvalho comemoram expulsão dos produtores da Suiá-Missu

Pouco mais de dois meses após concluir o processo de expurgo dos produtores rurais da antiga Fazenda Suiá-Missu, no norte de Mato Grosso, o governo federal promoveu ontem, sexta-feira (5), um ato para comemorar a entra da área aos Xavante.

Com ilustres presenças do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; do secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, que foi consultor do Conselho Indigenista Missionário e é exmarido da atual presidente da Funai, e do secretário nacional de Saúde Indígena, Antonio Alves, além de representantes do Ministério da Justiça e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Segundo Maldos, o ato marca o fim do processo de expulsão dos não-índios da área. Antes do início da operação, alguns produtores e líderes políticos chegaram a anunciar que as pessoas não deixariam a área pacificamente. “Não se trata de uma devolução qualquer. Esse foi um processo histórico”, diz Maldos.

Maldos justifica a violência com os não índios. “A meu ver, essa questão de fazer justiça aos direitos indígenas reconhecidos pela Constituição Federal é, mal comparando, como o reconhecimento a um pedido de anistia, quando o Estado reconhece que uma pessoa foi agredida em seus direitos e merece um marco [ato] formal”, explica Maldos. Para ele, o reconhecimento por parte do Estado ao direito dos índios xavantes à área é irrevogável.

Outro que comemorou a expulsão dos produtores rurais foi o bispo vitalício da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga. “Pelo menos nessa hora a Justiça valeu”, disse o velho bruxo, hoje com 85 anos idade. Para o bispo, o caso da expulsão dos produtores da antiga Fazenda Suiá-Missu significou o cumprimento do compromisso do governo com a justiça para com o povo xavante.

Uma análise elaborada sobre o processo o caso Suiá-Missu por Casaldáliga e os demais membros da Prelazia sugere ao governo federal que a conduta adotada para expulsar os produtores rurais se torne modelo, exemplo para demais casos de atuação da política indigenista nacional. O relatório produzido pela Prelazia foi oficialmente entregue ao ministro Gilberto Carvalho no evento.
Fonte: FSP + blog Questão Indígena

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