Lucro do JBS cresce 87% no 1º trimestre, para R$ 242,2 mi

Publicado em 15/05/2013 06:56 e atualizado em 15/05/2013 10:49
Somente o lucro atribuído ao controlador, sem a participação dos minoritários, ficou em R$ 227,9 milhões, alta de 96,3%

 O lucro líquido consolidado da empresa de alimentos JBS atingiu R$ 242,227 milhões no primeiro trimestre, alta de 87% ante o montante de R$ 129,519 milhões do mesmo período do ano passado. Somente o lucro líquido atribuído ao controlador, sem a participação dos minoritários, ficou em R$ 227,893 milhões, alta de 96,3% ante o de R$ 116,079 milhões na mesma base de comparação. 

A empresa ainda informou o lucro líquido ajustado, desconsiderando a parcela do imposto de renda diferido, que se refere ao ágio gerado na controladora decorrente da fusão com o Bertin e que será paga somente se a empresa alienar o investimento relacionado. A cifra ficou em R$ 374,5 milhões, incremento de 55,8% ante o lucro líquido ajustado de R$ 240,3 milhões de janeiro a março do ano passado.

O Ebitda (lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização) da JBS no primeiro trimestre foi de R$ 879,4 milhões, alta de 26,3% ante o de R$ 696,5 milhões do primeiro trimestre de 2012. A margem Ebitda passou de 4,4% para 4,5% na mesma base de comparação.

Por sua vez, a receita líquida da JBS no primeiro trimestre aumentou 22%, passando de R$ 16,011 de janeiro a março de 2012 bilhões para R$ 19,527 bilhões para o mesmo período deste ano.

 

Prepare o estômago: vem aí a carne fabricada artificialmente

Cientista desenvolve hamburguer em laboratório e quer financiamento para produzir em larga escala

 

MAASTRICHT, PAÍSES BAIXOS - Como uma iguaria gastronômica, o hambúrguer criado meticulosamente pelo pesquisador Mark Post certamente não vai fazer ninguém salivar de fome. Mas ele espera que sirva para mudar algumas mentes.

O hambúrguer, montado a partir de pequenos pedaços de tecido muscular, foi feito com carne cultivada em um laboratório. Ele pretende levar um harburguer feito com carne produzida artificialmente para ser comido em um evento público em Londres.

O objetivo é mostrar ao mundo - e às potenciais fontes de financiamento em pesquisa - que a chamada carne 'in vitro', ou carne cultivada, pode virar uma realidade.

"Vamos fazer uma prova científica e mudar a discussão dos que duvidam dessa possibilidade", afirmou o pesquisador em seu escritório na Universidade de Maastricht. "Demonstramos que funciona, mas vamos precisar de financiamento".

No final do corredor, em um laboratório com incubadoras cheios de recipientes de plástico transparente, segurando um líquido rosado, um técnico dedica-se à tarefa de cultivar as dezenas de bilhões de células necessárias para fazer o hambúrguer, começando com uma determinado tipo de célula removida do pescoço de vaca em abatedouro.

A ideia de criar carne em laboratório - com tecido animal real, e não um substituto feito de soja ou de outras fontes de proteínas - tem sido tema de muitas pesquisas ao longo de décadas.O argumentos a favor são muitos, abrangendo tanto o bem-estar animal quanto  questões ambientais.

Vantagens ambientais

Um estudo de 2011 na revista 'Environmental Science and Technology', por exemplo, mostrou que a produção em grande escala de carne cultivada poderia reduzir significativamente o uso de água, terra e energia, além de conter as emissões de metano e outros gases de efeito estufa, em comparação com a criação convencional e abate de gado ou outros animais.

Estes argumentos ambientais devem ganhar força, dizem os defensores da proposta, lembrando que a demanda mundial por carne aumenta proporcionalmente ao crescimento populacional.

A carne que cresce no laboratório, até hoje, mostra-se difícil de ser produzida e muito cara. Para produzir um hamburger são necessárias milhares de tiras finas de tecido muscular cultivadas no laboratório.

O pesquisador fez testes de sabor e garante que, mesmo sem qualquer gordura, o tecido tem um gosto 'razoavelmente bom'. Para o evento de Londres, ele planeja adicionar apenas sal e pimenta.

A carne é produzida com materiais como soro fetal de vitelo, usado como o meio no qual se crescem as células. Eventualmente o líquido têm de ser substituído por produto semelhante de origem não animal.

Preço inicial

O custo final do Hamburger desenvolvido no laboratório foi de cerca de US$ 325 mil. A fabricação em grande escala de carne cultivada, segundo o pesquisador, poderia reduzir o custo e levar o produto a posicionar-se de forma competitiva ao lado das carnes comuns em açougues e supermercados.

"Isso ainda é uma tecnologia em estágio inicial", disse Neil Stephens, um cientista social da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que há muito tem estudado o assunto.

Além do custo, há também questões de segurança - apesar de Mark Post e outros garantirem que carne cultivada deve ser tão segura ou mais que a carne convencional, e pode mesmo ser fabricada de modo mais saudável.

Do ponto de vista do consumidor, o produto pode sofrer restrições, pois não deve ter a mesma aparência que um bife suculento ao ponto."Isso é algo muito novo", disse Stephens. "As pessoas precisam lutar com a ideia de se isso é carne ou não".

Post é bem consciente dos obstáculos."Eu vejo os obstáculos, mas você tem que ter fé em avanços tecnológicos, que vão nos ajudar a superar as barreiras".

E como acontece com qualquer tecnologia, os custos devem cair com o tempo. "Se isso pode ser feito de forma mais eficiente, não há nenhuma razão pela qual não possa ser mais barato ", disse ele.

Couro artificial

A carne cultivada teria algumas vantagens de custos inerentes sobre a carne convencional,disse Hanna Tuomisto, cuja pesquisa, na Universidade de Oxford, na Inglaterra, foi a base para o estudo.

Gabor Forgacs, pesquisador da Universidade de Missouri e um dos fundadores da Prado, empresa iniciante que quer desenvolver e comercializar carne cultivada, está ciente da obstáculos bem. "Vai ser difícil e controverso levar o produto ao supermercado", disse Forgacs.

Dadas as dificuldades, a Prado direciona o foco para a criação de cultura couro. O processo não utiliza células estaminais, mas sim os fibroblastos da pele, células especializadas que produzem colágeno.

"Há uma série de paralelos com a carne cultivada, exceto que ele é muito menos controverso, porque você não vai comê-lo ", disse o Forgacs. "Mas se pudermos convencer a universo que podemos construir o couro, será muito mais fácil convencer o universo que podemos construir carne".

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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