Produtores fazem manifestação em Sidrolândia contra ocupações indígenas

Publicado em 19/05/2013 19:47 e atualizado em 28/02/2020 17:39

Dezenas de produtores dos municípios de Maracajú, Rio Brilhante, Bela Vista, Dois irmãos do Buriti e Sidrolândia estão reunidos na Conveniência Casa Nova, em Sidrolândia – a 70 quilômetros de Campo Grande, debatendo as ações que vão tomar em protesto as ocupações indígenas na região. Segundo os produtores, o objetivo é mobilizar os proprietários de terras e definir ações para protestar contra a ocupação dos índios nas fazendas da região. Eles afirmam não ter informação se a Polícia Federal está na cidade para fazer cumprir a reintegração de posse, expedida pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Renato Toniasso, na última quinta-feira (16).

Veja a notícia na íntegra no site MidiaMax News.

Produtores distribuem nota de repúdio à Polícia Federal na MS-060

Para cobrar o cumprimento da decisão judicial, que determinou a reintegração de posse das fazendas Buriti e Cambará, ocupadas por índios terenas, produtores rurais iniciam uma manifestação, bloqueando a MS-060, na altura do Auto Posto Global, saída para o município de Maracaju. Dezenas de produtores dos municípios de Maracaju, Rio Brilhante, Bela Vista, Dois irmãos do Buriti e Sidrolândia estão na rodovia entregando nota de repúdio aos condutores que trafegam pela rodovia. Segundo os produtores, o objetivo é mobilizar os proprietários de terras e definir ações para protestar contra a ocupação dos índios nas fazendas da região. Eles afirmam não ter informação se a Polícia Federal está na cidade para fazer cumprir a reintegração de posse, expedida pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Renato Toniasso, na última quinta-feira (16). Administradora da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, Celina Ferreira, revela que uma área da propriedade está ocupada pelos índios desde 2002. Na quinta-feira, segundo ela, nova invasão ocorreu no local. “Mesmo tendo a legitimidade da terra, inclusive em várias instâncias, a reintegração é muito demorada por parte da Justiça. Por passar pelo mesmo problema estamos aqui solidários a Ricardo Bacha”, diz.

Veja a notícia na íntegra no site Região News.

No Noticidade: Vereador ajuda em negociação e entrega caminhonete de Ricardo Bacha que estava presa na fazenda

O vereador Cledinaldo Cotócio (PP) tem sido importante na negociação entre indígenas e fazendeiros no conflito que iniciou na última quarta-feira (15). Nesta segunda-feira (20) o parlamentar Cledinaldo esteve na Fazenda Buriti em conversa com lideranças da ocupação, o vereador ficou responsável em devolver a caminhonete S-10 de propriedade do produtor rural Ricardo Bacha que estava na sede da Fazenda. A caminhonete foi levada ao produtor rural que estava no Posto Global na saída para Maracaju, ao lado do prefeito Ari Basso (PSDB) e de diversos produtores rurais Ricardo Bacha ouviu do vereador Cledinaldo que sua casa está intacta e que ninguém mexeu em suas coisas na sede.

Veja a notícia na íntegra no site Noticidade

Foto: Noticidade

MS: Fazendeiros deixam propriedades e saída dos indígenas ainda é incerta

A assessoria de imprensa da Polícia Federal disse ao G1 neste domingo (19) que manterá sigilo sobre a data da desocupação de posse da fazenda Buriti em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, ocupada por indígenas da etnia terena na quarta-feira (15). De acordo com a corporação, a ação exige planejamento e pode acontecer a qualquer momento. Em nota, a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) questionou a demora da polícia em desocupar a área. Conforme a entidade, a Justiça determinou que os terena deixassem o local até a tarde de sábado (18), o que não aconteceu. Conforme a assessoria, nesse mesmo dia os índios haviam invadido a sede da propriedade.

Os produtores tomaram a decisão de permanecer no local, mas os policiais, sob justificativa de proteção, os retiraram do local. Para a federação, há um sentimento “de uma completa e injustificada inversão de princípios na atuação da Polícia Federal”.

No MidiaMax: Após conversa com fazendeiro, índios se mostram dispostos a negociar fim da invasão

Os índios Terena que desde a madrugada de quarta-feira (15) ocupam a fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 77 quilômetros de Campo Grande, tiveram o primeiro diálogo com o proprietário rural, Ricardo Bacha. O diálogo ocorreu durante entrevista a uma rádio local. Após a conversa, os indígenas se mostraram dispostos a negociar o fim da invasão. Entretanto, ainda permaneciam na fazenda Buriti até o fechamento desta edição. Durante entrevista na Pindorama, de Sidrolândia, Ricardo Bacha relatava os momentos de invasão quando os indígenas ouviram a entrevista e ligaram na rádio.

Veja a notícia na íntegra no site MidiaMax.

Na Folha: Índios resistem à reintegração e fazendeiros obrigados a deixar propriedade em MS

Por Daniel Carvalho, jornalista da Folha de São Paulo

Centenas de índios da etnia terena resistiram na tarde deste sábado (18) a uma liminar da Justiça Federal em Mato Grosso do Sul e não saíram da fazenda que ocupam há três dias, em Sidrolândia. À noite, cerca de 500 indígenas continuavam acampados na fazenda Buriti que um grupo menor invadiu na última quarta-feira (15), no município localizado a 73,3 quilômetros da capital. Neste sábado eles passaram a ocupar a sede da fazenda. Os donos da área se recusaram a deixar o local e receberam voz de prisão para liberar a área e não aumentar ainda mais a tensão. "Me socaram dentro de um carro. Fomos expulsos da nossa casa como se nós fôssemos os bandidos", disse à Folha, por telefone, o ex-deputado estadual Ricardo Bacha (PSDB-MS), 64.

Veja a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.

No G1 MS: Indígenas ocupam sede de fazenda e família é retirada por policiais em MS

Foto: G1 MS

Indígenas da etnia terena ocuparam, na manhã deste sábado (18), a sede da fazenda Buriti em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande. Um grupo de pelo menos 180 indígenas já estava ao redor da propriedade desde a madrugada de quarta-feira (15). Segundo a Polícia Federal (PF), o dono da fazenda, Ricardo Bacha, a esposa e o filho foram retirados do local pelos policias para que fosse evitado confrontos no local. A Justiça Federal determinou que o grupo de indígenas  teria que deixar a fazenda Buriti até às 15h (horário de MS).

Veja a notícia na íntegra no site do G1 MS

Famasul questiona atuação da PF nas invasões de Sidrolândia

Assessoria de Imprensa da Famasul

A Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) questiona a atuação da Polícia Federal nas invasões de propriedades ocorridas nesta semana em Sidrolândia (MS). Invadida na madrugada de quarta-feira (15) por índios Terenas, a Fazenda Buriti, de propriedade do ex-deputado Ricardo Bacha, teve sua reintegração de posse emitida no mesmo dia, mas a decisão judicial ainda não foi cumprida. Além da Buriti, outras três propriedades foram tomadas pelos indígenas na mesma região desde então.

Depois de deferida a reintegração de posse, a Polícia Federal concedeu aos indígenas 48 horas para o cumprimento da decisão judicial. Ao final do tempo concedido, os indígenas ignoraram a decisão da 1ª Vara Federal de Campo Grande e a presença da própria PF e invadiram a sede da propriedade neste sábado (18), onde até então estavam o proprietários. Diante da decisão dos mesmos de não abandonar a propriedade e sob a justificativa de proteção, a PF deu voz de prisão ao ex-deputado e à sua família, retirando-os do local.

Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, o sentimento é de uma completa e injustificada inversão de princípios na atuação da Polícia Federal. “Nós estamos falando de uma decisão judicial, até porque os produtores estão agindo dentro da lei. E o que vemos é a ilegalidade predominando, com a Polícia Federal retirando os proprietários e mantendo os invasores”, ressalta.

O dirigente lamenta que, mesmo com a presença do efetivo da polícia, o grupo de indígenas que inicialmente invadiu a propriedade ganhou reforços vindos de vários municípios do Estado. “É de se estranhar que a Polícia Federal declare que não tenha pressa em cumprir a lei. O que as autoridades estão esperando? O que está acontecendo em Sidrolândia é um desrespeito à Constituição Federal. É justamente essa tolerância para com a ilegalidade que provoca o sentimento de impunidade que toma conta de toda a região Sul de Mato Grosso do Sul”, assinala. 

Fonte: Folha de SP+ G1 MS + MidiaMax

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