Exercito pronto para ir `as ruas... Guarda Presidencial treina para os protestos desta quinta-feira

Publicado em 19/06/2013 20:35 e atualizado em 20/06/2013 07:17
no blog de Lauro Jardim, em veja.com.br

Prontos para a rua

Aguardando convocação

Com a explosão das manifestações pelo país, tropas do Exército de Brasília estão recebendo treinamentos específicos, desde sábado, para aplicá-los durante os protestos, caso as Forças Armadas sejam convocadas a ir para a rua.

Por Lauro Jardim

 

Definindo estratégia: guarda presidencial está reunida para acertar detalhes do cerco ao Planalto amanhã

Preparados para as manifestações

Palácio do Planalto já começou a se precaver contra a manifestação anunciada para amanhã em Brasília. Neste momento, cerca de vinte integrantes do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) estão sendo orientados sobre como formar o cerco ao palácio para evitar a aproximação dos manifestantes.

Por Lauro Jardim

 

Haddad errou

Haddad: erro de avaliação

Na avaliação do Palácio do Planalto, Fernando Haddad errou – e muito – neste imbróglio todo das manifestações. Primeiro, por que não foi capaz de dimensionar em tempo hábil o tamanho do movimento.

Até a manifestação de quinta-feira passada, Haddad insistia nas conversas que mantinha com o governo federal que aquilo tudo não passava de agitação estimulada por pequenos partidos radicais, como PSTU e PSOL.  Nada que fosse ganhar corpo.

Ainda na avaliação do Planalto, se Haddad tivesse alertado ou pedido ajuda ao governo a situação não teria chegado ao ponto que chegou. Neste ponto, claro, falta certa auto-crítica do Palácio, que poderia do mesmo modo ter percebido a tempo o tamanho da encrenca.

Na visão do governo, Haddad terá dificuldade para tratar de qualquer movimento grevista a partir de agora. Até segunda ordem, passa a ser um prefeito fraco. Virou um pato manco – ou seja, aquele político que perdeu parte do poder que as urnas lhe deram.

Em resumo, Dilma acha que a culpa é do prefeito.

Por Lauro Jardim

 

Novos protestos

Palácio Guanabara: escritório de Sérgio Cabral

O grupo responsável pela organização das manifestações no Rio de Janeiro acertou o itinerário dos protestos de amanhã: os destinos da vez serão o prédio da prefeitura, no Centro, o Palácio Guanabara, sede do governo do estado, na Zona Sul, e o Maracanã, na Zona Norte.

Ou seja, com a promessa da multidão de bater à porta dos governos municipal e estadual, a temperatura tem tudo patra voltar a subir.

Dois grupos sairão da Candelária, no final da tarde. Um deles estacionará em frente ao edifício onde fica o gabinete de Eduardo Paes, e o restante seguirá para o Maracanã. No mesmo horário, outra turma parte da Zona Sul, em direção ao Palácio Guanabara.

Ontem à noite, durante uma reunião no Centro, o núcleo duro recebeu promessa de adesão de representantes de vários sindicatos, que compareceram ao encontro: Bombeiros, aeroviários, rodoviários, técnicos da Universidade Federal Fluminense e até um Policial Militar reformado.

A turma que organiza os protestos diz ter, sim, pautas claras. Amanhã, os cartazes e palavras de ordem terão como alvos: o preço das passagens e a qualidade do transporte público fluminense, a libertação dos que eles chamam de presos políticos – manifestantes detidos durante as outras passeatas – a privatização do Complexo do Maracanã e os veículos de imprensa.

Por Lauro Jardim

 

Rio se protege

Agência do Itaú destruída

A propósito, por causa da manifestação de amanhã no Rio de Janeiro, tapumes já foram colocados em várias lojas e agências bancárias do Centro da cidade. Tudo para evitar mais uma depredação.

Por Lauro Jardim

 

 

É hora de fechar o cerco aos comparsas que debocham do povo com a celebração do legado inexistente da Copa da Ladroagem

Em outubro de 2007, tão logo a Fifa anunciou oficialmente que o Brasil seria o anfitrião da Copa de 2014,  Lula e Ricardo Teixeira entoaram em dueto a introdução da ópera dos embusteiros: não será gasto um só centavo de dinheiro público, garantiu a dupla cada vez mais afinada. Passados sete anos, registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o ex-presidente enriquece como camelô de empreiteiro e o monarca destronado da CBF gasta em Miami o muito que roubou. Sobrou para os pagadores de impostos a conta da gastança que chegou nesta terça-feira a 28 bilhões de reais ─ e continua subindo.

O palanque ambulante e o cartola gatuno fazem de conta que não têm nada com isso. Lula também finge que não ouve direito uma das palavras de ordem berradas por centenas de milhares de brasileiros que se manifestam diariamente nas ruas do país: “Copa eu não quero, não. Quero dinheiro para saúde e educação“. Cumpre aos ativistas apressar o desmonte do monumento ao cinismo. Cancelar o evento esportivo que subordina o país aos interesses, aos caprichos e à arrogância da Fifa talvez aumente o tamanho do prejuízo. Pode ser tarde. Mas há tempo de sobra para aplicar o Código Penal aos delinquentes que enterraram em estádios inúteis o dinheiro que falta para reduzir as gigantescas carências do Brasil real.

As multidões indignadas acabam de conseguir a redução das tarifas de transporte público. Os pais-da-pátria estão assustados com a descoberta de que a paciência aparentemente infinita acabou. É hora de intensificar a ofensiva contra os quadrilheiros ─ políticos, empresários, cartolas e demais comparsas ─ que continuam a debochar do povo com a celebração do legado inexistente da Copa da Ladroagem.

(por Augusto Nunes)

O vídeo resume o claro recado da multidão aos congressistas: ‘Não tá certo o que eles fazem com o nosso dinheiro! Com a nossa saúde! Com a nossa educação!’

Os manifestantes que sitiaram a sede do Legislativo nesta segunda-feira escolheram o alvo certo no dia errado. Em países que não transformaram o Congresso num clube dos cafajestes, atesta o post republicado na seção Vale Reprise, o regime de trabalho dos parlamentares é igual ao de qualquer cidadão. No Brasil, deputados e senadores inventaram a semana que começa depois do almoço de terça-feira e termina no meio da tarde de quinta.

Como os pais-da-pátria estavam ausentes, os ativistas de Brasília trataram de mandar-lhe aos berros o recado resumido no vídeo. “Nosso ato foi vitorioso, mas o movimento apenas começou”, avisa a multidão. A mensagem fica ainda mais clara segundos depois: “Não tá certo o que eles fazem com o nosso dinheiro, com a nossa saúde, com a nossa educação”. Para os brasileiros decentes, é pura música. Pode virar trilha de filme de terror se os delinquentes com imunidade parlamentar não ouvirem a tempo o coro dos indignados.

O descaramento exibido já na terça-feira sugere que os chefões do Legislativo tiveram o instinto de sobrevivência afetado pelos vapores do poder. Na terça-feira, por exemplo, Gilberto Carvalho apareceu no Senado para falar sobre a tentativa de impedir que uma comissão de sindicância apurasse as bandalheiras colecionadas por Rosemary Noronha, demitida da chefia do escritório da Presidência em São Paulo. À exceção do tucano paulista Aloysio Nunes Ferreira, os senadores escalados para fazer perguntas só fizeram elogios ao ex-seminarista que virou vigia de bordel.

No mesmo dia, a Câmara decidiu deixar para o segundo semestre a votação da PEC 37, que revoga a participação de integrantes do Ministério Público em investigações policiais. A rejeição da esperteza, concebida para livrar da cadeia a bandidagem cinco estrelas, é agora a reivindicação mais urgente dos manifestantes que se espalham pelas ruas do Brasil. Os deputados que estiverem no Congresso nesta quinta-feira, saberão pela voz da multidão mobilizada para outro ato de protesto, que o truque do adiamento não funcionou. A malandragem tem de ser sepultada já.

A sensatez recomenda que os deputados entendam o recado do vídeo. Ou fiquem longe de Brasília pelos próximos meses.

(por Augusto Nunes).

 

 

 

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