Até o ano de 2020, Brasil terá de aumentar a produção em 40%, diz OCDE

Publicado em 02/08/2013 08:42

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sustenta que até o ano de 2020 o mundo terá de aumentar sua produção de alimentos em 20% para suprir as necessidades da população.

“O Brasil será o país que mais terá condições de ampliar produção”, defende o ex-ministro da agricultura (no período de 2003 a 2006), Roberto Rodrigues.

Em palestra sobre organização da pequena propriedade para o mercado, realizada na noite desta quarta-feira (30), pelo Sebrae Goiás e pelo Sistema Faeg/Senar, em Goiânia, o ex-ministro reforçou que o Brasil tem terras disponíveis, gente preparada e tecnologia tropical de ponta que permitirão que o país cresça em 40% sua produção, no prazo estabelecido pela OCDE.

Porém, ressaltou que, para isso, será necessário que o país tenha uma política de produção. “Quando o governo fala em segurança alimentar, ele tem na cabeça o abastecimento e não a produção”, disse Rodrigues, ao esclarecer que a política brasileira é de restrição e não de incentivo à produção.

O país possui 8,5% de seu território ocupados por lavouras; 61% abrigam florestas nativas e, o restante, pastagens, das quais 1/3 estão degradadas e passíveis de recuperação para uso na agricultura.

Nos 85 milhões de hectares considerados, na teoria, agricultáveis, é preciso excluir as Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais (RLs), Parques Nacionais, terras indígenas. “Nos sobram 15 milhões de hectares que são, legalmente, agricultáveis”, explicou Rodrigues, aos cerca de 200 produtores rurais presentes na palestra.

Superar entraves

Além dos entraves ambientais, há a limitação da logística, a carga tributária e a falta de uma política estruturada de segurança à produção e a quem produz. São nesses pontos que a meta de crescimento da produção brasileira pode esbarrar e não se fazer cumprir.

Todos esses aspectos terão de ser considerados e revistos pelo governo uma vez que dos 10 maiores problemas que o mundo terá nos próximos 50 anos, cinco perpassam a agropecuária.

Energia, água, alimento, meio ambiente e pobreza são metade das mazelas que o mundo enfrentará e a agropecuária tem solução para todas elas, na visão do presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner (foto ao lado), que recepcionou o ex-ministro.

José Mário defendeu que a agropecuária tem condições de alimentar a demanda interna e produzir excedentes para a necessidade mundial; produzir energia; ampliar renda e, tudo isso, de forma sustentável, respeitando o meio ambiente.

Preparação da base

Na opinião de José Mário, a preparação para esse aumento de produção deve começar na base. “O principal elemento dessa cadeia, o produtor e suas famílias, deve ser incentivado e apoiado”, ressaltou.

Por isso, o Sistema Faeg/Senar em parceria com o Sebrae Goiás realizam uma série de programas e ações que capacita os produtores a enfrentarem tais desafios.

Gerenciamento é o alicerce dos bons resultados na opinião do diretor-técnico do Sebrae, Wanderson Portugal (foto ao lado), também presente na palestra de Roberto Rodrigues.

“Nenhum programa para o agro, desenvolvido pelo Sebrae, deixa o tema gestão de fora e todos são feitos em parceria com Faeg, Senar e Sindicatos Rurais”, disse.

Dentre eles, estão Programas como Empreendedor Rural (PER), Negócio Certo Rural (NCE), Balde Cheio, Leite Legal, que incentivam a profissionalização, a otimização do trabalho, a ampliação de renda e preparam, em Goiás, a base de produtores que irão contribuir para que o Brasil cumpra as estimativas de aumento de produção da OCDE.

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Fonte:
Faeg

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