Mercado de café: REAL FIRME RENOVA INTERESSE DE COMPRA

Publicado em 10/09/2013 06:31 e atualizado em 10/09/2013 08:00
Por Rodrigo Costa, que escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

A criação de postos de trabalhos nos Estados Unidos não confirmou a expectativa, e a revisão negativa do mês anterior fez com que os operadores questionassem uma eventual diminuição de compra de títulos pelo FED.

Os juros dos títulos da dívida de Estados Unidos e Alemanha subiram na semana para o maior patamar em mais de 2 anos, sinais de que os investidores continuam descontando e acreditando que a “intervenção” dos Estados diminuam (aposta da maioria dos analistas).

As principais bolsas de ações fecharam em alta forte, com destaque para o IBOVESPA e os índices europeus.

As commodities em maioria também subiram, tendo o cacau e o açúcar como os maiores ganhadores.

O café em Nova Iorque fez novas mínimas para rapidamente fechar melhor do que a semana anterior ajudado pela firmeza do Real Brasileiro que voltou para os 2.30.

A curta semana por aqui, em função do feriado do Labor Day na segunda-feira, ao menos serviu para confirmarmos o interesse de compra dos torradores, que mantém ordens de compra em escala de baixa. Ainda que os mesmos creiam em novas baixas, ao menos mostrando que os atuais patamares são atrativos.

No mercado físico a movimentação não foi de toda ruim, e compradores que foram pacientes até agora tem de alguma forma se beneficiado, dado que os diferenciais cedem , muito pouco é verdade, mas que junto com o flat-price melhoram as contas da indústria.

No Brasil foi publicado no Diário Oficial o plano de opções, e tudo caminha para que o primeiro leilão ocorra em breve – o mercado parece já ter descontado o que podia, e o suporte que tem encontrado reflete a eventual retirada de cafés melhores da praça.

Enquanto isto na América Central e Colômbia os produtores se preparam para a colheita, fato que explica uma diminuição no spread entre os diferenciais de compradores e vendedores.

O robusta, apesar dos diferenciais não estarem enfraquecendo, me parece um mercado ainda vulnerável para ceder mais, e claro levar o “C” junto. Além da safra Vietnamita que deve ser muito boa, tem a questão de qualidade do arábica brasileiro que muitos dizem ser pior para o atual ciclo, fazendo com que cafés mais baixos pressionem as cotações, e sejam, em alguns casos, mais baratos do que a variedade negociada na LIFFE.

A recuperação da moeda brasileira deve ajudar a manter o intervalo sugerido entre 110 e 130 intacto, com maior suporte em novas quedas no curto prazo por parte dos comerciais.

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Fonte:
Archer Consulting

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