Kátia Abreu volta a articular sua mudança para o PMDB (e continuar na base do Governo)

Publicado em 02/10/2013 19:27
com informações de Lauro Jardim, de veja.com.br (+ Augusto Nunes)

Reatando o flerte

Conversas avançadas

Depois de agradecer o convite de Michel Temer, afirmar e reafirmar que não deixaria o PSD (Leia mais em: Kátia fica e O ‘não’ e a revolta), Kátia Abreu retomou o flerte com o PMDB: ontem, ficou cerca de uma hora reunida com Temer, que, assim como Valdir Raupp, acredita que a filiação sairá ainda esta semana.

Kátia sabe melhor do que ninguém: caso esteja disposta a migrar e sobreviver no ninho peemedebista, deve andar mesmo afinada com quem manda no partido. Fora da cúpula não faltam rejeições ao seu nome. Eduardo Cunha, por exemplo, não disfarça o descontentamento com a possível filiação.

Resume Cunha:

- Se quiser, que venha. Vai ser só mais uma senadora do partido. Aqui, na bancada da Câmara, ninguém a apoia.

Por Lauro Jardim

Os evangélicos avançam 1

Evangélicos e seus candidatos

Na última semana de filiação, os evangélicos começam a montar suas ‘chapas’ para 2014

A Igreja Mundial de Valdemiro Santiago lançará dois candidatos no Rio de Janeiro em 2014 – Francisco Floriano e o filho Mateus Floriano.

R.R. Soares lançará o filho Marcos Soares novamente – a deputado federal ou estadual.

Silas Malafaia filiou o pastor Sóstenes Cavalcante ao PSD, que já tem Samuel Malafaia como deputado estadual.

Por Lauro Jardim

Os evangélicos avançam 2

Pezão: em busca do apoio evangélico

Silas Malafaia, que sempre diz por aí que apoiará Lindbergh Farias em 2014, almoça hoje com Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão.

Os peemedebistas seguem buscando apoio de evangélicos. Na semana passada, Sérgio Cabral foi de helicóptero até o templo de R.R. Soares.

Cabral também tentou encontrar Malafaia, que não quis recebê-lo.

Por Lauro Jardim

Sobe a produção de petróleo, mas…

Produção cresce

Ainda que de forma tímida, finalmente a produção de petróleo cresceu de um mês para o outro no Brasil. Na comparação entre agosto e julho, a produção subiu 1,8%.

Não foi suficiente, porém, para virar o jogo do resultado ruim de 2013: a produção deste ano, ou seja de janeiro a agosto, é ainda 4,7% menor que a do mesmo período do ano passado.

Por Lauro Jardim

Aluguel de gente grande

Eike: aluguel atrasado

Era de 800 000 reais mensais o valor do contrato de aluguel do edifício Serrador, sede das empresas de Eike Batista, que começou a ser desocupada ontem (leia mais em Caminho de volta). O aluguel está atrasado há quatro meses.

Por Lauro Jardim

 

‘O que aflige o padrinho’, editorial do Estadão

Publicado no Estadão desta terça-feira

Em 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu que seria um lance de alto risco levar adiante o plano com que alguns de seus companheiros flertavam em público – não propriamente à sua revelia – de apresentar um projeto de emenda constitucional que lhe permitiria concorrer a um terceiro mandato consecutivo. A proposta poderia até ser aprovada, se a base parlamentar aliada, no modo rolo compressor, conseguisse ficar surda à grita das parcelas mais articuladas da sociedade, que não deixariam de se mobilizar.

 

A radiatividade política que a emenda deixaria na atmosfera, porém, transformaria a campanha do ano seguinte numa batalha em que o grande trunfo eleitoral do presidente – a exploração e amplificação dos feitos de seu governo, beneficiados por uma quadra de excepcional prosperidade mundial e a ebulição do mercado chinês – seria confrontado pela denúncia de que o candidato tinha importado métodos chavistas para se perpetuar no poder. Afinal, o respeito às regras do jogo, se não por convicção, por frio cálculo de custo-benefício, acabou se revelando uma sacada de mestre.

Apostando pesadamente na capacidade de colocar o seu imenso patrimônio de popularidade para se fazer suceder por seja lá quem tivesse indicado, Lula foi para o tudo ou nada ao escolher, primeiro, uma mulher; segundo, que nunca antes havia enfrentado a servidão de competir pelo voto popular; terceiro, cujo nome (para não falar do sobrenome) era ignorado pela esmagadora maioria do eleitorado; e quarto, como logo ficou claro, uma tecnocrata sem o mais remoto vestígio de carisma, muito menos de naturalidade no uso do idioma falado no dia a dia do País. Em suma, o avesso do seu padrinho.

O resto é história. O “poste” Dilma Rousseff, que não sairia do chão sem o arrimo do presidente, dos recursos de poder do Planalto e de uma máquina de marketing de indiscutível competência, subiu a rampa no primeiro dia de 2011 e tudo tem feito, a exemplo do que fizera o mentor, para repetir a cena na mesma data de 2015. Só que o “tudo” não parece dar para o gasto. Embora os seus índices de aprovação venham se recuperando gradativamente depois de duas quedas acachapantes (uma, por causa do surto de alta do preço da comida; outra, por efeito indireto dos protestos de junho), praticamente se esfumou a previsão fundamentada em sucessivas pesquisas que davam Dilma reeleita já no primeiro turno.

Mesmo nos tempos fartos, porém, a demanda reprimida pelo “volta, Lula” conquistava posições não apenas no PT, mas entre parlamentares, empresários e porta-vozes de diversos grupos de interesse, soberanamente ignorados pela “presidenta”. A tal ponto que, além de dar-lhe conselhos de bons modos políticos que ela relutava em atender, porque contrariavam o seu senso de onipotência, Lula foi obrigado a tomar uma iniciativa de que viria a se arrepender, antecipando o lançamento da recandidatura da afilhada em fevereiro passado, a 19 meses do pleito. Dilma, ao que se comenta, já consegue ser afável com seus interlocutores estratégicos e também ouvi-los, em vez de submetê-los ao suplício de seus monólogos.

Mas o quadro eleitoral é incerto. Um terço do eleitorado ainda não tem candidato. Quantos eles serão tampouco se sabe: Serra concorrerá pelo PPS? Marina irá para a peleja sem a Rede a ampará-la? E, ainda que Dilma leve parcialmente a melhor no primeiro turno, não é improvável a formação de uma frente única em torno do segundo mais votado, fazendo da rodada seguinte a “nova eleição” de que os políticos costumam falar – e sabe-se lá com que resultado.

É muita dúvida para Lula ficar impassível. Depois de avisar que está “no jogo”, apressou-se a esclarecer que isso não significa que será candidato, mas que agirá como se candidato fosse.

Em 2010 ele carregava Dilma para cima e para baixo. Agora pretende fazer mais: “Se ela não puder ir para o comício num dia, vou no lugar dela”. “Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste.” O perigo, a cada momento, será a massa gritar “Lula, Lula”, e ele ter de corrigi-la: “Não! É Dilma, Dilma”. Lula será a “metamorfose ambulante” da apadrinhada.

Vote na enquete: Na próxima conversa com jornalistas amigos, Lula dirá que Rose fez mais de 20 viagens internacionais para fazer o quê?

 

 

Fonte: veja.com.br

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