Hectare de terra vale US$ 25 mil em Chapadão do Sul

Publicado em 19/11/2013 13:47

De US$ 1 (um) para US$ 25 mil. Essa foi a valorização do hectare de terra no município de Chapadão do Sul nas últimas quatro décadas e o responsável por essa expansão é o agronegócio. A cidade, localizada ao norte de Mato Grosso do Sul, registra o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, ficando atrás apenas da capital, Campo Grande. Nesta segunda-feira (18), o município recebe a equipe da Expedição Soja Brasil que, em contato com produtores e sindicatos rurais, avalia a lavoura dos principais municípios produtores da oleaginosa no País.
 
Foi o produtor rural Jorge Michelc que relatou a valorização das terras à equipe do Soja Brasil. “Quando nossos antepassados chegaram à cidade, cada hectare de terra valia um dólar e hoje não é vendido por menos de vinte e cinco mil dólares. O município está localizado em um ponto estratégico, pois faz divisa com cidades próximas a Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, e conta ainda com a linha férrea, o que valorizou a saca de soja”, pondera o produtor.
 
A família Renato Duch é exemplo de outras que fazem parte da história do crescimento do município. Duch é a terceira geração de produtores rurais, que há mais de 30 anos investe em Chapadão do Sul. Com a soja plantada em 4.200 hectares há 50 dias, o produtor prevê colheita de 60 sacas por hectare e credita os bons resultados ao investimento em tecnologias, além da região ter boas condições climáticas e de solo. “Temos um bom clima, solo que propicia o plantio e investimos em tecnologias para melhorar cada vez mais estes resultados”, destaca Duch.
 
O engenheiro agrônomo e consultor da Expedição Soja Brasil, Áureo Lanttmann, avaliou as condições das lavouras de Chapadão do Sul como muito boas. “O desenvolvimento da soja está normal, sem nenhum fator de comprometimento ou deficiência. Podemos observar que a soja está atravessando a fase R1 para R2 e o que o produtor deve ficar atento é para as pragas e riscos do período, como os percevejos. Entretanto, o panorama é de uma safra dentro do previsto”, revela.
 
A expedição – Após percorrer Rondônia e Mato Grosso, o Soja Brasil permanecerá até o dia 22 de novembro em Mato Grosso do Sul. Nesta terça (19), a expedição está em São Gabriel do Oeste e Campo Grande e, no dia 20, em Maracaju e Rio Brilhante. No dia 21, às 15 horas, ocorre o Fórum Soja Brasil, no anfiteatro da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com a palestra “Perspectivas e desafios da safra”. Posteriormente, no dia 21, serão avaliadas as lavouras de Naviraí.

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Fonte:
Famasul

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1 comentário

  • jose carpes Campo Grande - MS

    Júlio Martins foi o corretor que visualizou e idealizou Chapadão do sul, quando transportava seus clientes em aeronaves pequenas. No museu foi deixado um avião por ele utilizado. Em 1980 fiscalizei a implantação de graneleiro da Cotrisa, nem leite para tomar havia. A implantação da rodovia começou larga e foi diminuindo, até conseguir chegar na vila, lembro-me bem, era final de governo, o dinheiro ia acabando. Sempre foi um sonho de todos entregar soja em Santos, até que Olacyr de Moraes implantou a ferrovia com 1,60m, que hoje a ALL explora até Rondonópolis. O avião pousava na avenida, e quando ia decolar, diziam "ergam os pé prá não pegar nos eucalíptos", sempre com rumos no transponder fornecidos por Júlio Martins. Parabéns para Chapadão do Sul, que um dia chamavam Chapadão dos Gaúchos, pessoas irmãs que vieram para cá.

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