Financiamentos de sistemas de irrigação crescem 362%
Desde que o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA), por meio das secretarias de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) e Política Agrícola (SPA), deu início ao atual Plano Agrícola e Pecuário, em julho de 2013, a procura por crédito para a aquisição de sistemas de irrigação aumentou em 362% em relação ao ano de 2012.
As medidas adotadas foram para incentivar a adesão dos produtores agrícolas à prática da agricultura irrigada, entre elas, a redução da taxa de juros para financiamentos de sistemas de irrigação para 3,5 % ao ano, o que gerou uma elevação considerável no número de projetos apresentados aos agentes de crédito. As demandas do setor alcançaram o montante de R$ 946,3 milhões, superando em 43,8% a meta que estava inicialmente prevista para o ano de 2013.
O Plano Agrícola e Pecuário possibilitou o aumento da garantia de produção, elevando a produtividade e promovendo o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada. Com as novas medidas, a região Nordeste apresentou, em 2013, o maior crescimento de crédito para sistemas de irrigação, com aproximadamente 38% do total brasileiro.
Na região, a prática da agricultura irrigada é condição indispensável para êxito na agropecuária, por conta das condições climáticas. As operações bancárias com crédito para irrigação realizadas no Nordeste em 2013 chegaram a R$ 357,3 milhões, valor 14 vezes maior do que o realizado em 2012, quando os créditos apurados chegaram a R$ 24,3 milhões.
De acordo com o coordenador geral de infraestrutura rural e logística da produção da SDC, Demétrios Christofidis, se a demanda por crédito para sistemas de irrigação no Brasil continuar com a mesma intensidade, a meta estabelecida pelo Plano de Política Agrícola (PPA) 2012-2015, que é de R$ 4 bilhões, pode ser alcançada com seis meses de antecipação, proporcionando a implantação e modernização de sistemas de irrigação em torno de 900 mil hectares de solos com tal aptidão, aumentando a produtividade física em 3,5 vezes, em relação à obtida pela agricultura tradicional, além de proporcionar um retorno econômico com acréscimo de 7 a 8 vezes o da agricultura de “sequeiro”.
Para o secretário da SDC, Caio Rocha, os resultados positivos comprovam que o crédito agrícola e o custo dos recursos são, dentre os instrumentos de política agrícola e da política de irrigação, duas ferramentas que apresentam grande efetividade na indução da tomada de decisão do agricultor e do pecuarista, no sentido de adotar a prática da agricultura irrigada. “O instrumento de crédito, quando adequadamente concebido, atua positivamente, também, na indução às práticas ambientalmente sustentáveis, repercutindo na otimização do uso dos recursos hídricos e dos demais insumos da agricultura irrigada”, afirmou.
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