Venezuela: aumenta número de mortos e Maduro lança milícias chavistas contra manifestantes
Durante um desfile militar em homenagem ao falecido Hugo Chávez, seu sucessor Nicolás Maduro convocou as milícias chavistas para acabar com as “guarimbas”, como são chamadas as barricadas que se tornaram o meio mais comum de protestos na capital Caracas e em outras cidades venezuelanas. “Chama que se acende, chama que se apaga”, disse.
O chamado é feito em meio a uma onda de protestos contra seu governo, que já deixou vinte mortos em aproximadamente um mês. Nesta quinta, o Observatório Venezuelano de Conflito Social informou que 2.248 manifestações foram registradas em fevereiro no país, enquanto em janeiro, o número ficou em 445. Segundo a ONG, a modalidade de protesto mais comum foi o bloqueio de ruas, concentrações, marchas e 'panelaços'.
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O observatório reforça ainda as denúncias de opositores e estudantes sobre a ação de milícias armadas, que atuam com o aval do governo na repressão a manifestantes, junto com a Guarda Nacional Bolivariana. “Além da força pública do Estado, os manifestantes foram agredidos porcolectivos, grupos paramilitares de civis armados pró-governo, que atuam com permissão e cumplicidade de funcionários do Estado”, diz o relatório, segundo o jornal El Nacional.
O governador de Miranda, Henrique Capriles Radonski, uma das principais vozes da oposição, considerou “irresponsável” o chamado feito por Maduro. “É um chamado à violência”, disse, acrescentando que se ele também chamasse seus apoiadores a saírem às ruas para responder à ameaça o resultado seria uma guerra. “Isso temos de rejeitar todos nós venezuelanos porque não podemos ter uma guerra nesse país (...) Vamos resolver os problemas econômicos nos enfrentando? Não. Vamos resolver os problemas sociais que estamos vivendo? Não”.
Mortes –
Na manhã desta quinta-feira, milícias armadas saíram às ruas no bairro Los Ruices, no leste de Caracas, um dos principais pontos de manifestações contra o governo. Os motorizados tinham a escolta de agentes da Guarda Nacional. Houve confrontos e duas pessoas morreram baleadas: um sargento e um civil. "Um membro da GNB perdeu a vida depois de ser atingido por um tiro no peito e um moto-taxista também morreu", afirmou na televisão a procuradora-geral do Estado, Luisa Ortega Díaz.
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Na quarta-feira, o ex-deputado e dirigente do partido opositor Avanzada Progresista Héctor Alzaul Planchart foi morto na cidade de Barquisimeto, capital do estado de Lara. Ele foi baleado no peito em frente à sede do partido. Os disparos foram feitos por duas pessoas que estavam em uma moto, informou o El País
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