China cresce 7,4% no primeiro trimestre e supera ligeiramente as expectativas do mercado
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,4% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, desacelerando frente ao crescimento de 7,7%, registrado entre outubro e dezembro de 2013, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país. Esse foi o ritmo mais fraco de crescimento para um trimestre nessa base de comparação desde o terceiro trimestre de 2012, além de ser o segundo trimestre consecutivo de desaceleração.
O resultado, no entanto, superou ligeiramente as expectativas do mercado. Previsões de dezesseis analistas consultados pelo Wall Street Journal indicavam um crescimento de 7,3% para o gigante asiático. Entre janeiro e março deste ano, a economia chinesa cresceu 1,4% frente ao trimestre imediatamente anterior. Nos três últimos meses de 2013, o crescimento havia sido de 1,7%, na mesma base de comparação.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas se concentraram em aspectos como o nível de emprego e a renda da população, a grande prioridade para garantir a estabilidade social no país. A China também vem realizando reformas pró-mercado para conseguir que seu modelo econômico dependa menos das
exportações e da demanda externa e mais do consumo interno.
Artigo: Um caminho saudável para o crescimento do consumo chinês
Reação – Porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun destacou a “estabilidade” do mercado de trabalho e mostrou tranquilidade diante do resultado do PIB. "A economia no conjunto progrediu em uma margem apropriada, enquanto seguem os ajustes estruturais, as transformações e as melhorias (do modelo econômico)", comentou. Após um crescimento de 7,7% em 2012 e 2013 – nível nunca visto desde 1999 –, Pequim traçou para 2014 um objetivo de 7,5%, que se confirmado será o índice de crescimento mais baixo do gigante asiático em quase 25 anos.
Números – Em outros dados divulgados pelo órgão oficial chinês, a produção industrial teve crescimento de 8,8% em março na comparação com o mesmo período do ano anterior e em leve aceleração sobre a alta de 8,6% em fevereiro. Já as vendas no varejo registraram alta de 12,2% em março ante o mesmo período do ano anterior, acelerando em relação ao crescimento de 11,8% em fevereiro.
(Com Estadão Conteúdo, EFE e France-Presse)
América Latina/VENEZUELA
Maduro lançará nova ofensiva econômica contra inflação
Desde a aprovação da Lei Habilitante, venezuelano tem carta branca para intervir na organização econômica e política do país
O presidente venezuelano Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
O presidente venezuelano Nicolás Maduro comunicou nesta terça-feira que uma nova ofensiva econômica será lançada por seu governo no dia 22 de abril como parte de um programa para favorecer a “produção e o abastecimento a preços justos”. O plano foi batizado de PAP, de acordo com o jornal El Universal, e terá como objetivo combater a “guerra econômica” que, segundo a fantasia chavista, foi deflagrada pelos Estados Unidos e a oposição – mesmo pretexto usado para convencer o Congresso a aprovar a Lei Habilitante, que deu carta branca para o venezuelano intervir na organização econômica e política do país sem precisar da aprovação do Legislativo, em novembro do ano passado.
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Com a Lei Habilitante, Maduro conquistou autonomia para controlar o comércio, a produção e a importação de alimentos e artigos de primeira necessidade, além de autoridade para impor sanções mais severas – e arbitrárias. As primeiras medidas adotadas por Maduro tiveram como alvo o livre-comércio. O venezuelano culpou gerentes e empresários pela inflação fora de controle, e mais de 50 pessoas foram presas sob a acusação de estarem conspirando para desestabilizar o governo. Além de determinar a prisão de comerciantes, o governo deslocou o Exército para dentro de lojas acusadas de especulação. Os militares garantiram a redução drástica do valor de bens de consumo, como aparelhos domésticos, e fizeram vista grossa quando a população aproveitou a “liquidação bolivariana” para esvaziar as prateleiras das lojas, seja através de compras, seja através de saques em massa.
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Maduro diz que o novo plano econômico terá características diferentes do que entrou em vigor em novembro, embora não tenha revelado detalhes sobre as medidas que tem em mente. A lei será formulada por sua equipe econômica e contemplará “todo o governo e toda a população”, conforme afirmou em uma reunião do conselho de ministros no salão Néstor Kirchner, no Palácio de Miraflores.
Diálogo – A segunda rodada de negociações entre o governo venezuelano e a oposição será realizada ainda nesta terça-feira na sede do governo, em Caracas. Assim como o acordo entre as partes previa, os chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) chegaram ao país para apoiar o diálogo, entre eles o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo.