Dilma Rousseff é vaiada 3 vezes ao discursar na Expozebú (VEJA)

Publicado em 03/05/2014 16:59
com Veja e Estadão

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada em três momentos na abertura oficial da Expozebu, que reúne empresários da agropecuária no Triângulo Mineiro. No evento, ela prometeu que o plano agrícola pecuário 2014-2015 terá mais recursos e mais facilidades na obtenção de crédito. Na versão anterior, a verba para financiamento foi de 136 bilhões de reais. O anúncio não foi suficiente para conter a plateia.

As vaias começaram assim que a presidente recebeu a medalha alusiva aos 80 anos da Expozebu. Voltaram no início e no fim de seu discurso. Visivelmente tensa, Dilma não fez nenhum comentário sobre as manifestações. O evento contava com grande número de simpatizantes do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). O parlamentar, também homenageado com a medalha do evento, foi aplaudido pela plateia.

Dilma anunciou que na segunda-feira o Diário Oficial da União publicará um decreto do Ministério do Meio Ambiente formalizando a entrada em vigor do Cadastro Ambiental Rural, o CAR, ferramenta de dados para controle de desmatamentos com base em informações das propriedades rurais. O CAR foi criado com o Código Florestal. Ele é um dos requisitos para a obtenção de financiamento público.

A presidente afirmou ainda que o governo está aberto a sugestões para a elaboração do plano agrícola que deverá ser anunciado ainda este mês. Ela observou que a meta é manter as diretrizes dos planos anteriores, ampliar recursos e simplificar procedimentos. "Dos 136 bilhões de reais para o crédito em 2013 e 2014, foram contratados 116 bilhões até março. Desse montante, 42,5 bilhões foram destinados ao financiamento da pecuária."

 

Candidatura de Dilma é 'irreversível', diz  Rui Falcão

A candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff é "irreversível", garantiu neste sábado (3) o presidente nacional do PT, Rui Falcão, buscando reafirmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não a substituirá na corrida pelo Palácio do Planalto. "Acho que isso ficou muito claro", afirmou, referindo-se ao consenso do 14.º Encontro Nacional do partido, realizado em São Paulo e que formalizou a pré-candidatura da presidente. "Estamos dizendo há muito tempo que ela é a nossa candidata."

Segundo Falcão, Lula será o chefe da campanha de Dilma independente de ter um cargo formal ou não. "Lula é o grande comandante", afirmou. "Ele transcende qualquer estrutura organizacional. Lula não precisa ter cargo para estar no dia a dia da campanha."

O secretário nacional de Comunicação, vereador José Américo, admitiu, no entanto, que Lula poderá sim ter "algum cargo" na coordenação de campanha, mas não será o de coordenador.

Falcão também destacou quais serão as táticas eleitorais para a campanha de Dilma Rousseff. "Buscamos a continuidade do projeto do PT e isso se dá com a reeleição de Dilma", afirmou. A intenção do PT, segundo ele, é de que a campanha tenha uma participação efetiva da sociedade, dos sindicatos e de parlamentares. Além disso, o PT quer evitar palanques duplos nos Estados, mas caso isso não seja possível a sigla buscará trabalhar "democraticamente" com outros partidos.

O presidente nacional do PT reconheceu que a campanha pela reeleição de Dilma será "difícil", uma vez que a disputa se dará com adversários que têm força na "elite e na imprensa", avaliou, referindo-se ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao ex-governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB.

Questionado sobre o impacto eleitoral de uma suposta ligação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha com um laboratório do doleiro Alberto Youssef - investigado em operação da Polícia Federal -, Falcão afirmou que não há motivo para retirar Padilha da disputa pelo governo do Estado de São Paulo porque o ex-ministro é "inocente". (José Roberto Gomes - josé.roberto@estado.com)

Tempo quente

Dilma: um momento difícil da ex-pedetista com o responsável por sua eleição

Se há uma coisa que irrita Dilma Rousseff é quando chega aos seus ouvidos que petistas a classificam como alguém de “alma brizolista” e não petista. Até Lula já andou dizendo isso para o desprazer de Dilma. Aliás, a frase dita por Dilma Rousseff sobre Lula num jantar com jornalistas na semana passada (“Sei da lealdade dele a mim”) deve ser lida muito mais como um recado da presidente ao ex-presidente do que uma declaração de amizade inquebrantável.

Por Lauro Jardim (de VEJA)

 

NA FOLHA DE S. PAULO:

Dilma é vaiada em MG, no 1º evento após PT reafirmar sua candidatura

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada neste sábado (3), na abertura oficial da 80ª edição da Expozebu, principal exposição pecuária do país, que acontece em Uberaba (MG).

Este foi o primeiro compromisso oficial da presidente após o PT reafirmar sua candidatura à reeleição.

Ao ter seu nome anunciado durante uma homenagem, a presidente ouviu a vaia de parte do público, no reduto do senador Aécio Neves, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República.

Ele chegou à cidade nesta sexta-feira (2), onde cumpriu agenda na feira.

Na cerimônia, estavam presentes ainda os ministros da Agricultura, Neri Geller, e do Esporte, Aldo Rebelo. Eles também foram homenageados.

APOIO DE LULA

A petista teve a candidatura defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o encontro nacional do PT nesta sexta-feira (2).

"É preciso parar de imaginar que existe outro candidato. Quando a gente brinca com isso os adversários aproveitam, não podemos gastar energia com isso", afirmou.

A declaração do ex-presidente ocorreu em meio ao coro de aliados e de petistas pela substituição de Dilma por Lula na corrida presidencial.

Observado por Dilma, o petista procurou abafar a movimentação à plateia de militantes. "Se um dia eu tiver que ser candidato a alguma coisa, a primeira pessoa a saber será a companheira Dilma".

O petista disse também que essa não será uma eleição fácil e que estará à disposição da presidente para fazer campanha. "Só você preparar a agenda que Lulinha estará junto com você". 

Dilma anuncia regras para cadastramento de propriedades rurais

Com esses mapas, imagens de satélite e aparelhos de GPS podem monitorar se os compromissos com a preservação estão sendo mantidos.

Ela falou ainda que nesta semana uma instrução normativa vai esclarecer o modo de funcionamento do cadastro.

"Todas as propriedades rurais do país terão um ano para aderir ao programa e iniciar a regularização. Teremos, com isso, a real situação ambiental das propriedades agrícolas brasileiras", disse Dilma.

Ela afirmou também que, com o CAR, "o Brasil vai continuar na sua trajetória que combinará liderança na produção de alimentos, de proteínas vermelhas, com protagonismo na preservação de seus recursos naturais." 

Jorge Araújo/Folhapress  
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro nacional do PT

 

Fonte: Veja + Estadão + FOLHA

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