Dando bom-dia a cavalo, editorial do Estadão

Publicado em 09/06/2014 10:46 e atualizado em 10/06/2014 11:42
 

A crônica política brasileira é pródiga em episódios com os quais Luiz Inácio Lula da Silva ilustra o aforismo segundo o qual quem fala muito acaba dando bom-dia a cavalo. Em longa entrevista concedida a uma revista semanal, o ex-presidente exercita sua megalomania, insiste em conhecidas mistificações sobre os governos petistas e o papel de seu partido na vida política brasileira, repete ataques à imprensa e sofismas sobre o "controle social da mídia", não se constrange em praticar o jogo do "faça o que eu digo, não o que eu faço". 

Aflora em toda a extensão da entrevista a obsessão pelo confronto maniqueísta com uma "elite" retrógrada, inominada, a qual acusa de conspirar contra todas as fabulosas conquistas dos governos petistas. É o velho "nós" contra "eles". 

É interessante a visão de Lula dos problemas de comunicação de que, entende, padece o governo Dilma. Problemas esses veladamente atribuídos em parte à incompetência do próprio governo, mas agravados pelo comportamento de uma mídia que tem mal-intencionada "predisposição ao negativismo".

Lula cultiva, como se sabe, uma espetacular imagem de si próprio e do modo petista de governar. Mas não se conforma com o fato de essa visão não ser compartilhada pela mídia. Mas tem remédio para isso. Não adianta reclamar que "(...) 'a Globo não me dá espaço'. A gente tem outros instrumentos para dizer o que quer". Como assim? "Tenho dito com a Dilma que não tem de dar ouvidos a quem fala que gastamos muito com publicidade. Eu acho que, se foi anunciado um programa hoje e no segundo dia não houve repercussão, vai em rede nacional. O governo tem de dizer que a mídia não divulgou, porque se não disser, o silêncio se fecha sobre o fato. Dois dias de tolerância e coloca um ministro em rede nacional, não precisa ir a presidenta todo dia".

Se dependesse de Lula, portanto, entre outras providências "democratizantes", dia sim e outro também as redes de televisão, que são o que interessa, abririam espaço para autoridades do governo revelarem todas aquelas realizações importantíssimas para as quais os jornalistas não dão a menor bola. O que significa que, pelo menos enquanto o lulopetismo não conseguir impor seu ambicionado "controle social da mídia", haja verba para publicidade oficial.

São inegáveis, principalmente no campo social, importantes conquistas de 2003 para cá. Mas Lula não deixa por menos do que o delírio absoluto: "Tudo que você imaginar, o Brasil está entre os cinco (melhores/maiores, supõe-se) do mundo". Isso apesar de que "lá fora já não se fala bem da gente". Na vida real, nosso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo a ONU, é o 84.º no ranking mundial. Em educação, ficamos também no fim da fila. 

No capítulo de sua inestimável contribuição para melhorar o mundo, Lula recorreu a um péssimo exemplo: "O Mercosul, quando cheguei à Presidência, não valia nada". Hoje, dominado pelos bolivarianos, vale menos ainda, enquanto a Aliança do Pacífico caminha a passos largos para se tornar o maior polo de atração de investimentos da América Latina. 

Lula tem uma receita de "faça o que eu digo..." para avançar no desenvolvimento econômico: "O que o governo tem de garantir é o aumento da poupança interna (não explicou como conciliar isso com o forte estímulo ao consumo), mais investimento do Estado (preferiu ignorar a clamorosa ineficácia na execução dos PACs), mais junção entre empresa privada e pública (desconsiderou o arraigado preconceito petista contra a iniciativa particular), mais capital externo para investir no setor produtivo" (omitiu as dificuldades criadas pelo Mercosul a acordos comerciais bilaterais, sem falar na crescente desconfiança dos investidores internacionais sobre as regras do jogo por aqui). 

Lula fala ainda, como não poderia deixar de ser, sobre política. Garante que o PT "é um partido que o próprio povo dirige". Apesar disso, "a gente não pode permitir que meia dúzia de pessoas deformem esse partido". E "o povo"? 

Agora, admite Lula, o negócio é campanha eleitoral. Mas confessa: "No primeiro turno todo mundo fala a mesma coisa, promete tudo para o povo".

 

A inflação ainda ameaça

A inflação continua infernizando a vida do consumidor e o resultado final de 2014 poderá ser pior que o do ano passado, embora a alta de preços tenha perdido impulso nos últimos dois meses. A decisão de dar uma trégua na política anti-inflacionária, recém-anunciada pelo Banco Central (BC), poderá, na melhor hipótese, poupar o País de uma estagnação mais grave, mas deixará mais espaço para remarcações no comércio e no setor de serviços. Com isso, a melhora de alguns indicadores do varejo poderá ser temporária. No mês passado, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,46%, bem menos que em abril, quando a variação ficou em 0,67%. O número de maio quase coincidiu com a projeção (0,43%) das cinco instituições financeiras com mais acertos na pesquisa Focus, conduzida semanalmente pelo BC. Mas, se outros números previstos por essas instituições estiverem corretos ou muito aproximados, a acomodação vai durar pouco. A taxa cairá até 0,27% em agosto, voltará a subir em setembro e no fim do ano a alta acumulada chegará a 6,44%, bem maior que a registrada oficialmente um ano antes (5,91%).

O acumulado em 12 meses bateu em 6,37% em maio e poderá ultrapassar o limite de tolerância de 6,5% nos próximos meses. A recomposição de preços contidos politicamente, como os da energia elétrica, da gasolina e dos transportes públicos, poderá pressionar ainda neste ano o custo de vida e engordar a pauta de reivindicações de várias categorias com negociações previstas para o segundo semestre.

O resultado dessas negociações poderá pressionar fortemente os custos empresariais e resultar em grandes repasses para os preços e em maior realimentação da espiral de aumentos. O ambiente eleitoral favorecerá a tolerância às pressões inflacionárias e o próprio governo, com a administração frouxa de suas contas, poderá contribuir para a farra.

Tudo isso é parte do risco assumido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores do BC, ao manter em 11% a taxa básica de juros, a Selic, depois de nove altas. O comitê parece ter subestimado - ou talvez negligenciado? - o potencial inflacionário das decisões do governo nos meses mais próximos das eleições.

Outros indicadores, além do IPCA, também evoluíram de modo mais favorável em maio, mas sem apontar, no final do ano, resultados muito melhores que os de 2013. O Índice Geral de Preços (IGP), medido pela Fundação Getúlio Vargas, recuou 0,45% em maio, num movimento perfeitamente simétrico em relação ao de abril, quando havia subido 0,45%.

A queda foi provocada principalmente pela redução de 1,21% no conjunto dos preços por atacado, principal componente do IGP. Os produtos agropecuários ficaram 2,46% mais baratos e os preços dos industriais diminuíram 0,72%. Mas o reflexo dessas quedas no varejo foi bem menor do que poderiam esperar os mais otimistas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), outro componente do IGP, ainda subiu 0,52%. Foi uma alta bem menor que a do mês anterior, de 0,77%, mas ainda suficiente para produzir uma inflação de 6,42% para as famílias, se acumulado em 12 meses. O terceiro componente do IGP, o Índice Nacional do Custo da Construção, aumentou 2,05%.

A demanda de consumo continua forte, embora os consumidores se tenham tornado mais cuidadosos nos últimos meses, e é preciso levar isso em conta ao examinar os dados e as perspectivas da inflação. Uma forte demanda na ponta do consumo pode neutralizar em parte os efeitos de uma desaceleração ou mesmo de um recuo dos preços por atacado.

O gasto público ainda acelerado, a expansão do crédito, mesmo com certa moderação, e os reajustes salariais dos próximos meses provavelmente ainda alimentarão uma respeitável disposição de consumo - exceto se o consumidor, diante dos sinais econômicos ruins, se tornar bem mais pessimista e cauteloso. Se as pressões inflacionárias prevalecerem nos próximos meses, confirmando a maior parte das projeções, um ajuste muito duro será necessário em 2015. Se faltar coragem para isso, o resultado será desastroso.

 

A política da estagflação e do atraso industrial

A emperrada economia brasileira está sujeita a dois dos governos mais desastrosos do mundo, o da presidente Dilma Rousseff, gerente da estagflação, e o de sua colega Cristina Kirchner, chefe da diplomacia comercial do Mercosul e dona, portanto, da palavra final em qualquer negociação relevante. Isso vale para as discussões com parceiros de fora, como a União Europeia, ou para os arranjos internos, como o acordo bilateral para o setor automotivo - revisto mais uma vez segundo os critérios da Casa Rosada. De janeiro a maio deste ano o Brasil exportou para os Estados Unidos produtos no valor de US$ 10,51 bilhões, pouco mais do que o vendido para o Mercosul, US$ 10,13 bilhões, e muito mais do que o embarcado para a Argentina, US$ 6,19 bilhões. As exportações para o mercado argentino foram 18,6% menores que as de um ano antes, pelas médias diárias, enquanto as vendas para os Estados Unidos ficaram 13,2% acima das contabilizadas no mesmo período de 2013.

Nenhum outro mercado aumentou tanto a absorção de produtos brasileiros, segundo registros do Ministério do Desenvolvimento. Indústria e Comércio Exterior. Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao explicar o pífio crescimento econômico do Brasil no primeiro trimestre, 0,2%, apontou de novo as condições do mercado internacional, incluída a desaceleração americana, como principais entraves à expansão brasileira. Como de costume, ele descreveu um mundo bem diferente daquele reconhecido por qualquer observador razoavelmente atento e informado.

De janeiro a abril, 50,36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos foram de manufaturados. Esse é o último período com informações detalhadas sobre a composição do comércio com cada parceiro. Nesses quatro meses, as vendas de manufaturados corresponderam a apenas 35,6% da receita geral. A dos básicos, a 48,9%. Somados os semimanufaturados, a parcela das commodities correspondeu a 61,6% do total (outros 2,8% ficaram na categoria de operações especiais).

A participação dos manufaturados continuou em queda. De janeiro a maio, esses produtos proporcionaram 34,8% do total faturado. O resto - quase dois terços - veio das commodities, principalmente dos básicos, 50,3% das vendas totais.

O Brasil assume, cada vez mais claramente, o papel de fornecedor de matérias-primas, principalmente no comércio com a China e outros países da Ásia. Até abril, os manufaturados foram só 3,09% das exportações para o mercado chinês. Em contrapartida, a China exporta principalmente manufaturados para o mercado brasileiro e, de quebra, toma do Brasil fatias crescentes do comércio com os latino-americanos.

Mas há nessa história um aspecto paradoxal, pelo menos à primeira vista. Cerca de metade das vendas brasileiras para os Estados Unidos ainda é formada por manufaturados. O peso desses produtos nas vendas à União Europeia é bem menor, 34,96% de janeiro a abril, mas, ainda assim, muito maior que no comércio com os parceiros da Ásia. No entanto, a indústria brasileira perde espaço no mercado externo, incluída a vizinhança latino-americana, e até no mercado interno. Aqui, a participação de fornecedores estrangeiros tem crescido há vários anos e passou de 20,4% no primeiro trimestre de 2012 para 22,5% dois anos depois, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em resumo: algumas indústrias conseguem manter presença no mercado americano e também - com dificuldade crescente - no europeu, enquanto a maior parte do setor manufatureiro perde espaço em quase todos os mercados. Montar uma história clara e coerente com esses pedaços é uma boa tarefa para pesquisadores, mas pelo menos alguns detalhes parecem evidentes. Um deles é a acomodação da maior parte do setor industrial no comércio com economias em desenvolvimento, quase todas menos industrializadas que a brasileira. Hoje até esse papel é inseguro, por causa da presença crescente de fortes competidores, especialmente asiáticos, na América Latina e até no Mercosul. Essa acomodação é denunciada também pelo baixo grau de inovação, discutido quarta-feira no Fórum Estadão - Inovação, Infraestrutura e Produtividade. O protecionismo, outro detalhe importante, é obviamente parte dessa história.

O estímulo à modernização e à busca de competitividade teria sido, com certeza, maior se o Brasil houvesse buscado acordos comerciais com os países mais avançados, como os da América do Norte e da Europa, mas a diplomacia econômica brasileira preferiu outro caminho a partir de 2003. O governo recusou o projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), no começo da primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e fixou como prioridade a integração Sul-Sul.

O acordo com a União Europeia poderia ter aberto uma porta no mundo mais avançado, mas a aliança com o protecionismo argentino, depois convertida em sujeição, entravou as negociações. Enquanto isso, outros emergentes com facilidade de acesso ao mercado europeu, como a Turquia, consolidavam suas posições. Os demais Brics - Rússia, Índia, China e África do Sul - jamais se juntaram ao delirante e anacrônico projeto terceiro-mundista do governo brasileiro.

Alguns capítulos dessa história são temas do dia a dia: a tributação sobre o investimento e a exportação, a infraestrutura insuficiente e ruim, o atraso educacional, agravado pelas prioridades mal escolhidas, o excesso de gastos e o desperdício do dinheiro público, a tolerância à inflação elevada e o intervencionismo desastrado. As tentativas de maquiar as contas públicas e a inflação ilustram de maneira pitoresca a baixa disposição do governo de reconhecer e de resolver problemas.

O investimento reduzido a apenas 17,7% do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre, 0,5 ponto abaixo do nível já ridículo de um ano antes, 18,2%, resume boa parte do quadro: incompetência governamental somada à crescente e muito compreensível insegurança do setor privado. É o Brasil em rápido processo de subdesenvolvimento.

*O autor é jornalista

Lucro: ode ou ódio?, por Ricardo Amorim

Novamente, o governo adotou várias medidas para combater a desaceleração da economia causada pelos efeitos globais da crise europeia.

 Tais medidas ilustram bem os defeitos da economia brasileira. Somos o país do plano B. Falta o plano A. Não planejamos, nem temos um modelo de desenvolvimento. Também na economia, somos o país do puxadinho, do combate à doença, ao invés da prevenção. Já dizia Peter Drucker que a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. Nós não prevemos, não criamos, nem agimos. Apenas reagimos.

 O governo alega que a crise europeia e suas consequências eram imprevisíveis. Mentira. Meus leitores jásabem disto faz tempo.

 Nossos governos, todos eles, quase nunca atacam as causas dos desarranjos, apenas suas consequências. Distorções causadas por gastos públicos excessivos – impostos elevados, infraestrutura precária, juros altos e câmbio apreciado – limitam a competitividade de vários setores. As respostas? Tentar forçar, na marra, a queda dos juros e a queda do Real, ou então elevar impostos de produtos importados. Isto transfere a conta das empresas para o consumidor, através de uma alta da inflação, transformando o Brasil em um país caro, ao invés de um país rico.

 Reações favoráveis da maior parte da opinião pública a algumas medidas recentes mostram o quanto o capitalismo ainda tem de evoluir por aqui.

 O melhor exemplo é o uso de bancos públicos para forçar bancos privados a reduzirem suas taxas de juros. Sou favorável ao máximo de competição possível em qualquer setor da economia. Entretanto, não dá para esperar que um país com os mais altos níveis de juros básicos, tributação do sistema financeiro e alíquotas de depósitos compulsórios do mundo não tenha também as mais altas taxas de juros ao consumidor e às empresas. “Mas os bancos lucram demais.” Este argumento carrega uma contradição que nos condena ao fracasso. Vivemos em um sistema capitalista onde lucrar é pecado.

 Com sua atuação onipresente, o Estado quebra um dos pilares do capitalismo: a livre iniciativa. Casos de favorecimento a grupos, empresas e indivíduos pelo Estado – sem falar em uma cachoeira de corrupção – criaram a percepção de que, no capitalismo brasileiro, qualquer lucro é suspeito. Um histórico de lucros privados e prejuízos socializados distorceu ainda mais a percepção da sociedade em relação aos empresários e empreendedores. Nos EUA, um empresário de sucesso desperta admiração, no Brasil, desconfiança. Somos um pássaro com vergonha de voar. Esta não é uma receita de desenvolvimento, mas de atraso.

 Faria melhor o governo retirando entraves à competitividade da economia, o que só será possível com redução de gastos públicos e fim do envolvimento do Estado em tudo, e das benesses que já chamei aqui deBolsa-Brasil. Feito isso, ele

precisa abolir os entraves à competição, abolindo “resgates” de setores ou empresas em dificuldade. Em um regime capitalista, para que haja vencedores, também haverá perdedores.

 O Brasil tem de adotar políticas de redistribuição de oportunidades e capacitação, que tornam não apenas os pobres, mas toda a sociedade mais rica. Políticas diretas de redistribuição de renda, na maioria das vezes, tornam os ricos e a sociedade permanentemente mais pobres, e os pobres apenas temporariamente mais ricos. Já passou da hora de garantirmos a todos uma boa educação e substituirmos o ódio ao lucro por uma ode ao lucro.

Ricardo Amorim Economista, apresentador do programa Manhattan Connection da Globonews e presidente da Ricam Consultoria.

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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2 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Sr. Paulo Roberto Rensi, leia esta critica ao livro de Piketty, http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1872

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, em entrevista a um programa de TV brasileiro, o economista francês, autor do livro “Capital do século XXI, Thomas Piketty lamenta que os dados da Receita Federal sobre a distribuição de renda no Brasil não estejam disponíveis para pesquisadores como ele, e afirma: “A falta de transparência sobre a desigualdade da renda e do patrimônio representa um problema para a democracia”.

    Ele avalia que, nos últimos 20 anos, houve um crescimento econômico relativamente bem distribuído que permitiu o aumento do poder aquisitivo e dos salários. Mas, em virtude da impossibilidade do acesso aos dados da Receita Federal, não se sabe como evoluiu o topo da pirâmide social em relação à média.

    Diante deste fato, afirma: “O Brasil, apesar do bom desempenho econômico e social nos últimos anos, segue sendo um país com um grau de desigualdade na distribuição extremamente forte”.

    ...”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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