Rússia libera exportações de carne de frigoríficos do Brasil
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou hoje (4) que a Rússia liberou cinco frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina e suína para o país. Para carne bovina, foram autorizadas as empresas Mataboi, em Minas Gerais; Frigoestrela, em São Paulo; Marfrig, em Goiás; e Agra, em Mato Grosso. Para carne suína, foi liberada a empresa Cotriji, no Rio Grande do Sul.
Segundo o Ministério da Agricultura, a autorização para venda de carne bovina saiu quinta-feira (31) e, para carne a suína, sexta-feira (1°). A Rússia tem exigências sanitárias rigorosas para ingresso de produtos alimentícios em seu mercado, e o Brasil mantém diálogo e se esforça por se adequar às normas do país europeu.
O mercado russo é um dos principais para a carne brasileira. Segundo dados do Ministério da Agricultura, no ano passado, de US$ 2,72 bilhões em produtos agrícolas brasileiros vendidos para a Rússia, 44,1%, ou US$ 1,2 bilhão, foram de carne bovina. As vendas de carne suína totalizaram US$ 412 milhões, ou 15,1%.
Brasil quer vender 30 vezes mais carne à China com liberação
O governo federal calcula que pode multiplicar por 30 as exportações de carne bovina à China, para US$ 1,2 bilhão em 2015, após a decisão do governo de Pequim de suspender o embargo ao produto brasileiro, informaram os dois países em declaração conjunta. O fim do embargo chinês à carne bovina brasileira foi anunciado na reunião entre a presidentes Dilma Rousseff, e o da China, Xi Jinping, na primeira visita de Estado do líder chinês ao seu maior parceiro latino-americano.
A decisão foi imediatamente festejada pelo setor agropecuário brasileiro, maior produtor e exportador mundial de carne bovina. O ministro de Agricultura, Neri Geller, garantiu que, sem restrições, as vendas de carne à China podem alcançar 18% de todas as exportações brasileiras do produto e chegar ano que vem a um valor entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão. O Brasil começou a vender carne bovina à China em 2009, quando o governo chinês autorizou as importações, e em 2012 chegou a vender US$ 38 milhões no maior mercado mundial. Em dezembro de 2012, no entanto, a China suspendeu as importações preventivamente por causa de um caso da doença da vaca louca registrado no Brasil em 2010, que depois foi confirmado como atípico e sem risco para o rebanho.
No período sem vendas, no entanto, a China multiplicou as importações de carne bovina desde US$ 255 milhões em 2012 para US$ 1,269 bilhão em 2013, o que faz o setor calcular que pode se beneficiar dessa expansão. Segundo o ministro da Agricultura, o processo para a retomada das exportações pode demorar cerca de um mês e inicialmente favorecerá oito frigoríficos que já têm certificados sanitários das autoridades chinesas para embarcar seus produtos. Outros nove já esperam autorização.
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