Eleição: Aécio faz campanha em chão de fábrica em SP e é carregado por sindicalistas

Publicado em 07/08/2014 19:05
Campanha de Aécio em tradicional reduto petista se deu pelas mãos da Força Sindical - horas antes de evento de Dilma com dirigentes de centrais sindicais. Aécio foi carregado pelos sindicalistas

Colado a Paulinho da Força, Aécio faz campanha em chão de fábrica

Incursão do tucano em tradicional reduto petista se deu pelas mãos da Força Sindical - horas antes de evento de Dilma com dirigentes de centrais sindicais

Bruna Fasano
O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) faz campanha em porta de fábrica

O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) faz campanha em porta de fábrica (Fábio Vieira/Fotoarena)

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, fez nesta quinta-feira ato de campanha em território tradicional do PT – o chão de fábrica. A incursão do tucano em terreno sindical se deu pelas mãos do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), principal liderança da Força Sindical, entidade que apoia Aécio. O sindicalista abriu o evento discursando em carro de som. Na sequência, o presidenciável apresentou-se aos trabalhadores em ato que se transformou em um minicomício na porta da Voith, no Alto do Pico do Jaraguá, na Zona Norte da capital paulista.

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Aécio chegou às 6h30 ao local e foi recebido por trabalhadores que deixavam o turno da noite e pelos que davam início ao da manhã. Do alto do carro de som o tucano falou sobre inflação, correção da tabela do imposto de renda e comprometeu-se a, se eleito, dialogar com o setor.  Ao terminar o discurso, posicionou-se em frente ao portão da fábrica e, ao cumprimentar os trabalhadores, foi erguido nos ombros por metalúrgicos e militantes do PSDB e do Solidariedade. "Eu me surpreendi por Aécio ser tão reconhecido entre os peões. Ainda mais porque a propaganda eleitoral na TV ainda nem começou", afirmou o deputado Paulinho da Força. "Atualmente há uma onda nas fábricas, nas indústrias: quem ainda vota no PT tem vergonha de falar", disse Paulinho.

Aécio aproveitou para criticar a presidente Dilma Rousseff. Disse que, ao contrário dele, Dilma "não sai às ruas, não olha o trabalhador nos olhos, não fala sem discurso pronto". "Esse governo perdeu a capacidade de sinalizar para a retomada do crescimento no Brasil. O governo não inspira confiança, e sem confiança não há investimento. Viemos hoje selar um pacto com a classe trabalhadora", afirmou o tucano. O evento se deu justamente horas antes do encontro que a presidente Dilma Rousseff terá mais tarde em São Paulo com dirigentes de centrais sindicais que irão declarar apoio à candidatura dela, inclusive parte da própria Força.

O presidenciável estava novamente acompanhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, do ex-governador do Estado, José Serra, que integra a chapa tucana como candidato ao Senado, e do senador Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice na chapa de Aécio. Aplaudido pelos trabalhadores assim que começou a discursar, Alckmin frisou que Aécio é o seu candidato ao Planalto.

Aécio ainda comentou a reação exaltada da presidente Dilma ao tentar explicar na tarde de quarta-feira a ligação de servidores do Planalto com a farsa na CPI da Petrobras, revelada por VEJA. "O governo perdeu a capacidade de agir. É um governo perplexo, é um governo que está à beira de um ataque de nervos, como nós vimos ontem, em Brasília", disse. 

Campos: Dilma 'esconde aumentos' para depois das eleições

Em evento promovido pela Abimaq em São Paulo, o candidato do PSB evitou se posicionar sobre o aumento do preço da gasolina

Talita Fernandes
Eduardo Campos participa de evento da Abimaq, em São Paulo

Eduardo Campos participa de evento da Abimaq, em São Paulo (Divulgação/VEJA)

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, acusou a presidente Dilma Rousseff de esconder o aumento de tarifas até o fim do período eleitoral. "Eles estão tentando esconder do povo brasileiro que na gaveta da presidente Dilma há dois aumentos para depois da eleição", disse. Questionado se elevaria o preço dos combustíveis no início de um eventual mandato, caso ganhe o pleito de outubro, Campos desconversou: "Quem falou do aumento da gasolina foi o ministro Guido Mantega. O que eu tenho dito e todo mundo tem falado é que a presidente Dilma está guardando dentro da gaveta os aumentos para depois da eleição: o do combustível e da energia", enfatizou.

Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que os preços da gasolina e do óleo diesel devem ser reajustados em novembro. O governo, controlador da Petrobras, mantém os preços dos combustíveis da estatal congelados e defasados em relação ao mercado internacional, o que vem sendo amplamente criticado pelo mercado por impor fortes perdas à petroleira.

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Campos participou na manhã desta quinta-feira de um evento promovido pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No encontro, Campos não levou sua vice, Marina Silva, cujas bandeiras ambientalistas não agradam ao empresariado. Ao final, o ex-governador de Pernambuco aproveitou para dizer o que os empresários queriam ouvir: que a indústria brasileira vive hoje o seu mais duro momento dos últimos quarenta anos. "Estamos vivendo um processo de desindustrialização. Os melhores empregos no Brasil estão sendo perdidos neste momento, que são os empregos industriais. Só no último semestre, a indústria de bens de capital reduziu em 30% as suas vendas", criticou.

Ainda nesta quinta, Campos participou de um evento promovido pela Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Ele prometeu, se eleito, ser um presidente "amigo da criança", assumindo a responsabilidade de melhorias com indicadores ligados à infância, como educação, erradicação do trabalho infantil e garantia de acesso à creche a todas as crianças brasileiras.

Dilma fala a empresários. E foge de perguntas

Depois de se enrolar e irritar-se com jornalistas nesta quarta, Dilma evitou a imprensa em evento eleitoral com empreendedores em Brasília

Gabriel Castro, de Brasília
Dilma fala a empresários em Brasília

SILÊNCIO – Depois de se enrolar com perguntas de jornalistas na quarta-feira, Dilma não quis dar entrevistas em evento de campanha com empreendedores em Brasília (Alan Marques/Folhapress)

A presidente-candidata Dilma Rousseff compareceu nesta quinta-feira a um evento com empresários e empreendedores em Brasília. A programação previa a participação da presidente no almoço – mas ela chegou com mais de uma hora de atraso e fez apenas um discurso de cinco minutos no início do evento, antes de ir embora. O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, foi quem convidou os empresários para o evento.

O cronograma previa uma entrevista coletiva de Dilma na saída do local. Mas a presidente fez apenas um pronunciamento aos jornalistas sobre a lei que amplia o Super Simples, sancionada horas antes por ela no Palácio do Planalto. "O caminho da reforma tributária é simplificação, é cadastro único, é unificação, o que ocorre no Supersimples", disse.

Em seguida, Dilma tentou esquivar-se das perguntas dos jornalistas: disse que estava atrasada para a viagem que faria a São Paulo. Ela respondeu apenas a um questionamento – afirmou que suas frequentes idas ao Estado se devem ao fato de São Paulo ter a maior população do país. Entre a população paulista, Dilma tem 47% de rejeição, segundo pesquisa Datafolha.

A campanha eleitoral tem exposto a presidente-candidata aos microfones com mais frequência. Na função de presidente, ela raramente concede entrevistas – que costumam deixá-la visivelmente desconfortável. Nesta quarta-feira, Dilma se irritou quando indagada sobre afarsa montada por senadores do PT e assessores do seu governo na CPI da Petrobras.

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veja.com.br

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