Datafolha: Aécio cresce em SP e empata com Dilma em 2º lugar

Publicado em 02/10/2014 14:58 e atualizado em 02/10/2014 15:47
publicado na edição desta quinta-feira, dia 2/10/14

Aécio Neves (PSDB) teve forte reação em São Paulo e empatou com Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto de paulistas para presidente.

Pesquisa Datafolha concluída na terça-feira (30) põe o tucano e a petista empatados no Estado com 26%.

A liderança ainda é de Marina Silva (PSB), com 31%. Mas a ex-senadora vem perdendo votos para o tucano. As intenções de voto dos paulistas em Aécio superam a média dele no país, de 20%.

O resultado de São Paulo é relevante porque o Estado detém pouco mais de um quinto dos eleitores brasileiros. Assim, cada ponto conquistado –ou perdido– tem forte influência na eleição.

Editoria de Arte/Folhapress

Há um mês, Aécio tinha 18%. Marina, 42%. Desde então, ela perdeu 11 pontos, enquanto Aécio avançou 8. Dilma foi de 23% para 26%, dentro da margem de erro de dois pontos da pesquisa.

Para Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, esse avanço de Aécio tem dois motivos: a presença forte do PSDB no Estado (o tucano Geraldo Alckmin lidera com 49% para governador); e a forte rejeição de 42% a Dilma.

Apesar de ainda liderar (acima de sua média nacional, de 25%), Marina teve aumento de seu índice de rejeição. Há um mês, 13% diziam que não votariam nela de jeito nenhum. Agora, são 21%. A rejeição a Aécio (20%) é a mesma de 30 dias atrás.

A aversão à ex-senadora acompanha os ataques de seus adversários que tentam desconstruir seu discurso de nova política e mostrar que são mais preparados.

Enquanto cresce em São Paulo, Aécio mantém um distante terceiro lugar no Rio. Dilma e Marina empatam no Estado em primeiro, ambas com 34%. O tucano tem 14%.

Marina também perdeu votos entre as pesquisas, mas tem a seu favor um recall das eleições de 2010, quando liderou para presidente no Rio.

Os fluminenses também têm menos rejeição a Dilma que os paulistas –33%. Contra Aécio estão 20%; contra Marina, 17% (a taxa era de 11% há 30 dias). A margem de erro no Rio é de três pontos.

Empolgado com pesquisas, Aécio volta a criticar Dilma e Marina

por PAULO PEIXOTO, ENVIADO ESPECIAL A GOVERNADOR VALADARES (MG)

Em sua terceira escala na campanha desta quarta-feira (1º), em Governador Valadares (MG), o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, demonstrando animação com os resultados das últimas pesquisas, voltou a criticar suas concorrentes diretas, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-senadora Marina Silva (PSB).

"Mais quatro anos desse governo intervencionista será trágico para país. E a candidata Marina, infelizmente, não adquiriu as condições de governabilidade, não conseguiu superar as enormes contradições que permeiam a sua candidatura", afirmou o tucano.

Aécio disse que apenas sua candidatura poderá recolocar o país no caminho do crescimento econômico e que "o problema não é o país, é esse governo que está aí". Segundo ele, o Brasil não pode "perder essa oportunidade" de mudar o atual ciclo de governo.

Aécio disse que tem recebido informações sobre a manutenção de sua tendência de alta nas pesquisas e que irá para o segundo turno.

O tucano foi questionado sobre busca de apoios no segundo turno, inclusive com o PSB. Ele disse que "seria desrespeito" da sua parte abordar esse tema agora e que sua aliança é com a sociedade.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (30) mostra que ele está cinco pontos atrás de Marina (25% a 20%). Dilma tem 40%.

O resultado empolgou Aécio e sua militância. Os assessores da campanha do tucano procuravam demonstrar animação com a receptividade ao tucano nos últimos dias.

Segundo esses assessores, houve aumento de contatos com pedidos de vídeos, fotos e outros materiais produzidos pela campanha.

EM VEJA: 

Tracking do PSDB diz que Aécio cresceu 10 pontos em SP e 7 em MG

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves (Ivan Pacheco/VEJA.com)

Levantamentos internos do PSDB registraram que o candidato do partido à Presidência da República, Aécio Neves, cresceu, nos últimos sete dias, 10 pontos porcentuais no estado de São Paulo e 7 pontos em Minas Gerais. Os dados sobre os dois principais colégios eleitorais do país, repassados a Aécio pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmam o acirramento da disputa sobre quem vai concorrer com Dilma Rousseff (PT) em um provável segundo turno. Para a campanha do PSDB, os trackings indicam viés de alta para Aécio nos últimos dias de campanha e confirmam que, no domingo, o tucano e a candidata Marina Silva (PSB) disputarão voto a voto por uma vaga no turno suplementar. (Laryssa Borges, de Governador Valadares)

 

Dilma nega uso dos Correios na campanha: 'Um absurdo'

Presidente-candidata não tratou sobre vídeo em que deputado petista agradece cúpula da estatal pela 'ajuda'. Apenas minimizou o assunto

Gabriel Castro, de Brasília
A presidente-candidata Dilma Rousseff durante entrevista coletiva em Brasília/DF - 01/10/2014

A presidente-candidata Dilma Rousseff durante entrevista coletiva em Brasília/DF - 01/10/2014 (Ichiro Guerra/Divulgação)

A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira que os Correios tenham auxiliado sua campanha eleitoral. Mas não comentou diretamente a confissão do deputado Durval Ângelo, que foi flagrado em vídeo agradecendo a direção da empresa pelo apoio ao PT em Minas Gerais. Ao responder sobre as críticas da oposição ao episódio, afirmou: "Vocês são jornalistas: vocês acreditam nisso? Gente, nós estamos vivendo uma campanha eleitoral, que fica uma situação um pouco nervosa. Isso é um absurdo".

Em entrevista concedida no fim da tarde no Palácio da Alvorada, Dilma destacou seu programa de construção de creches, cuja meta era entregar 6.000 empreendimentos. Até agora, entretanto, pouco mais de 2.000 foram entregues. A presidente enfatizou o número de obras contratadas: mais de 6.400.

As creches são construídas pelas prefeituras com recursos repassados pelo governo federal. Mas o método está sujeito a fraudes, como acabou revelando a própria presidente ao contar um episódio protagonizado por uma prefeitura responsável por três obras. "Um certo cachorro aparecia na foto das três creches; donde a foto em questão não era das três creches, era de uma creche só que ele estava prestando conta", afirmou, para depois concluir: "É interessante essa história do cachorro, porque foi por absoluto acaso que alguém se deu conta que o cachorro era o mesmo", disse ela.

Ainda com a voz rouca por causa do excesso de eventos públicos, Dilma não teve outros compromissos nesta quarta-feira além da entrevista. Ela se poupou para o debate desta quinta-feira, na TV Globo. Com ou sem voz, a presidente garantiu que vai comparecer.

Novas pesquisas e caso Correios devem apimentar debate desta 5ª

Presidenciáveis terão último encontro antes das eleições: Dilma, Marina e Aécio não têm agendas públicas e passarão o dia se preparando para o embate

Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB)

Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) (Ivan Pacheco e Felipe Cotrim/VEJA.com)

Os candidatos à Presidência da República terão, na noite desta quinta-feira, o último encontro antes das eleições de domingo: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) participam de debate promovido pela Rede Globo – e sob o impacto das pesquisas de intenção de voto que devem ser divulgadas horas antes. Nenhum dos três terá agenda pública ao longo do dia: dedicarão a quinta-feira aos treinos para o embate. A presidente-candidata já passou a quarta-feira basicamente reclusa, concedendo apenas uma coletiva de imprensa no Palácio do Alvorada no final da tarde. O debate começa depois da novela Império.

O encontro se dará em meio a mais uma denúncia envolvendo o governo Dilma: o de uso político dos Correios na campanha. Após a divulgação de um vídeo em que um deputado petista afirma que a presidente-candidata só chegou aos 40% de intenções de voto porque há “dedo forte dos petistas” na estatal, o PSDB afirmou que a estatal boicotou deliberadamente o envio de malotes de campanha de Aécio como forma de favorecer a presidente-candidata na corrida presidencial. Aécio e o candidato tucano ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, começaram a reunir provas para pedir a cassação dos registros de candidatura da petista.

Marina também se pronunciou sobre o caso na quarta-feira, em ato político em São Paulo. Segundo ela, essa prática mostra o "aparelhamento do Estado" feito por candidatos que querem se reeleger "a qualquer custo, não importando o meio". "A reeleição é uma chaga, que inaugurou o mensalão no Congresso Nacional. Reeleição cria uma situação de aparelhamento, de confusão entre o partido e o Estado. Esse tipo de prática deve ser condenada pela Justiça Eleitoral", disse a candidata. Já Dilma negou qualquer uso dos Correios em sua campanha e classificou as notícias como “um absurdo”.

Em queda nas pesquisas de intenção de voto, Marina pretende adotar um tom mais voltado à discussão de programas de governo no último debate. "Não existe desejo de ataque frontal", disse o coordenador adjunto da campanha, deputado Walter Feldman, em entrevista à Agência Estado. Segundo o coordenador, Marina não quer entrar num "debate duro" e pretende passar a imagem de única alternativa entre os candidatos capaz de promover mudanças. "A reação não pode ser no nível que os adversários desejam", defendeu Feldman. Cansada da agenda pesada dos últimos dias, a ex-senadora pretende descansar e recuperar a voz. No último debate, promovido pela Rede Record, a presidenciável estava visivelmente cansada – e acabou por ficar“apagada” nas discussões.

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Folha de S. Paulo + VEJA

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