Ibope e Datafolha confirmam embalo de Aécio numericamente à frente de Dilma

Publicado em 09/10/2014 20:39 e atualizado em 09/10/2014 21:58

SÃO PAULO (Reuters) - A primeira pesquisa Ibope divulgada após a votação do primeiro turno da eleição presidencial confirmou o impulso mostrado pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, e o colocou numericamente à frente de Dilma Rousseff (PT), embora com vantagem dentro da margem de erro.

Segundo a pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, Aécio tem 46 por cento das intenções de voto, contra 44 por cento de Dilma. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais os dois estão em empate técnico.

Pela sondagem, 6 por cento planejam votar em branco ou anular o voto, enquanto 4 por cento são indecisos.

No primeiro turno, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos e Aécio somou 33,6 por cento.

A última pesquisa Ibope antes da votação de domingo passado mostrava em simulação de segundo turno a presidente com 45 por cento das intenções de voto contra 37 por cento do tucano.

O Ibope ouviu 3.010 pessoas entre terça e quarta-feira, em 205 municípios.

Datafolha mostra empate técnico entre Dilma e Aécio com vantagem numérica do tucano

SÃO PAULO (Reuters) - O embalo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, registrado no final da semana se manteve no início da campanha do segundo turno e pela primeira vez ele aparece com vantagem numérica sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), ainda que os dois estejam em empate técnico, mostrou pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira.

Aécio tem 46 por cento das intenções de voto, contra 44 por cento de Dilma. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Pela sondagem, 4 por cento planejam votar em branco ou anular o voto, enquanto 6 por cento estão indecidos.

No primeito turno, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos e Aécio somou 33,6 por cento.

A última pesquisa Datafolha antes da votação de domingo passado mostrava em simulação de segundo turno a presidente com 48 por cento das intenções de voto contra 42 por cento do tucano.

O Datafolha ouviu 2.879 pessoas entre quarta e quinta-feira, em 178 municípios.

(Por Alexandre Caverni e Eduardo Simões)

Adesão de Marina: Aécio diz que aceita sugestões para programa de governo, mas não abdica do que acredita

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou que seu programa de governo é "uma obra em permanente construção", mas disse que não pode abdicar do que acredita, ao ser questionado se faria concessões em troca do apoio da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PSB).

"Todas as sugestões que puderem aprimorar o nosso programa serão muito bem-vindas. Quando se busca um apoio no segundo turno, ele não pode nos levar também a abdicar daquilo que acreditamos que seja essencial para o país", disse o tucano a jornalistas nesta quinta-feira no Rio.

Emissários de Marina vão entregar à campanha de Aécio na sexta-feira, no Rio, um documento em que a ex-candidata condiciona o seu posicionamento individual ao tucano no segundo turno a uma lista de compromissos.

A posição de Marina pode, inclusive, divergir da postura adotada pela Rede Sustentabilidade, partido que ela tentou criar no ano passado, que se posicionou de modo “absolutamente consensual” contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição e enfrenta Aécio no segundo turno, e “a favor das mudanças que o Brasil precisa realizar”.

Uma demanda que será feita por Marina a Aécio envolve a revisão da proposta de campanha do PSDB de reduzir a maioridade penal para reincidentes e crimes hediondos, tema que inclusive habitou programas eleitorais do tucano na TV.

Segundo Aécio, seu programa de governo não fala em acabar com a maioridade penal. "(A proposta) se refere à possibilidade de ouvir o Ministério Público, o promotor da criança e do adolescente naquele caso que o juiz possa considerar extremamente grave, que o juiz possa definir como processar com base no Código Penal", disse Aécio.

"Isso, na verdade, implicaria numa mudança do sistema atual para menos de 1 por cento dos jovens acima de 16 anos hoje em casas de correção, portanto, não é o fim da maioridade, essa é a proposta do senador Aluysio Nunes (vice na chapa de Aécio), que me parece que sinaliza na direção da diminuição da impunidade."

O tucano reiterou que vê mais semelhanças do que diferenças entre as propostas de Marina e as do PSDB.

"Há muito mais convergência entre aquilo que tenho ouvido e lido em relação a propostas não oficiais ainda da candidata Marina, de pessoas de seu círculo, muito mais afinidades do que divergências, mas não recebi ainda essas propostas", disse o tucano.

Aécio insistiu que qualquer sugestão programática deve ser no sentido de aprimorar o programa de governo dos tucanos. "Se formos buscar reconstruir um projeto desde o início, nós não estamos fazendo uma aliança. A aliança tem que acontecer em torno do essencial, e o essencial hoje é a mudança."

PSB (legenda de Marina), PV, PSC, PPS e PSDC já anunciaram apoio formal a Aécio no segundo turno.

"Estou extremamente feliz e honrado com apoios que recebi até aqui... Eu não sou mais o candidato do PSDB ou da nossa aliança inicial, eu sou o candidato da força da mudança, da força que quer encerrar esse ciclo perverso", disse ele, referindo-se ao atual governo.

PETROBRAS

Aécio afirmou ainda que as denúncias de corrupção na Petrobras com desvio de dinheiro para políticos "agora chega de forma institucional" ao PT.

O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou, em depoimento na quarta-feira à Justiça Federal, que grandes empresas fecharam contratos com a estatal por anos com sobrepreço médio de 3 por cento, e que a maior parte do dinheiro foi repassada para PT, PP e PMDB. Por meio de nota, PT e PP negaram as acusações de Costa, enquanto o PMDB disse que não iria comentar o caso.

"Aquilo que era chamado pelo governo de mau feito, de desvio de conduta, de caráter, do que quer que fosse, agora chega de forma institucional ao partido político", disse Aécio.

"Não é a oposição que está denunciando, é um diretor indicado por este governo e um doleiro que atuava dentro deste esquema que dizem que esse esquema alimentava diretamente o partido que está no governo. Em qualquer país do mundo isso seria provavelmente o maior escândalo da história", completou o tucano.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Dilma diz que defesa de emprego e salário diferencia propostas do PT e PSDB

(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou, em evento de campanha para a reeleição nesta quinta-feira, que proteger emprego e salário distingue sua proposta daquela do candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB).

Em evento com apoiadores em Aracaju, a candidata petista disse que diante de qualquer crise o partido adversário desempregava, numa referência aos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Dilma retomou a campanha no segundo turno no Nordeste, onde recebeu a maior quantidade de votos em todos os Estados no primeiro turno, com a exceção de Pernambuco.

A petista recebeu 16,4 milhões de votos na região no primeiro turno, enquanto o seu rival Aécio somou 4,2 milhões.

Pela primeira vez, Aécio aparece à frente de Dilma numericamente: 46% a 44% — ou 51% a 49% dos votos válidos

É… Nunca antes na história “destepaiz”, dois institutos de pesquisa coincidiram tanto, não é? Depois de enormes divergências ao longo do primeiro turno e de ambos terem errado para valer, parece que Ibope e Datafolha ajustaram seus critérios e leram do mesmo modo a vontade popular. Se a eleição fosse hoje, dizem, o tucano Aécio Neves teria 46% dos votos no segundo turno, e a petista Dilma Rousseff, 44%. Nos dois, “brancos, nulos ou nenhum” somam 10%. Assim, os candidatos têm também o mesmo número de votos válidos: 51% para ele e 49% para ela. É a primeira vez na corrida presidencial que Aécio aparece à frente de Dilma.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores no dias 7 e 8. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01071/014. O Datafolha ouviu 2.879 eleitores nos dias 8 e 9. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-01068/2014. Em ambos, a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Para lembrar: no primeiro turno, Dilma obteve 41,59 dos votos válidos, e Aécio, 33,55%. A ser como dizem Ibope e Datafolha, Dilma ganhou, até agora, apenas 2,41 pontos; Aécio avançou muito mais: 12,45 pontos.

Nesta quarta, o Instituto Paraná também divulgou um levantamento. Nesse caso, a diferença em favor de Aécio é bem maior: 45% a 39%, com margem de erro de 2,2 pontos para mais ou para menos. Nos válidos, a disputa estaria 54% a 46%. O PT, obviamente, está em pânico, o que explica a violência no horário eleitoral, questão que tratarei em outro post.

Ibope e Datafolha  publicaram também os números sobre a avaliação do governo Dilma. No primeiro instituto, ele é considerado bom ou ótimo por 39% dos entrevistados; é regular para 33% e ruim ou péssimo para 27%. No segundo, o índice de ótimo e bom também é de 39%, e há uma divergência no regular — 38% — e ruim ou péssimo: 22%.

Vamos ver, agora, quando os institutos começarão a divergir e quem chegará mais perto do resultado das urnas.

Por Reinaldo Azevedo

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Reuters + VEJA

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