Pesquisas: "Datanunes aponta Aécio 6 pontos acima de Dilma..."
Nas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira, tanto o Ibope quanto o Datafolha atribuíram 46% das intenções de voto a Aécio Neves e 44% a Dilma Rousseff. Considerados apenas os votos válidos, os índices sobem para 51% e 49%. Quer dizer que Aécio tem uma vantagem de 2 pontos percentuais? Não necessariamente. Como a margem de erro, para cima ou para baixo, é também de 2 pontos, pode ser que Dilma esteja à frente de Aécio. Tudo somado, os dois institutos informam que a situação é de “empate técnico”.
Naufragaram de novo, constatou há poucos minutos o DataNunes. Criado para antecipar-se à desmoralização imposta pelas urnas aos profetas sem rumo, o DataNunes não faz pesquisas; faz constatações. Para calcular a posição de cada candidato e a diferença que os separa, baseia-se na direção e força dos ventos e na temperatura política, aferidas pelos critérios do bom senso e do apreço à verdade. A margem de erro é inferior a zero e o índice de confiabilidade passa de 100%. Sempre que o Ibope e o Datafolha concluírem alguma pesquisa, o DataNunes divulgará um novo boletim.
O primeiro ficou pronto há meia hora. Aécio está com 53% dos votos válidos e Dilma com 47%. O candidato tucano tem uma vantagem de 6 pontos percentuais. E continua subindo.
DILMA FOGE DE CONFRONTOS: Dos 4 debates programados para o 2º turno, equipe de comunicação da presidente cria caso com dois — os do SBT/Folha/UOL e o da Record
Entusiasmado pelos resultados do primeiro turno da eleição presidencial, o candidato do PSDB, Aécio Neves, instruiu sua equipe de comunicação para que aceitassem o maior número possível de debates, sejam ou não em rede nacional de TV.
Todavia, nas negociações com a equipe de comunicação de Dilma sobre regras e formatos de debates já programados por emissoras, o pessoal de Aécio está encontrando dificuldades, jamais admitidas explicitamente, quanto à participação da presidente em dois deles: no do SBT, em parceria com o portal UOL e com o jornal Folha de S. Paulo, programado em princípio para quinta-feira, 16, e o da Record, que seria no domingo, 19.
Dilma comparecerá sem dúvida ao primeiro dos debates, na terça-feira, 14, na Band, e ao último de todos, o da Globo, na sexta-feira anterior à eleição, o dia 24 próximo.
Em nenhum momento a equipe de comunicação e marketing da presidente informa ou dá a entender que ela está reticente em enfrentar Aécio no SBT e na Record, nas reuniões já realizadas em São Paulo. O que vem ocorrendo são restrições a uma série de detalhes que, na prática, impediram a batida de martelo nesses dois eventos.
Ora o pessoal de Dilma acha que em determinado debate haverá perguntas demais dos jornalistas, ora há restrições a perguntas vindas de pessoas comuns (pré-gravadas ou em outro formato) — e por aí vai.
O que parece é que a presidente, que claudica em declarações públicas, se atrapalha com palavras, necessita consultar papelada antes de respostas, réplicas ou tréplicas em debates, está remanchando — e evitando se expor mais do que um mínimo nos confrontos diretos com seu oponente.
(por Ricardo Setti)
A hora do pavor
De um dos criminalistas que atuam no caso da Lava Jato, defendendo empreiteiras e políticos, sobre o vazamento ontem e hoje dos primeiros depoimentos de Paulo Roberto Costa:
- Isso só começou, vai piorar muito.
Piorar para quem?
Por Lauro Jardim
Alto escalão na delação
Além de Marcos Farias e Rogério Araújo, dupla de executivos da Odebrecht (leia mais aqui), um time do alto escalão das maiores empreiteiras do Brasil tem motivos de sobra para perder o sono com a delação premiada de Paulo Roberto Costa.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras entregou ao juiz federal Sérgio Moro vários nomes, que já foram revelados. Eis os cargos que ocupam:
*Gerson Almada, um dos donos da Engevix;
*Ricardo Pessôa, dono da UTC Engenharia;
* Léo Pinheiro, presidente da OAS.
Também foram mencionados por Costa Paulo Dalmazzo, presidente de óleo e gás da Andrade Gutierrez em 2010, Eduardo Leite, vice-presidente comercial da Camargo Corrêa, Erton Medeiros Fonseca, presidente de engenharia industrial da Galvão Engenharia há quatro anos, além de Ildefonso Colares Filho, diretor da Queiroz Galvão em 2010, e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal.
Por Lauro Jardim