Marina considera carta de Aécio um avanço, afirma Feldman

Publicado em 11/10/2014 19:45
Na manhã deste domingo (12), Marina anunciará se apoia ou não o candidato tucano ao Planalto.

Coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência, Walter Feldman disse que a ex-senadora considerou um avanço a carta de compromissos que Aécio Neves (PSDB) divulgou neste sábado (11), em relação conteúdo de programa do tucano no primeiro turno.

Feldman avaliou a carta de Aécio, que se compromete com reformas agrárias e política e com o fim da reeleição para o Executivo, como sendo "de forte conteúdo social".

"Em relação ao conteúdo do debate programático do primeiro turno, avança de maneira consistente", disse. "Mas não há que se imaginar que seja o programa da Rede", disse o deputado licenciado, ao sair do prédio de Marina em São Paulo.

Feldman, Bazileu Margarido e Gabriela Barbosa, integrantes da Rede Sustentabilidade, e Alon Feuerwerker, coordenador de comunicação da campanha pessebista, se reuniram à tarde com a ex-ministra do Meio Ambiente.

Na manhã deste domingo (12), Marina anunciará se apoia ou não o candidato tucano ao Planalto.

"É um momento difícil. A Rede é uma proposta de nova política e o segundo turno leva à polarização. Alguns acham que devemos não participar e outros que, dada a dramaticidade do quadro, teria que se assumir uma posição ", afirmou Feldman.

Em carta lida pelo filho, viúva de Eduardo Campos oficializa apoio a Aécio

Não habituada a discursos, Renata Campos, 47, viúva do ex-governador Eduardo Campos, oficializou o apoio da família à candidatura de Aécio Neves (PSDB), por meio de uma carta lida pelo filho mais velho do casal, João, 20, no início da tarde deste sábado (11).

"Somos nordestinos, pernambucanos, e queremos juntos construir a nação brasileira. Siga em frente, Aécio, e que Deus nos proteja", diz a carta de Renata, que perdeu o marido em um acidente aéreo no dia 13 de agosto.

"Você vai levar a garra e energia do nosso povo, que serão fundamentais e essenciais para a construção de um novo Brasil", afirmou a viúva na carta lida pelo filho. No texto, Renata disse estar sofrendo pela morte do marido e que o acidente interrompeu seus planos políticos.

"Para nós, este ano foi um ano muito duro. Perdemos nosso Eduardo, o nosso Dudu, nosso pai, nosso líder", afirmou. "Ele tinha um grande sonho: tornar o Brasil um país mais justo, mais humano, mais equilibrado, onde as pessoas estivessem em primeiro lugar".

"Ele sabia que para chegar neste novo Brasil era preciso um novo caminho. Infelizmente, quis o destino que o caminho que sonhávamos não se tornasse possível".

A viúva também lembrou da amizade entre Campos e Aécio, que no início do ano fizeram um pacto informal de não-agressão e costuravam nos bastidores um apoio mútuo no segundo turno. "Aécio, acredito na sua capacidade de diálogo e gestão. Sei que não é a primeira vez que seu caminho cruza com Eduardo", disse Renata na carta.

"Em vários momentos, quando era necessário, você e Eduardo sabiam sentar e dialogar, encontrar caminhos". Sempre contida, a viúva de Campos criticou o governo da presidente Dilma Rousseff na carta lida pelo filho. "O Brasil pede mudanças. O governo que aí está tornou-se incapaz de realizá-las".

Ao contrário dos filhos João, Eduarda (22) e Pedro (18), a ex-primeira-dama de Pernambuco não participou do ato no Clube Internacional do Recife, onde há algumas semanas esteve com Marina Silva, que assumiu a liderança da chapa do PSB com a morte de Campos.

Aécio disse estar emocionado com o ato organizado em Pernambuco e com a mensagem de Renata Campos.

"Já vivi muita coisa na minha vida, não comecei ontem a minha trajetória. Tive muitas alegrias e também momentos de enorme dor e frustração, mas não senti tamanha emoção que vivo aqui hoje", disse o tucano.

Aécio lembrou de conversas com Eduardo e, disse que partidos diferentes e gerações diferentes agora " se unem em torno de algo maior". "Não sou mais o candidato do PSDB, sou o candidato que vai fazer as mudanças que o Brasil precisa".

Aécio ainda rebateu críticas feitas nos últimos dias pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT). " Não vou aceitar que queiram dividir o Brasil em dois, entre pobres e ricos, entre norte e sul, entre Nordeste e Sudeste. Serei o presidente da integração", afirmou.

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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