Mapa tenta acordo diplomático para abertura do mercado de milho para a China

Publicado em 14/11/2014 14:09 e atualizado em 17/11/2014 14:00

O atual ministro da Agricultura, Neri Geller, está em missão diplomática na China, após passar pela Arábia Saudita em uma negociação para derrubar o embargo à carne bovina brasileira. O objetivo da viagem é abrir mercados para a proteína animal, assim como para o milho. Geller deixa claro que a intenção é trazer novas possibilidades para a produção excedente do centro-oeste, assim como a valorização da produção brasileira.

O acordo com a Arábia Saudita já está consolidado e em breve receberá carne de origem brasileira, aguardando apenas a resolução de trâmites legais para tornar a decisão oficial. Na China a situação também está prestes a acontecer, em que o Brasil deixaria realizar embarques por Hong Hong, passando diretamente para Pequim. Segundo o ministro, este desvio eleva de 25% a 30% os custos de produção aos produtores brasileiros.

A expectativa é de que a partir de janeiro já haja embarque de cerca de US$ 300 a US$ 400 milhões em carne bovina com destino ao mercado chinês. O que representa um aumento imediato no consumo de grãos na ordem entre 1,5 milhões de toneladas a 1,8 milhões de toneladas. Para o ministro, a situação já está consolidada e o momento é de investimentos para o setor de proteína animal.

Milho

Em sua visita diplomática à China, o ministro também tenta o acordo para abertura de mercado para o milho brasileiro. O compromisso ainda não foi firmado e deverá se consolidar na próxima reunião que será realizada já no próximo sábado (15). Segundo Geller, a principal intenção deste acordo é trazer uma resolução de curto prazo para o excedente de produção de milho, que beneficiará principalmente o centro-oeste. Caso a decisão seja firmada, o Brasil passará a realizar o embarque não apenas da proteína, levando a produção de grãos brasileira a novas possibilidades.

Ministério

Geller também comentou sobre a possível saída do Ministério da Agricultura. O ministro se mostrou tranquilo com a situação e disse que não há nada resolvido quanto a esta questão. Em conversas com a presidente Dilma Rousseff deixou claro a agenda de prioridades do mistério. “Pode ser que fique, pode ser que não fique”, conclui o atual ministro. 

Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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