Idec lança campanha sobre a importância da origem dos alimentos no Brasil

Publicado em 26/12/2014 09:24

Campanha do Idec promove o direito dos consumidores à informação sobre onde e como os alimentos são produzidos fazendo alusão a ingredientes típicos de receitas de festas de final de ano. Pesquisa mostra que número de alimentos que apresentam alguma informação ao consumidor é muito baixo

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) acaba de lançar a campanha De onde vem? para sensibilizar os consumidores sobre a importância da rastreabilidade dos alimentos – ou seja, a capacidade de se rastrear por todas as etapas de produção, processamento e distribuição até chegar ao consumidor final. Com a De onde vem?, é possível se informar sobre as vantagens de conhecer a origem dos alimentos, como esse tema se dá no Brasil e, ainda, se cadastrar para receber mais informações. Foram elaboradas também peças de comunicação sobre o tema, que serão compartilhadas nas redes sociais. As primeiras peças trazem a pergunta “De onde vem?” relacionada a alimentos típicos das festas de final de ano. Em janeiro, outras peças serão veiculadas com os alimentos mais consumidos no verão.

Apesar de não haver regulação sobre o tema no Brasil, como já ocorre em outros países, o Idec realizou uma pesquisa e identificou que algumas redes supermercadistas já possuem programas voluntários de rastreabilidade, porém, ainda insuficientes. O Instituto identificou, em visita aos supermercados, que o maior problema está nos alimentos a granel: apenas 0,06% dos alimentos apresentam alguma informação ao consumidor. Entre os alimentos embalados, são 42,6%. Os alimentos orgânicos têm vantagem - são 56,5% contra 28,7% dos convencionais. “O ideal seria que nas gôndolas um cartaz indicasse algumas informações, tais como: o produto e variedade, o produtor e o centro de distribuição - quando houver, CPF/CNPJ, endereço, data de produção, lote e se houve uso ou não de agrotóxicos”, explica Renata Amaral, pesquisadora do Instituto.

Existem diversos benefícios na rastreabilidade, como a valorização dos alimentos orgânicos e agroecológicos, o respeito à produção socialmente justa e a possibilidade de escolher alimentos elaborados próximos do consumidor, ou seja, com menos emissões de carbono para a distribuição. “Além disso, saber de onde vem o alimento e por onde ele passou permite identificar os responsáveis por problemas da cadeia de fornecimento de alimentos, além de dar agilidade aos processos de recall quando há alguma violação sanitária”, reitera Renata.

Com base no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, que prevê informação clara e adequada como direito básico, o Idec entende que esse tipo de dado deve estar mais acessível ao consumidor, ampliando o seu poder de escolha. Além disso, caso haja alguma irregularidade nesse produto, será mais fácil a adoção de medidas junto a toda a cadeia produtiva.

Fonte: Idec

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