Aprosoja discute solução para greve dos caminhoneiros com associação das tradings

Publicado em 27/02/2015 09:45
Em SP, presidente da entidade lembra que mais de 50% da safra de soja ainda precisam ser colhidos e escoados

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) busca soluções para encerrar as mobilizações dos caminhoneiros em Mato Grosso. Nesta quinta (26), o presidente da entidade, Ricardo Tomczyk, e o diretor executivo, Wellington Andrade, estiveram em São Paulo reunidos com representantes da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove).

A Abiove se comprometeu a iniciar imediatamente a recomposição do valor dos fretes, que é uma das pautas dos profissionais mobilizados. "Os bloqueios nas rodovias impactam diretamente em nossa produção, pois ainda temos mais de 50% da safra para serem colhidos no Estado. Precisamos encontrar uma solução rápida", diz Tomczyk.

Durante o Seminário Previsão de Safra da Anec, Ricardo Tomczyk explicou os impactos graves que já estão ocorrendo em Mato Grosso com as manifestações, como falta de combustíveis, dificuldade de transporte da safra para os armazéns, além do desabastecimento dos municípios com alimentos.

"Esperávamos a ação do poder público, mas as negociações não avançam e não percebemos a desmobilização. A soja está pronta para ser colhida e não podemos perder boa parte da safra", enfatiza. A associação entende que o aumento dos valores dos fretes impacta diretamente na conta do produtor, mas não vê outra solução imediata para a situação. "Mais uma vez, o produtor vai cortar na própria carne", diz o presidente da Aprosoja.

Seminário - O consultor André Pessôa, da Agroconsult, trouxe durante o seminário informações sobre as safras de soja, milho e algodão no País. Ele informou que a expectativa é de produção de 94 milhões de toneladas de soja. "Os números estão ajustados, mas não acredito que cheguemos a esta produção", afirma Tomczyk. Sobre a renda da atividade, que Pessôa informou estar praticamente no "zero a zero", o presidente da Aprosoja concorda: "se não fosse a alta do dólar, estaríamos no vermelho".

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Ascom Aprosoja

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