Caminhoneiros seguem em direção a Brasilia nesta segunda. Greve continua no Sul

Publicado em 02/03/2015 06:57
G1 + Folha

Os caminhoneiros em greve prometem protesto em Brasília nesta segunda. Entre outras reivindicações, eles querem a redução do preço do diesel e o aumento do valor do frete.

Caminhoneiros seguem protestando nas estradas da Região Sul na madrugada desta segunda (2). Há bloqueios em estradas dos três estados: Paraná,  Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Veículos estão estacionados em seis trechos de rodovias federais no PR. 
Frota de ônibus é reduzida em Foz por causa da falta de gasolina.

Os caminhoneiros que bloquearam algumas rodovias no interior do Paraná, entre sábado (28) e domingo (1º), aguardam fora das pistas na manhã desta segunda-feira (2). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 7h os veículos estavam estacionados na beira da estrada. Conforme os policiais, eles podem retomar com os bloqueios a qualquer momento.  Na noite de domingo, quatro pontos estavam interditados. Desde a noite de sábado não há trechos interditados nas rodovias estaduais.

Ainda conforme a PRF, no início dos protestos, os caminhoneiros estavam fechando, preferencialmente, as rodovias federais. Diante da ameaça de multa, parte dos manifestantes adotou novas estratégias para enganar a fiscalização: a de trocar rodovias federais por estaduais.

Veja abaixo os trechos em que os veículos estão no acostamento. 

A categoria protesta desde o dia 13 de fevereiro no Paraná contra o aumento do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos frentes, que considera baixo. Para chegar a um acordo, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11 de fevereiro, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses.

Em nota divulgada no domingo, o governo federal declarou que ampliará a presença de policiaisnas estradas para assegurar o cumprimento de decisões judiciais que determinaram o desbloqueio de rodovias.

Durante os períodos de interdições foram registrados prejuízos em vários setores da economia do estado. Em Foz do Iguaçu, no oeste, por exemplo, os horários do transporte público precisaram ser alterados por causa da falta de gasolina. Nesta segunda (2), apenas metade da frota vai circular na cidade.

Em Maringá, no norte do estado, faltam carnes, legumes e verduras nos supermercados menores. Revendas de gás e água ficaram sem estoque. Nas cidades que ainda têm combustível, motoristas lotaram postos para abastecer os carros, sofrendo com o aumento abusivo. Dois gerentes de postos, um de Paranavaí e outro de Cianorte, no noroeste do estado, foram presos por cobrar valores muito altos pelo litro da gasolina. Mas em muitos municípios se esgotou o álcool e a gasolina nas bombas.

O Porto do Paranaguá, no litoral paranaense, também ficou praticamente vazio e as exportações começaram a ficar comprometidas.

Veja os pontos de bloqueios até o momento:

Paraná
BR-163, km 7 - Barracão
BR-376, km 136 - Nova Esperança
BR-376, km 102 – Paranavaí
BR-369, km 178, Arapongas

RS
BR-392 - km 297 - São Sepé
BR-157 - km 265 - Julio de Castilhos
BR-116 - km 397 - Camaquã
BR-116 - km 407 - Camaquã

Santa Catarina
BR-163, no km 83,6, em Guaraciaba
BR-163, no km 101, em São José do Cedro
BR-163, no km 111, em Guarujá do Sul
BR-282, no km 581,7, em Pinhalzinho
BR-282, no km 605 (trevo), em Maravilha
BR-282, no km 645,6, em São Miguel do Oeste
BR-470, no km 71, em Indaial (bloqueio sem relação com o protesto de caminhoneiros)
SC-157, no km 54,48, em Quilombo
SC-160 em Campo Erê
SC-163, km 58,315, em São Miguel do Oeste
SC-386, em Iporã do Oeste

Arlindo Junior
há 6 horas

peço a grande gentileza ao jornalismo desta emissora que atente-se aos fatos reais , os srs ; jornalistas sabem assim como todo mundo que os caminhoneiros estao seguindo para brasilia ok ? entao porque maquiar as reportagens ou simplesmente omiti-las ?sejam homens e profissionais de carater neste momento critico em que o pais esta ,pois jornalismo serio e o que o cidadao espera de voces !!!

 

Na FOLHA: Com nove presos, protesto de caminhoneiros diminuiu domingo no país

Segundo o Planalto, Dilma deve sancionar, sem vetos, nesta segunda (2) a Lei dos Caminhoneiros

Na noite de domingo (1º), havia 15 pontos de interdição parcial em quatro Estados, sendo 13 em rodovias federais

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Com nove manifestantes presos no Rio Grande do Sul, o protesto de caminhoneiros, que bloqueia estradas do país desde o último dia 18, perdeu força neste domingo (1º).

No início da noite, havia 15 pontos de interdição parcial em quatro Estados --RS, SC, MT e MS--, sendo 13 em rodovias federais e 2 em estaduais.

Devido à avaliação de que a greve está praticamente terminada, o governo federal começará nesta segunda-feira (2) a concretizar as promessas feitas aos motoristas.

Segundo a assessoria do Planalto, a presidente Dilma Rousseff vai sancionar hoje, sem vetos, a chamada Lei dos Caminhoneiros e encaminhar ao Congresso as normas para suspender por um ano os pagamentos das dívidas de duas linhas de crédito do BNDES para adquirir caminhões --Finame e ProCaminhoneiro.

No auge das manifestações, na quarta (25), havia bloqueios em 14 Estados, sendo 129 em rodovias federais e pelo menos 64 em estaduais.

O Rio Grande do Sul, que concentrou os protestos no fim de semana, tinha uma interdição na noite de domingo. No Estado, um manifestante morreu atropelado no sábado (28) após tentar conter um caminhão que furou bloqueios na BR-392, em São Sepé, a 265 quilômetros de Porto Alegre. A repressão aumentou no Estado após a morte do manifestante e consequente aumento de bloqueios naquele dia.

As nove prisões de caminhoneiros no Estado foram por incentivo à desordem ou desobediência à decisão judicial de desobstrução da pista.

Ações como a do RS se repetiram em outros Estados. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os policiais mantêm o monitoramento nas estradas com apoio da Força Nacional de Segurança Pública e das polícias estaduais.

Representantes de caminhoneiros divergem sobre os próximos passos nesta semana. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, é hora de recuar para avançar nas negociações. Já o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS) diz que o movimento continuará forte. Outras lideranças afirmam que agora vão diminuir os bloqueios e optar pela paralisação, cruzando os braços e não realizando as entregas.

Entre as reivindicações, estão a redução do preço do diesel e do pedágio e o tabelamento dos fretes. Na quarta (25), o governo anunciou um acordo, mas parte dos motoristas não o reconhece.

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G1 + FOLHA

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