‘Choque’ no campo encarece alimentos na mesa

Publicado em 23/06/2015 07:37

A tarifa de energia elétrica entrou definitivamente na lista de “vilões” do agronegócio. Após o último reajuste determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz dos abatedouros, frigoríficos e demais agroindústrias subiu, em média, 60,5% somente em 2015. O setor industrial contabiliza aumento de 31,8% em março e outro de 15,61% na semana passada, que passa a vigorar amanhã. A fatura residencial subiu, no acumulado do ano, 51%.

“Esses aumentos acabam por pressionar a rentabilidade do produtor. Apesar de 40% do consumo de energia ocorrer no período noturno[após as 22h], em que a tarifa tem desconto, muitos equipamentos ficam ligados 24 horas”, aponta Pedro Loyola, economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Dentre as atividades agropecuárias do estado, a avicultura é um dos setores mais atingidos pelo reajuste da energia. De acordo com cálculos da Faep, a eletricidade representava 5,5% do custo de produção do setor em dezembro, saltando para 9,5% agora. Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador de frango do país.

Segundo Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a energia elétrica é o insumo de serviço mais caro para o setor, acima inclusive da mão de obra. Em alguns frigoríficos, a conta de luz corresponde a 35% da folha salarial. No início de 2014, “antes dos aumentos mirabolantes do governo”, a proporção era de 12%, compara o dirigente. Algumas plantas instaladas no estado têm até 1 mil funcionários.

“A paulada na cabeça veio na hora em que campo mais precisava do governo. O agro não tem como prescindir da energia”, ressalta Martins. “É impossível desligar as máquinas dos incubatórios, pois os embriões morreriam. Assim como não se pode desativar as câmaras frias”, complementa.

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Fonte: Gazeta do Povo

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