Monsanto corta 2,6 mil vagas e reestrutura operações

Publicado em 07/10/2015 12:01

(Reuters) - A Monsanto, uma das maiores companhias de sementes e agroquímicos do mundo, disse nesta quarta-feira que está cortando 2,6 mil postos de trabalho e reestruturando operações para reduzir custos, em meio a uma queda do mercado de commodities que deve impactar os resultados em 2016.

No Brasil, a empresa informou que encerrará os negócios no mercado de cana-de-açúcar, onde atua sob a marca CanaVialis, para focar em sementes, proteção de cultivos, biológicos e agricultura digital.

A Monsanto, que reportou um prejuízo trimestral, disse que, além das demissões, a reestruturação global vai incluir "racionalização e repriorização" de algumas atividades comerciais e de pesquisa e desenvolvimento, incluindo a saída do negócio de cana-de-açúcar.

No relatório anual de 2014, a empresa disse que tinha 22.400 funcionários regulares e 4.600 temporários.

A companhia disse que espera que a fase inicial da reestruturação leve a economias anuais de entre 275 e 300 milhões de dólares até o final de 2018, a um custo total de entre 850 e 900 milhões de dólares.

As vendas de produtos de milho, os principais da Monsanto, caíram para 598 milhões de dólares, ante 630 milhões de dólares, enquanto as vendas da unidade de produtividade agrícola da companhia, que inclui o herbicida Roundup, caíram para 1,1 bilhão de dólares, ante 1,25 bilhão de dólares.

As ações da Monsanto acumulam queda de cerca de 30 por cento desde um pico em fevereiro, e a estratégia de crescimento da empresa tem sido crescentemente questionada por investidores desde uma fracassada tentativa de aquisição da rival suíça Syngenta.

(Por Carey Gillam, em Kansas City)

Monsanto afirma que vai encerrar negócios no mercado de cana-de-açúcar do Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A multinacional de sementes e biotecnologia Monsanto decidiu encerrar os negócios no mercado brasileiro de cana-de-açúcar, no qual operava com a marca CanaVialis, para focar as atividades no país em sementes, proteção de cultivos, biológicos e agricultura digital, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira.

A companhia disse ainda que vai discutir possíveis transferência de tecnologias no setor de cana para entidades públicas de pesquisa do Brasil. Segundo a empresa, 150 funcionários serão afetados pelo encerramento das atividades.

(Por Roberto Samora)

Fonte: Reuters

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