Seca em Manaus e cheia no Pantanal causam prejuízo aos produtores

Publicado em 22/02/2016 07:14

A falta de chuva tem causado prejuízo a moradores do Amazonas. Quatro municípios do estado estão em situação de emergência por causa da estiagem. Já no pantanal do Mato Grosso do Sul, é a cheia fora de época provoca problemas aos pecuaristas da região.

O período de chuva, normalmente, começa em dezembro e vai até junho no Amazonas. Esse é inverno na região. Mas, este ano, a seca fora de época castiga o estado. Quatro municípios estão em situação de emergência por causa da estiagem fora de época.

O agricultor Mateus Barbosa fez as contas do prejuízo. “Já perdi de seis a sete toneladas de pimentão, sem contar mais de 13 mil pés de alface. Tudo isso gera pra gente uma tristeza profunda”, diz.

Água barrenta foi que sobrou para salvar o que ainda pode resistir a estiagem. As perdas agrícolas em Presidente Figueiredo, a 100 quilômetros de Manaus, chegam a 80%. “Isso está afetando diretamente a economia das famílias que dependem da produção rural para sobreviver”, diz Jean Ferreira secretário de Agricultura.

Na comparação de janeiro de 2015 com janeiro de 2016, as perdas em dinheiro passam de R$ 1 milhão. Em uma área da região, quatro barracões foram utilizados para a plantação de cheiro-verde. Mas, sem água, tudo secou e as plantações foram perdidas.

Os moradores da comunidade Boa Esperança, em Presidente Figueiredo, sofrem com a estiagem desde novembro do ano passado. O agricultor José Inês perdeu oito mil pés de banana. “Esperar em Deus agora que mande chuva pra que se recupere”, diz.

Doze caminhões por semana saíam dos ramais para as feiras em Manaus. Hoje não passam de três.

Já no pantanal do Mato Grosso do Sul, foi a cheia fora de época que pegou os pecuaristas de surpresa. Cercas e porteiras de fazendas estão em baixo d'água. Os animais tentam buscar lugares secos, mas não conseguem vencer a inundação.

Na região da Estrada Parque, no baixo Pantanal de Mato Grosso do Sul, a cheia chegou mais cedo e com mais intensidade este ano e está concentrada na região por causa das chuvas volumosas registradas no mês de janeiro nas cidades de Aquidauana e Miranda. Por isso, os criadores de gado da região tiveram que se antecipar para retirar os animais das propriedades.

Em janeiro, o agricultor João Venturini Júnior conseguiu fazer o transporte de 1,8 mil cabeças para áreas mais secas. "Pela experiência que a gente tem, pelos anos de convivência na região, vimos que essa água ia chegar aqui na nossa região. Não imaginávamos que seria com esse volume todo. Mas, começamos a adiantar e começar a tirar os animais daqui. Não sofremos muito porque conseguimos antecipar e soltar esses animais aqui da região", diz.

Mas nem todos os fazendeiros conseguem fazer a retirada do gado a tempo. O gerente de uma propriedade também na Estrada Parque informou que, por conta do alagamento que chegou até a entrada da fazenda, não foi possível fazer a retirada dos animais.

Os produtores rurais que ainda têm animais nas áreas alagadas estão sendo alertados para fazer a retirada o mais rápido possível para não perder o rebanho.

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G1 - Globo Rural

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