Tabaco brasileiro passa pela pré-inspeção e está apto para o embarque

Publicado em 15/08/2017 11:14
Em 2016, a China figurou como segundo maior país comprador do tabaco brasileiro: foram US$ 280 milhões em divisas, 13,4% do total embarcado no ano. A estimativa para 2017 é de que sejam exportadas 43 mil toneladas do produto somente para o país chinês.

Uma equipe de técnicos chineses passou o último mês na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, coletando amostras de tabaco processado e fazendo testes laboratoriais para comprovar a sanidade do tabaco brasileiro antes do embarque. A missão chinesa composta por técnicos da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) concluiu que o produto brasileiro está apto a ser embarcado. A pré-inspeção do tabaco comercializado para o país chinês costuma acontecer anualmente com o intuito de assegurar a ausência de pragas quarentenárias no produto.

O encerramento das atividades de pré-inspeção do tabaco da safra 2016/2017 foi realizado em Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira, 14 de agosto, e reuniu representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), integrantes da AQSIQ, da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), empresas associadas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no estande estufa do SindiTabaco, no Parque da Oktoberfest.

Wan Chengtang, vice-diretor da AQSIQ, apresentou os resultados da pré-inspeção do tabaco produzido no Rio Grande do Sul e processado no período. Foram inspecionadas 57 amostras das 43 mil toneladas destinadas à China. Segundo ele, nas amostras que foram analisadas no laboratório da Central Analítica da UNISC, não foram detectadas pragas quarentenárias importantes, qualificando o produto como apto para embarque. 

"Com a colaboração de todos os envolvidos terminamos o nosso trabalho de uma maneira satisfatória. Foram 30 dias de intenso trabalho e podemos afirmar que o Brasil atendeu aos padrões determinados pelo protocolo e continua garantindo a sanidade do produto que será exportado para a China", afirmou o representante da AQSIQ que também visitou junto com os demais técnicos o escritório do MAPA em Santa Cruz do Sul para entender melhor as especificações locais e processos burocráticos, bem como empresas processadoras, produtores e centros de pesquisa.

A China é um importante parceiro do agronegócio brasileiro e isso também acontece no setor do tabaco: em 2016 figurou como segundo maior país comprador do tabaco brasileiro, gerando US$ 280 milhões em divisas, 13,4% do total embarcado no ano. Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke,  a China tem um papel fundamental para a liderança do Brasil no ranking mundial de exportação há 24 anos. 

"Além do embarque expressivo que agrega renda e divisas, os negócios com o país chinês corroboram a boa qualidade e integridade do nosso produto, considerando que a China é um dos mais exigentes em questões fitossanitárias. Esperamos que as relações de comércio continuem se fortalecendo", afirmou Schünke, lembrando que o setor brasileiro do tabaco é um dos mais comprometidos com questões relacionadas à sustentabilidade da produção, considerando tanto aspectos ambientais como sociais.

"Em nome do governo brasileiro estamos felizes pelo reconhecimento do trabalho de nossos técnicos. Temos ciência da importância do setor do tabaco para a economia e não mediremos esforços para manter a cooperação existente", destacou José Ricardo de Matos Cunha, superintendente substituto e chefe da Divisão de Administração da Superintendência do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul.

Roque Danieli, auditor fiscal federal Agropecuário, assegurou que o MAPA está aberto a trabalhar de forma conjunta com o setor produtivo para aprimorar questões relacionadas ao protocolo, assim como avaliar possíveis revisões nos parâmetros do mesmo.

A responsável técnica do Laboratório de Fitopatologia da UNISC, Adriana Düpont, acompanhou as análises laboratoriais e enfatizou a importância do trabalho realizado para confirmar a sanidade do produto, bem como a experiência do trabalho em cooperação governamental bilateral com o apoio da academia. "Foram quatro semanas de muito trabalho e de aprendizagem. Trocamos muitas experiências entre as equipes, não apenas técnicas, mas também culturais", avaliou.

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Fonte:
SindiTabaco

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