CNA participa de reunião de grupo de análise sobre a China

Publicado em 19/06/2019 11:49

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou da 12ª Reunião do Grupo de Análise sobre a China, na terça (18), na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.

O tema do encontro foi “Tensões Comerciais entre China e Estados Unidos? Possíveis Impactos nas Estruturas Comerciais, Financeiras e Estratégicas para Mitigar Riscos”. Vários especialistas em economia e relações internacionais do Brasil, Estados Unidos e China participaram do evento de forma presencial e por videoconferência.

As discussões se centralizaram na questão da “nova ordem mundial" e na disputa de poder entre EUA e China. Também foram discutidos o estado da globalização (ou da “desglobalização”), a segurança das informações e cibernética. O papel de organizações multilaterais como Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC) na mediação de disputas e conflitos também foi debatido.

O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, iniciou os debates mencionando que a relação entre China e Estados Unidos é sensível, mas o alto grau de interdependência das duas economias traz um certo nível de segurança. Toda e qualquer ação deve ser muito bem pensada e cautelosa. “Os dois países estão tentando liderar o processo de globalização, mas cada um baseado em um modelo distinto,” disse ele.

Para Kellie Meiman, da McLarty Associates, em Washington DC, a segurança da tecnologia está no centro das tensões entre os dois países. Ela vê o crescimento das empresas chinesas de tecnologia com bons olhos, uma vez que o tema “segurança das informações” também se tornou uma questão de interesse e segurança nacional para a China, algo que não existia anteriormente.

Segundo o assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Pedro Pereira, foi importante para o agro brasileiro participar do debate.

“Estados Unidos e China são superpotências mundiais e, mesmo sem estar diretamente envolvido nas tensões, o Brasil é afetado pelas decisões tomadas pelos líderes desses países, em questões de demanda por alimentos e produtos agropecuários, e preço de commodities, por exemplo”, afirmou Pedro.

Na avaliação da assessora técnica da CNA, Bárbara Lopes, no último ano foi possível observar que, em meio a essa tensão, algumas janelas de oportunidade se abriram no curto prazo. Entretanto, o Brasil precisa estar preparado saber aproveitar essas oportunidades de forma consciente.

“Os produtores devem estar atentos aos acontecimentos, mas ter muita cautela para não tomarem decisões impactantes em seus negócios baseadas em oportunidades que surgem a curto prazo para, no médio e longo prazos, não terem uma produção incompatível com a demanda”, disse ela.

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CNA

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