Mapa discute melhorias dos serviços de seguros rurais com corretores e seguradoras em São Paulo

Publicado em 18/10/2019 09:32
Objetivo dos encontros foi discutir a ampliação e capacitação da rede de corretores e de peritos para aprimorar os serviços prestados

Representantes do Departamento de Gestão de Riscos  da Secretaria de Política Agrícola, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participaram de debates, nessa quarta-feira (16), em São Paulo, sobre diretrizes de melhorias dos serviços do seguro rural com corretores especializados e companhias de seguro credenciadas ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

No primeiro encontro, no Sincor-SP com os corretores, o diretor do Departamento de Gestão de Riscos, Pedro Loyola, e  o coordenador-geral de Seguro Rural, Diego Almeida, apresentaram as diretrizes do governo para 2020 nas políticas de gestão de riscos agropecuários.

Foram abordados temas como a capacitação em seguro rural visando melhorar a consultoria na comercialização de apólices e ampliar o número de corretores que atendem o agronegócio. 

O presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados, de Capitalização e de Previdência Privada (Fenacor), Alexandre Camillo, colocou as estruturas da entidade à disposição para capacitação dos corretores que ainda não trabalham com seguro rural. A Fenacor também vai elaborar um documento com propostas sobre os gargalos da indústria do seguro e irá encaminhar ao Mapa.

Para o representante da Fenacor em Seguros Rurais, David Elias Martin, “a injeção de recursos do PSR é importante para a disseminação da cultura do seguro, e os corretores são figura principal na disseminação da cultura e distribuição qualificada". "O crescimento do programa de seguro é uma excelente oportunidade para o crescimento da categoria de corretores no ramo de seguros rurais”, destacou.

No segundo encontro, realizado na Sindseg-SP com as 14 companhias de seguro credenciadas ao PSR,  o tema principal foi a criação do Cadastro Nacional de Encarregados de Comprovação de Perdas (CNEC), administrado pelo Mapa, que entrará em vigor de forma opcional em novembro de 2019, e será obrigatório a partir de 1º de julho de 2020 para todos os peritos agrícolas que atuam no PSR e Programa de Garantia da Atividade Rural (Proagro).  As companhias seguradoras e as instituições financeiras serão responsáveis por alimentar o cadastro com as informações dos peritos.

O CNEC oferecerá ferramentas para estruturação e gestão da rede de peritos do Proagro e do PSR, apoio a ações de capacitação, difusão de informações e criação de canais de comunicação com os encarregados de comprovação de perdas. Também contribuirá para apoiar as ações de supervisão desses programas.

A expansão e a popularização dos seguros agrícolas no agronegócio brasileiro exigem do mercado segurador uma reestruturação, com bases sólidas, do modelo de atendimento e prestação de serviços ao produtor rural. Esse profissional é o responsável por realizar o atendimento presencial ao segurado em vistorias de campo, sejam elas de sinistros ou prévias para aceitação do risco.

O diretor Pedro Loyola explica que o objetivo do cadastro nacional é ter um diagnóstico correto da rede de peritos atuando no país e estabelecer um cronograma de capacitação e certificação dos profissionais que vão atuar nos programas de seguro rural e Proagro. “Este é um dos projetos estratégicos da Gestão Integrada de Riscos Agropecuários que estamos elaborando no âmbito do Mapa. A existência de um cadastro nacional e uma metodologia eficaz de capacitação e certificação, que habilite esses peritos aos trabalhos de campo, torna-se um requisito essencial para o momento atual em que o seguro rural será mais disseminado e massificado”.

Segundo o vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Rurais (FenSeg), Daniel Nascimento, a profissionalização dos peritos é urgente, já que é difícil encontrar peritos capacitados, aptos e ágeis para atender situações que exigem grande força de trabalho em curto espaço de tempo. No setor agrícola, de acordo com ele, essas situações ocorrem devido as características sazonais dessa modalidade de seguros, que se baseiam nas safras agrícolas e nos riscos climáticos.

"A qualidade técnica e moral desse profissional para execução das vistorias é crucial para que a precificação e quantificação de prejuízos de sinistros seja realizada de forma justa, sem prejudicar ou beneficiar nenhuma das partes envolvidas, segurado e seguradora, garantindo assim a sustentabilidade do negócio como um todo. Por fim, é preciso profissionalizar o perito de seguros agrícolas. O estudante de agronomia recém-formado deve conhecer e ter a possibilidade de se especializar nessa área e considerar seguir carreira como perito agrícola”.

O coordenador-geral do Seguro Rural do Mapa, Diego Almeida, afirmou que os encontros com as companhias seguradoras faz parte de uma agenda técnica de trabalho, em outubro e novembro, em busca da melhoria dos serviços dos seguros rurais.

O departamento está se reunindo com cada uma das companhias seguradoras credenciadas no PSR, já esteve no Fórum do Pronaf com as instituições financeiras que atuam no Proagro e realizará reuniões em novembro com entidades representativas de produtores e cooperativas com o objetivo de discutir as melhorias dos serviços e produtos de seguros rurais. “Essas atividades são dinâmicas e devem se tornar importantes rotinas de acompanhamento do que os produtores estão demandando em melhorias para o seguro rural e de como o Mapa vai conduzir o controle de qualidade dos serviços e produtos do PSR e Proagro”.

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Mapa

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