Economia com fertilizantes na semeadura do inverno

Publicado em 31/03/2020 14:37

A estiagem que afetou os cultivos de verão na Região Sul limitou a capacidade das plantas de extrair os nutrientes disponíveis no solo. Avaliar o residual de fertilizantes pode representar economia na implantação das lavouras de inverno.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Fabiano De Bona, a base de fertilizantes para a produção de grãos é a fórmula NPK- nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). “Grande parte destes nutrientes ficaram no solo e devem ser contabilizados no investimento para adubação da cultura de inverno”, explica Fabiano. Segundo ele, o ponto de partida para verificar a disponibilidade de nutrientes é análise do solo: “Eu preciso saber o quanto de nutrientes está disponível na área e isso só é possível através da análise de solo. Repor a adubação sem considerar a safra anterior é anti-econômico. Você pode estar aplicando mais fertilizante do que a planta vai conseguir absorver”.

Avaliar o contexto da lavoura e não apenas a reposição de nutrientes é o que recomenda o pesquisador da Embrapa Trigo, Anderson Santi. “Precisamos considerar se a área recebeu milho nos últimos anos ou foi somente soja, qual o volume de palhada, o tipo de solo, relevo, clima. São vários fatores a considerar antes de fazer a adubação. A racionalidade econômica exige o planejamento no uso de insumos e os fertilizantes representam uma parcela importante dos custos de produção”.

Fonte: Embrapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Xarvio lança tecnologias na Agrishow 2024
Relação custo X benefício pesa mais para que o agricultor decida por máquinas com motorização a combustíveis alternativos
Powell diz ser improvável que próximo movimento do Fed seja de alta de juros
Mapas para identificar plantas daninhas em cana alta tornam controle mais eficiente, otimizando operação de colheita e evitando banco de sementes
Avanços nas tecnologias para pulverizadoras ainda são mais lentas que os avanços do agro brasileiro, diz especialista