Coronavírus: Camil (Itaqui) é a primeira cerealista a firmar TAC com MPT na pandemia

Publicado em 13/07/2020 09:14 e atualizado em 13/07/2020 10:38
Empresa realizará desinfecção completa de todos setores e estabelecerá rotina de testagem, durante 30 dias, a iniciar na segunda-feira (13)

 A Camil Alimentos S. A., de Itaqui, é a primeira cerealista do Rio Grande do Sul (RS) a firmar termo de ajuste de conduta (TAC), perante o Ministério Público do Trabalho (MPT), devido à pandemia. A beneficiadora de arroz e feijão assumiu compromisso, na noite desta quinta-feira (9/7), de fazer e não fazer medidas de contenção e prevenção para enfrentamento da Covid-19. A empresa realizará desinfecção completa de todos os setores. Também estabelecerá rotina de testagem, durante 30 dias, a iniciar na segunda-feira (13/7), de forma que todos trabalhadores da unidade, empregados ou terceirizados, sejam submetidos semanalmente a testes RT-PCR (Real Time - Polymerase Chain Reaction ou Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real). A empresa apresentou listagem com nove casos de trabalhadores que testaram positivo para Covid-19, sendo que nenhum deles consta do Sistema E-SUS como notificado. No mesmo sentido, dos 33 casos de sintomáticos de síndrome gripal não submetidos a testagem, apenas dois constam do Sistema E-SUS, havendo subnotificação em relação a 31 casos.

Os exames serão aplicados sempre nas segundas e terças-feiras, devendo ser observados critérios, a partir dos resultados obtidos. Nos casos confirmados, a Camil manterá em isolamento domiciliar pelo período de 14 dias a contar da data do início dos sintomas ou da data da coleta para teste diagnóstico positivo em caso de infectado assintomático, retornando ao trabalho se estiver assintomático há pelo menos 72 horas. A partir de cada caso confirmado, deverá iniciar busca de contactantes imediatamente, independentemente das demais medidas de vigilância ativa implantadas e pactuadas. Nos casos de teste negativo, os trabalhadores retornarão ao trabalho e, na semana seguinte, serão novamente testados.

A cerealista aplicará exclusivamente testes que tiverem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, acompanhado de laudo de avaliação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz). A execução dos exames e leitura dos resultados devem ser realizadas por profissionais da saúde de nível médio, com supervisão, e/ou de nível superior, com observância de todas as instruções constantes da bula dos fabricantes, devendo todo o procedimento ser acompanhado por equipe da Vigilância Sanitária Municipal e/ou Coordenadoria Regional de Saúde. A beneficiadora registrará afastamentos por síndrome gripal, bem como os resultados de testes aplicados para identificação da novo coronavírus, independentemente do resultado, no respectivo Prontuário Médico do Empregado e realizará a respectiva notificação no Sistema E-SUS-notifica.

O TAC prevê mais 13 obrigações relativas a medidas de prevenção para enfrentamento da Covid-19, dentre elas a garantia de distanciamento entre trabalhadores, fornecimento de face shield e fornecimento de máscaras PFF2. O descumprimento injustificado de qualquer das cláusulas pactuadas no termo ensejará aplicação de multa mensal de R$ 15 mil por cláusula descumprida, além de R$ 1 mil por trabalhador prejudicado. As multas serão reversíveis, preferencialmente, a entidades, projetos ou fundos a serem apontados pelo MPT, que permitam recomposição de danos coletivos causados aos trabalhadores, ou, subsidiariamente, ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O TAC foi firmado pelos procuradores Lucas Santos Fernandes, titular do procedimento e lotado em Uruguaiana (unidade administrativa com abrangência sobre Itaqui) e Priscila Dibi Schvarcz, vice-coordenadora da Coordenadoria Regional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) do MPT e gerente nacional adjunta do Projeto (do MPT) de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos e lotada em Passo Fundo.

O QUE DIZ A EMPRESA:

"A Camil Alimentos esclarece que, desde o dia 15 de março, a unidade produtiva de Itaqui – bem como as outras fábricas da companhia – já tinha adotado todas as medidas preventivas recomendadas pela OMS, como o afastamento dos funcionários que fazem parte do grupo de risco, sanitização de todo o espaço com maior frequência ao longo do dia, fechamento das áreas recreativas coletivas, barreiras sanitárias, aumento de troca entre os turnos, campanhas de conscientização e orientações de higiene, além de aferição de temperatura dos colaboradores na entrada da fábrica. A empresa confirma a assinatura, ontem (9/07), do termo de conduta (TAC) para a planta de Itaqui, em que medidas adicionais aos protocolos da OMS foram solicitadas, e informa que já está implementando todas as medidas acordadas".    
 

 

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Fonte:
MPT - RS

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