Empresas brasileiras buscam acesso ao mercado chinês
O Programa Aterrisagem China selecionou, em 2021, 15 empresas brasileiras que estão próximas de realizarem as suas primeiras exportações para o país asiático. Este avanço é resultado das ações de capacitação e promoção comercial promovidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Apex Brasil dentro do projeto Agro.BR.
Este projeto foi lançado em 2020 para inserir pequenos e médios produtores rurais no comércio internacional. E no contexto do dentro do Agro.BR, o Aterrisagem China, – lançado no ano passado em parceria com a Apex-Brasil e o escritório da Invest SP de Xangai – é uma estratégia inovadora que tem como objetivo preparar e acompanhar pequenas e médias empresas brasileiras para levar seus produtos diretamente ao consumidor chinês.
Além disso, pretende diversificar a pauta de exportações através de ações de marketing comercial e da presença no e-commerce. Outro ponto estratégico é fortalecer a imagem do agro brasileiro naquele mercado.
A iniciativa é realizada em cinco fases: seleção, preparação, aceleração acompanhamento e a efetiva aterrissagem. Inicialmente foram selecionadas 15 empresas e cooperativas dos setores de mel e própolis, frutas e derivados (incluindo sucos), lácteos e cafés especiais para participar.
As atividades seguem até julho deste ano. Nesse momento, as empresas estão em fase de acompanhamento para viabilizar negócios.
Na opinião da coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, o programa é uma oportunidade para entrar de forma qualificada no mercado da China, com produtos de maior valor agregado e adaptados às formas de consumo e preferências alimentares dos chineses.
“O Programa de Aterrissagem tem uma característica inovadora, pois ele dá acesso aos participantes à minúcias do mercado chinês. É um passo a passo para entrar na China que não foi feito antes para empresas do agro”, afirmou ela.
Oportunidades – A CNA enxerga muitas oportunidades no mercado chinês não apenas no comércio tradicional como também no virtual.
De acordo com o estudo “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China”, realizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) em parceria com a CNA e a Klabin, em 2020, o e-commerce chinês registrou vendas de US$ 2,3 trilhões, valor superior aos PIBs do Brasil e da Argentina juntos. Analistas preveem que a cifra alcançará US$ 3,6 trilhões em 2024, quando operações online representarão 58% do varejo total da China (físico e digital).