Dólar fecha quase estável ante real em dia de liquidez reduzida
SÃO PAULO (Reuters) - Em nova sessão de liquidez limitada no Brasil, o dólar fechou a segunda-feira próximo da estabilidade, pouco abaixo dos 6,10 reais, refletindo por um lado o avanço da moeda norte-americana no exterior e por outro a expectativa de que o governo Lula possa adotar novas medidas na área fiscal ao longo de 2025.
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,08%, aos 6,0980 reais. Em janeiro a moeda acumula baixa de 1,31%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- caía 0,17%, aos 6,1175 reais.
A divisa dos EUA registrou a cotação mínima da sessão ante o real ainda na primeira hora de negócios, refletindo uma percepção mais positiva sobre a área fiscal após entrevistas recentes de membros do governo.
Na semana passada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o governo seguia estudando novas medidas para sanear as contas públicas.
Já o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano. Segundo ele, novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação, pelo Congresso, do Orçamento de 2025.
Neste cenário, o dólar à vista marcou a mínima de 6,0771 reais (-0,43%) às 9h39.
O ímpeto baixista, no entanto, era contrabalançado pelo cenário externo, onde o dólar subia ante as demais divisas fortes em meio à expectativa de que o Federal Reserve promova menos cortes de juros no futuro. Às 11h28 o dólar à vista atingiu a máxima de 6,1326 reais (+0,48%).
Boa parte desta volatilidade no dia era atribuída ao fato de o mercado de câmbio no Brasil seguir operando com volumes mais baixos neste início de ano. No fim da tarde, o dólar para fevereiro indicava a negociação de pouco mais de 172 mil contratos na B3 -- menos que a média registrada no mercado futuro em dias normais, quando o volume ultrapassa 200 mil contratos já no início da tarde.
“Estamos em período ainda de escassez de negócios, com fluxo reduzido. Então, qualquer movimento um pouco maior de exportador ou importador tem feito preço”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
No exterior, às 17h10, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,21%, a 109,900.
Pela manhã o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
(Por Fabrício de Castro)
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