Produtor brasileiro precisa se preparar para possíveis desafios nas vendas da safra de soja

Publicado em 24/01/2025 08:38

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Nos próximos meses, o Brasil vivenciará uma intensa colheita da safra 24/25 de soja, que coincidirá com o final do ano-safra, momento em que os produtores precisam fechar as contas para conseguir financiar a safra seguinte. Levando em consideração que a previsão desse ciclo é de uma produção de 170 milhões de toneladas, essa sobreposição deve impactar significativamente a formação de preços da commodity e a estratégia de vendas de grãos dos produtores no mercado, um momento conhecido como Farmer Selling.

“É uma questão de oferta e demanda. O produtor não comercializa 100% da produção no mercado futuro, até por segurança, já que uma eventual quebra de safra inviabilizaria a venda total. Assim, parte da produção é armazenada e vendida em momentos estratégicos. Contudo, uma parcela significativa precisa ser negociada ao final do ciclo, quando há maior pressão negativa nos preços”, explica Aaron Edwards, diretor do Sistema Manancial Consultoria.

As instabilidades climáticas foram o principal fator por trás dessa condição desfavorável, causando atrasos significativos na colheita. No sul do país, a estiagem prolongada gerou relatos de perdas, especialmente nas áreas mais afetadas. Já no Centro-Oeste ocorreu o inverso, o excesso de chuvas resultou em menor incidência de luz solar e dificuldades no uso de máquinas agrícolas. O Mato Grosso, por exemplo, registra o início de colheita mais lento da série histórica.

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Esse cenário torna o Farmer Selling ainda mais desafiador, com um grande volume de soja precisando ser escoado ao final do ciclo, agravado pela insuficiência de infraestrutura de armazenagem para atender à demanda dos produtores.

“Essa situação poderia ser atenuada com mais vendas antecipadas ou investimentos em armazenagem. Estamos falando de uma safra que provavelmente será a maior da história da soja no Brasil e no mundo. Como se trata de um volume recorde, a falta de armazenagem e a baixa adesão às vendas antecipadas amplificam a necessidade de participação no mercado ao final da safra”, complementa Edwards.

Diante desse cenário desafiador, contar com cultivares que ofereçam estabilidade e boa adaptabilidade para condições adversas, além de uniformidade de maturação, é essencial para a gestão e planejamento da logística de colheita e entrega do grão pelos produtores rurais. “A escolha da cultivar adequada é um passo estratégico nesse planejamento de safra. O portfólio da Golden Harvest inclui opções adaptadas para todas as regiões produtoras de soja do país, com produtos que combinam alto potencial e boa estabilidade produtiva. Cada vez mais o produtor brasileiro tem olhado para cultivares que podem entregar um alto teto de produtividade, quando submetidas à uma safra com condições favoráveis à cultura da soja, mas que também ofereçam segurança diante de um cenário de adversidade e limitação climática. E hoje, a Golden oferece essa oportunidade ao produtor através de um portfólio consistente e robusto, que agrega tecnologia e ferramentas para um manejo de alta qualidade, além de um acompanhamento e posicionamento técnico que permite ao produtor explorar o máximo do potencial de cada cultivar que oferecemos,” afirma João Paulo Schechtel, líder de marketing de campo da Golden Harvest.”

Curiosidades sobre a soja: A formação de preços da soja

A formação de preços da soja no Brasil é influenciada por diversos fatores globais e locais, destacando-se a cotação internacional na Bolsa de Chicago (CBOT), o dólar e as condições de oferta e demanda. A CBOT funciona como referência global para os preços da soja, que são cotados em dólares por bushel. No Brasil, o preço em reais é diretamente impactado pela variação cambial, pois a soja é uma commodity de exportação, e o dólar mais alto geralmente favorece a competitividade do grão brasileiro no mercado externo. Além disso, fatores como estoques globais, produção em países concorrentes, clima nas principais regiões produtoras e demanda internacional, especialmente da China, também desempenham papéis cruciais na definição do preço.

Internamente, os custos logísticos, como transporte até os portos, e a infraestrutura de armazenamento influenciam a precificação regional. No momento da safra, os preços podem ser pressionados pela alta oferta, o que beneficia compradores. Já nos períodos de entressafra, a menor disponibilidade do grão tende a elevar os valores, favorecendo os produtores que possuem estoques armazenados. Políticas governamentais, subsídios e taxas de juros também impactam os custos de produção e a decisão dos produtores sobre quando e quanto vender.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

    Produzir menos, trabalhar menos e lucrar.

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    • CARLO MELONI sao paulo - SP

      O JEITO É VENDER A TERRA E APLICAR EM RENDA FIXA-- ISSO É ACONSELHAVEL PARA AQUELAS LOCALIDADES ONDE O PREÇO DA TERRA ESTÁ AO REDOR DE 130 000/ HECTARE, VENDA E APLIQUE NA MODALIDADE IPCA+ 6%, O HECTARE VAI RENDER 7800 REAIS, SEM ARRISCAR NA CHUVA,, E SEM FAZER ABSOLUTAMENTE NADA-- ATENÇÃO ESSE VALOR NÃO É RECEITA É LUCRO

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