Exportações do agro capixaba iniciam 2025 batendo recorde em geração de divisas
O ano de 2025 começou bem para as exportações do agro. Em janeiro, as divisas geradas com as exportações do agronegócio no Espírito Santo somaram mais de US$ 320,9 milhões (ou quase R$ 2 bilhões). Esse valor obtido em apenas um mês superou todo o valor gerado com o comércio exterior do agro capixaba desde o início da série histórica para o mês de janeiro. O resultado representa um crescimento de 63,9%, em relação ao mesmo período de 2024 (US$ 195,8 milhões).
O crescimento no valor de exportações do Estado foi consideravelmente superior em relação aos dados nacionais, em que o índice do Brasil decresceu 5,3% no valor comercializado e caiu 21,2% em volume. Mais de 220,6 mil toneladas de produtos do agro capixaba foram embarcadas para o exterior.
As maiores variações positivas no valor comercializado foram para café solúvel (+168,1%), pescados (+130,2%), café cru em grãos (+119,1%), álcool etílico (+40,7%), gengibre (+22,9%), mamão (+18,9%) e celulose (+0,7%).
Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas: pescados (+139,6%), café solúvel (+87,5%), álcool etílico (+48,1%), gengibre (+35,2%), café cru em grãos (+21,4%), mamão (+18,9%), carne de frango (+11,8%).
“O ano de 2025 começou com um desempenho excelente para o agronegócio capixaba, que teve em janeiro um valor recorde. Superamos em 63,9% todo valor em janeiro do ano passado, que já era um recorde. As divisas somaram quase 2 bilhões de reais, devido aos preços internacionais estarem em alta para boa parte de nossos produtos, contando também com a alta do dólar. Esses fatores levaram a um aumento expressivo no valor comercializado pelo Espírito Santo. O café capixaba manteve o bom desempenho e ampliou os volumes e valores exportados, correspondendo agora por 63% de todos os produtos”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino — representaram 95% do valor total comercializado de janeiro a dezembro de 2025.
No primeiro mês do ano, nossos produtos foram enviados para 87 países. Os Estados Unidos se destacam como principal parceiro comercial, com 15% do valor comercializado, seguido pela China com 9%. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo de janeiro a dezembro foi de 35,7%. “Os dados reforçam a competitividade do agro perante os outros setores no cenário internacional. Isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontua Enio Bergoli
Em janeiro, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 202,1 milhões (63%), seguido por celulose com US$ 82,3 milhão (25,7%), pimenta-do-reino com US$ 21,2 milhões (6,6%), álcool etílico com US$ 2,7 milhões (0,85%), mamão com US$ 2,5 milhões (0,79%), carne bovina com US$ 1,8 milhão (0,57%), chocolates e preparados com cacau com US$ 1,8 milhão (0,55%), gengibre com US$ 1,1 milhão (0,34%), pescados com US$ 781 mil (0,24%) e carne de frango com US$ 617 mil (0,19%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 3,9 milhões (1,21%).
Vale destaque o complexo cafeeiro, que, na pauta de exportação de 2024, ficou em primeiro lugar pela quarta vez na história, respondendo por 60% de todo o valor gerado. No primeiro mês de 2025, a participação aumentou para 63%. A alta de preços no mercado internacional contribuiu para a ampliação desse valor.
“O complexo cafeeiro segue com destaque das exportações do agronegócio, já consolidado como principal arranjo produtivo agrícola em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, principal formador de renda no meio rural do Estado, foi o grande responsável por alavancar esses resultados. Vale lembrar que o conilon está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas”, complementa Bergoli.
Nesse primeiro mês de 2025, o Espírito Santo também foi o Estado que mais exportou gengibre, pimenta-do-reino e mamão, com participação em relação ao total nacional de 53%, 78,5% e 41%, respectivamente. Além disso, superou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.
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