Fox Grãos: startup goiana mostra que o Brasil também é potência em inovação no agro
O agronegócio brasileiro já conquistou o mundo pela sua capacidade produtiva. Agora, uma nova onda de inovação começa a mostrar que o país pode também liderar a transformação digital na comercialização de grãos.
Exemplo disso é a Fox Grãos, empresa fundada em Goiás há apenas três anos e que já movimentou mais de R$170 milhões, com crescimento médio de 200% ao ano. A companhia vem se destacando ao digitalizar processos de compra, venda e logística, tornando as transações mais transparentes e eficientes.
Segundo Donalvam Maia, engenheiro agrônomo, mestre em Agronegócios e com vasta experiencia no setor, a Fox nasceu para resolver gargalos que há décadas afetam produtores e indústrias: negociações pouco ágeis, custos logísticos elevados e dificuldade de integração entre os elos da cadeia.
“O Brasil é líder mundial em produção, mas pode ser também líder em tecnologia aplicada ao agro. A digitalização das transações, a automação dos contratos e a inteligência logística estão abrindo espaço para um mercado mais competitivo e conectado”, afirma o CEO e cofundador da Fox.
Tecnologia em alta no campo
A digitalização das negociações de grãos é uma tendência global. Plataformas que utilizam contratos inteligentes, blockchain e integração logística em tempo real já começam a transformar mercados maduros, e o Brasil não fica atrás.
A proposta da Fox é justamente unir inovação à realidade do campo, conectando produtores, armazéns, transportadores e indústrias em um sistema fluido. O resultado é mais eficiência comercial, redução de custos e previsibilidade logística.
Perspectivas de futuro
A companhia já atua fortemente em Goiás, mas projeta expandir nacionalmente em breve. A expectativa é que o uso de tecnologia na comercialização se torne tão natural quanto já acontece no sistema produtivo brasileiro ou um pix no sistema bancário.
“O agro brasileiro sempre surpreendeu o mundo pela produtividade. Agora é hora de mostrar que também temos inteligência e tecnologia para ditar o ritmo do comércio global de grãos”, conclui Maia.