Petrobras fornecerá 20% do adubo nitrogenado do Brasil a partir de 2026, diz CEO
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras prevê atender 20% da demanda de fertilizantes nitrogenados do Brasil a partir do início do próximo ano, com a retomada das operações de três fábricas que estavam desativadas, afirmou nesta quinta-feira a presidente da estatal, Magda Chambriard.
A fábrica de fertilizantes da companhia na Bahia deverá atender 5% do mercado de ureia, enquanto a fábrica de Sergipe atenderá 7% da demanda, segundo informações no plano estratégico da companhia.
Já a sua unidade no Paraná, chamada Ansa, iniciou a retomada e prevê atender 8% da demanda brasileira de ureia.
Ao participar de evento na Bahia, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Chambriard destacou ainda que a companhia trabalha para colocar em operação a fábrica de fertilizantes nitrogenados UFN-III, em Mato Grosso do Sul, que responderá por 15% da demanda nacional.
"Essa (UFN-III) já está sendo contratada, a obra vai ficar pronta, e quando ela estiver pronta, nós vamos ser capazes, o sistema Petrobras vai ser capaz de entregar 35% de todo o fertilizante nitrogenado que o Brasil precisa", disse a executiva, durante discurso ao lado de Lula.
A retomada de investimentos na área de fertilizantes atende a anseios do presidente, que defendeu desde o início do seu mandato o retorno de investimentos da estatal no setor, uma vez que o Brasil, uma potência agrícola, é fortemente dependente de importações de fertilizantes.
"Com as políticas públicas emanadas do governo federal e com os nossos acionistas, sejam eles governamentais ou privados, nós estamos cientes, presidente Lula, do papel estratégico da Petrobras", disse Chambriard.
"Não vamos esquecer de que se trata de uma empresa estatal e nós estamos muito orgulhosos de poder proporcionar cada vez mais desenvolvimento para o nosso país."
O evento, nesta quinta-feira, marcou o anúncio de investimentos da Petrobras de aproximadamente R$2,6 bilhões na Bahia, incluindo encomendas para o setor naval e fábrica de fertilizantes no Estado.
(Por Marta Nogueira)