Análise de Mercado - 18 de Agosto
Suíno vivo
(18.08) - O preço pago aos criadores de suínos em Santa Catarina, maior Estado produtor do país, apresenta ligeira reação. As cotações entre julho e agosto subiram em relação aos patamares vistos entre abril e junho deste ano, quando o setor começou a sentir as consequências da gripe A (H1N1), errôneamente conhecida como gripe suína. A denominação acabou afetando o consumo da proteína pelo temor de que houvesse contaminação pela ingestão de carne suína.
"O medo de consumir carne por conta do nome da gripe passou um pouco. Estamos voltando aos preços de onde saímos. Mas não vejo grandes mudanças de quadro no setor", afirma o diretor-executivo do Sindicarnes-SC, Ricardo Gouvêa. "Se olharmos para abril, melhorou. Mas gostaria que não fosse apenas um suspiro, mas uma respiração profunda", comentou.
Entidades ligadas aos produtores também afirmam que ainda não há recuperação plena e descartam, por enquanto, tendênci a de alta nos próximos meses. A avaliação é que houve um ajuste depois que o consumidor teve mais informações sobre a nova gripe.
Em julho, o valor médio pago aos produtores independentes foi de R$ 1,95 por quilo e aos integrados às agroindústrias, de R$ 1,97 (ver quadro), voltando ao patamar próximo a janeiro deste ano, de acordo com levantamento feito pela Epagri/Cepa, na região de Chapecó, maior região de comercialização em Santa Catarina. Nos primeiros quinze dias de agosto, o preço médio ainda manteve-se alto se comparado aos meses anteriores, mas apresentou um leve recuo, a R$ 1,84 para os independentes e a R$ 1,93 para integrados.
"Existe uma melhora de mercado, mas não se trata ainda de uma alta consistente. Poderá haver outras pequenas oscilações para baixo porque a exportação pode não deslanchar totalmente", avalia Julio Rodigheri, analista da Epagri/Cepa.
Gouvêa considera a situação "delicada". Em parte porque o consumo no mercado interno não tem reagido com intensidade, uma vez que carnes bovina e frango estão mais baratas e pela queda nas suas exportações. Além disso, parte da produção de carne suína que não está sendo exportada é escoada para o mercado doméstico. Soma-se a isso o fato de as compras da Rússia não serem tão fortes como foram no passado. Hoje, em Santa Catarina apenas Seara e Pamplona estão habilitadas para exportar carnes à Rússia, depois de três anos de embargo ao Estado.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, acredita que não se trata ainda de uma recuperação capaz de "terminar com a crise do setor", e diz que novas altas dependerão da melhora de preços no mercado externo. "Desta vez pode ser uma reação mais lenta, mas acho que passou a fase grave de queda de consumo por conta da gripe. Existe uma reação por conta disso no mercado interno e por conta do inverno, período em que sazonalmente a demanda por suínos é maior". Apesar do preço melhor, ele destaca que ainda está aquém dos custos de produção, hoje em torno de R$ 2,30 o quilo.(Valor Econômico)
|
Frango vivo
(18.08) - Confirmando que na segunda quinzena do mês tudo pode acontecer (infelizmente, para pior), ontem o frango vivo comercializado no interior paulista perdeu cinco centavos de seu preço e, após quase três semanas de cotação estável, foi negociado por R$1,55/kg, valor 16% menor que o registrado 30 dias atrás (R$1,85/kg em 17 de julho de 2009).
Maior ainda, porém, é a redução observada em relação à cotação vigente 365 dias atrás - $1,95/kg, valor que vigorou na maior parte de agosto de 2008: a perda, agora, é de 20,5% ou de 40 centavos por quilo de frango. O que significa também que o produtor necessita, hoje, de um quarto a mais de frangos vivos para auferir a mesma renda nominal obtida em agosto do ano passado.
Como se isso não bastasse, o setor está agora muito próximo do pior preço registrado neste ano – R$1,50/kg, cotação vigente nos 12 dias decorridos entre 30 de abril e 11 de maio de 2009. Pra ticamente a mesma situação vivida em Minas Gerais, onde ontem o frango vivo recuou mais cinco centavos (ou vinte centavos em menos de sete dias) e se encontra agora em R$1,60/kg, valor não muito distante do mínimo deste ano - R$1,50/kg em abril passado.(Avisite)
|
Ovos
(18.08) - Com uma demanda menor, típica do período do mês, os preços seguem pressionados pelos compradores neste início de semana.
E pra variar, infelizmente, com a conhecida fraqueza do produtor, esta pressão será facilmente aceita.
Infelizmente o mercado deverá voltar a patamares de preços nada confortáveis para se produzir.(Com informações do Mercado do Ovo)
|
Boi gordo
(18.08) - A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 78,98, com a variação em relação ao dia anterior de -0,04%. A variação registrada no mês de Agosto é de –1,71%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 42,28, com a variação em relação ao dia anterior de -0,84% e com a variação de -1,88% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação )
|
Soja
(18.08) - A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 46,93. O mercado apresentou uma variação de -2,74% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de –3,81%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 25,13, com a variação em relação ao dia anterior de -3,49%, e com a variação de –3,94% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
|
Milho
(18.08) - A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 19,38. O mercado apresentou uma variação de 0,23% em relação ao dia anterior e de –2,19% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,38, com uma variação de –0,58% em relação ao dia anterior, e com a variação de –2,35% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
www.jornalismointegrado.com.br
|
0 comentário

Quais são terras raras da Ucrânia e por que Trump tem interesse nelas?

Abate de fêmeas cresce em janeiro e acende sinal de alerta sobre ritmo de oferta no mercado do boi; Chuvas na Argentina pressionam milho e soja em Chicago

Zelenskiy diz “façamos um acordo” e oferece a Trump parceria mineral em troca de segurança

Superávit comercial do Brasil cai 65% em janeiro e fica abaixo do esperado com salto das importações

Sindicatos da região de Passo Fundo reforçarão mobilização em Não-Me-Toque no dia 17 de fevereiro

Trudeau diz que conversa de Trump sobre absorver Canadá é "uma coisa real", afirma uma fonte