Sem culpa (Vaivém das commodities)

Publicado em 20/08/2009 06:56

Os pecuaristas não são responsáveis pela alta da carne bovina nos supermercados. É o que diz a Acrimat (associação de produtores de Mato Grosso), com base em dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

O dobro

De fevereiro de 2005 a agosto de 2009, a carne bovina teve alta de 80,1% no varejo, contra 38,5% do boi gordo no pasto. No atacado, foi de 44,1%. Ou seja, a alta para o consumidor foi o dobro do reajuste recebido pelo pecuarista no período.

Frango

A cotação do frango vivo recuou para R$ 1,50 por quilo ontem nas granjas paulistas -o menor valor em três meses. Nos últimos 30 dias, o recuo é de 19%, devido à melhora na oferta e às vendas fracas nas últimas semanas.

Pausa na queda

Após quedas acentuadas no início de semana, as commodities agrícolas seguiram as financeiras e fecharam em alta no mercado externo. Em queda, apenas suco de laranja, em Nova York, e trigo, em Chicago. O açúcar segue deslanchando e subiu 4,1%, para 22,67 centavos de dólar por libra-peso.

No empate

As vendas de defensivos agrícolas deste ano devem ficar próximas das de 2008. Até julho, somaram R$ 5,28 bilhões, com alta de 1% em relação ao período anterior, segundo a Andef.

Abaixo do previsto

A safra mundial de arroz, que vinha obtendo recordes nos últimos anos, deve recuar para 433 milhões de toneladas em 2009/10, segundo o Usda. A queda foi provocada por seca na Índia. Se confirmado, esse volume recuará 3% em relação ao obtido na safra anterior.

Com subsídio

A China inflou os preços da soja com as fortes compras que vem fazendo desde o ano passado. Agora, terá de subsidiar as indústrias chinesas de moagem para conseguir colocar o produto no mercado antes da nova safra, segundo a Bloomberg. O volume das vendas pode atingir 2 milhões de toneladas.

Lucro da deere

A John Deere anunciou ontem lucro líquido mundial de US$ 420 milhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2009, 27% menos do que em igual período de 2008. Em nove meses, o lucro recuou para US$ 1,1 bilhão, com queda de 36%.

No agrícola

As vendas no setor agropecuário recuaram 21% no trimestre e 9% em nove meses em comparação com igual período anterior. Para o ano fiscal, a previsão é de queda próxima de 15%, devido a vendas menores e ao impacto do câmbio.

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Fonte:
Folha de S.Paulo

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