Paraná lidera produção de grãos
O Paraná continua liderando a produção brasileira de grãos com uma safra estimada em 29,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 17,5% ante as 24,9 milhões colhidas no ciclo anterior. Este volume representa 20,3% da produção brasileira avaliada agora em 143,9 milhões de toneladas. Estes dados foram compilados do sexto levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgados hoje (9/3) pelo gabinete do deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). Mato Grosso e o Rio Grande do Sul vêm a seguir com uma safra de 28,4 e 24,2 milhões de t, respectivamente. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
A área plantada no Paraná foi de 8,76 milhões de hectares, uma pequena redução em confronto com a do ano passado, de 8,79 milhões de hectares, enquanto a área cultivada no Brasil foi de 47,65 milhões de hectares a mesma da safra anterior. As culturas de soja (13,87 milhões de t), milho (11,57), trigo (2,54 milhões) e feijão com 853 mil toneladas se destacam no estado. Tanto no Paraná quanto no resto do país, a boa produtividade e a estabilidade das chuvas nas áreas de maior produção são as responsáveis pela melhor avaliação observada nesta safra. O rendimento das lavouras paranaenses cresceu 18%, passando de 2.837 para 3.344 quilos por hectare.
A soja foi muito beneficiada pelo clima e deve alcançar 67,57 milhões de toneladas, 18,2% ou 10,40 milhões de t a mais que o período anterior, de 57,16 milhões de toneladas. A colheita nos estados de maior produção já supera 50%. A safra total de milho (1ª e 2ª safra) está avaliada em 51,38 milhões de toneladas. São 379 mil t a mais que na safra passada. Outras culturas também ganharam com as condições climáticas nas regiões produtoras: O feijão primeira safra teve aumento de 10,6% e produção de 142,1 mil toneladas e o algodão em caroço cresceu 2,1%, o equivalente a 40 mil toneladas, saindo de 1,89 milhão para 1,93 milhão de toneladas. O arroz teve uma queda expressiva no país: caiu de 12,60 para 11,50 milhões de t.
Segundo Micheletto, “uma produção generosa como essa é muito boa para os consumidores brasileiros que vão ter uma oferta abundante de alimentos, uma mesa farta, mas em contrapartida pode ser um problema para os produtores porque vão vender a safra, recebendo, muitas vezes, a um preço que sequer cobre os custos de produção”. Ele disse que nessas condições fica difícil para o agricultor se manter na atividade. “Infelizmente, o governo não vem garantindo o preço mínimo, o que poderia aliviar a situação daqueles que vivem no campo nesta hora que estão colhendo e precisando vender para pagar seus empréstimos junto aos agentes financeiros”, explica o deputado. (Tito Matos)
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