Produtores querem agilidade na liberação de registro de defensivos

Publicado em 12/03/2010 07:38
Preocupado com a perda de competitividade do setor de frutas no mercado internacional, o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Carlos Prado, defendeu nesta quinta-feira (11) a celeridade dos processos de registros de defensivos agrícolas que podem ser usados nesta lavoura. Este foi um dos temas tratados na reunião da comissão, que reuniu representantes dos estados que se destacam na atividade. Segundo Prado, há mais de 700 processos em tramitação nos últimos anos, que esbarram na burocracia e na resistência de órgãos públicos responsáveis por analisar a liberação do uso destes insumos, entre eles o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O problema é que outros países têm muito mais celeridade do que o Brasil na liberação do uso dos defensivos. Aqui, um processo de regulamentação pode levar até quatro anos, e neste período surgem outros defensivos melhores em países com processo mais célere. Como conseqüência, nós perdemos competitividade e se novas marcas destes insumos, o custo de produção aumenta e alguns desistem até de produzir”, afirmou o presidente da Comissão de Fruticultura. De acordo com Prado, o Brasil exporta uma cifra de US$ 700 milhões em frutas. No entanto, esta receita poderia ser bem maior, caso houvesse mais marcas de defensivos existentes no mercado, barateando o custo de produção e assegurando o controle fitossanitário destes produtos. “O Chile, que tem uma extensão territorial muito inferior à nossa, exporta US$ 2 bilhões. A disponibilidade de terra e outras condições amplamente favoráveis comprovam o imenso potencial que nos temos”, completou.
Para buscar a agilidade necessária para desburocratizar o processo de utilização destes insumos na fruticultura, Prado informou que será criado um grupo de trabalho, formado pela CNA, Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Queremos buscar elementos legislativos junto ao governo e ao Congresso Nacional para acelerar este processo”, enfatizou.
Outro tema trata na Comissão Nacional de Fruticultura foi o endividamento do setor na região do Vale do São Francisco, um dos principais pólos frutíferos do país, que supera R$ 511 milhões, segundo dados apresentados hoje no encontro. Pernambuco é o estado desta região com o maior número de produtores com débitos. Só com operações no Banco do Nordeste (BNB), o saldo devedor é de R$ 240 milhões, enquanto que no Banco do Brasil (BB) há um passivo de R$ 48,9 bilhões. Em segundo lugar, aparece a Bahia, com débitos de R$ 131 milhões no BNB e R$ 40,2 bilhões no BB.
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CNA

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