Até 2015, Brasil Foods pretende crescer 10% buscando mercado exterior

Publicado em 26/03/2010 09:07
A Brasil Foods (BRF), maior processadora nacional de aves e suínos, avalia que eventuais aquisições tenham maior probabilidade de ocorrer no exterior do que no País, que não tem muitas oportunidades.

Nildemar Secches, co-presidente do conselho de administração da companhia, disse ontem que a BRF está estudando alvos fora do País, principalmente unidades de processamento, e que a tendência é que a produção da empresa cresça mais fora do que dentro do Brasil. "As oportunidades no exterior são maiores do que aqui. Já compramos muita coisa (no Brasil) e existem oportunidades só em um segmento ou outro", disse Secches a jornalistas após participar de evento da Câmara de Comércio França-Brasil.

O objetivo de futuras aquisições no exterior é ficar mais próximo dos mercados consumidores. Outra vantagem seria a facilidade de adaptação às regras de segurança alimentar desses mercados.

A empresa estaria buscando unidades de processamento de aves, principalmente, a exemplo do que fez no passado com a Plus Foods, da Holanda.

Não necessariamente as unidades fora do País utilizariam matéria-prima brasileira. A da Holanda processa aves trazidas da Tailândia, outro grande produtor mundial.

Secches afirmou que aguarda para o primeiro semestre a aprovação da fusão entre Perdigão e Sadia e que um plano de investimentos conjunto seria divulgado no fim do ano.

Segundo ele, um dos objetivos que a companhia seguirá é crescer em volumes comercializados 10% ao ano durante os próximos cinco anos.

A companhia espera finalizar até o fim do ano um plano de investimentos para os próximos cinco anos. O desenvolvimento do plano depende da aprovação da união entre Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa da BRF é que o Cade decida sobre a fusão ainda no primeiro semestre.

Secches ressaltou que as operações ainda estão separadas, aguardando a decisão do Cade, mas neste mês a companhia já indicou quais executivos e gerentes deverão continuar após a fusão, o que, segundo ele, já levou à saída de alguns funcionários do quadro da empresa.

Secches fez questão de ressaltar que as sinergias existentes entre as duas empresas não levarão a demissões no chão de fábrica, uma vez que, mesmo antes da fusão, a Sadia já havia iniciado investimentos para ampliar a produção. "As empresas têm origem parecida, em Santa Catarina. Isso facilita muito a integração", disse.
Fonte: DCI

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Xarvio lança tecnologias na Agrishow 2024
Relação custo X benefício pesa mais para que o agricultor decida por máquinas com motorização a combustíveis alternativos
Powell diz ser improvável que próximo movimento do Fed seja de alta de juros
Mapas para identificar plantas daninhas em cana alta tornam controle mais eficiente, otimizando operação de colheita e evitando banco de sementes
Avanços nas tecnologias para pulverizadoras ainda são mais lentas que os avanços do agro brasileiro, diz especialista