Fesa impõe mudanças na gestão do fundo estadual

Publicado em 29/03/2010 09:34

O Fesa é fruto da mobilização iniciada pelos pecuaristas associados à Acrimat que não concordavam com o formato e com a gestão do Fefa. No ano passado, a Acrimat conseguiu, por meio da Justiça, suspender a cobrança do Fefa. “Participamos ativamente desta construção para garantir que o Estado com o maior rebanho bovino do Brasil, tenha um fundo de reserva caso haja alguma contaminação, que leve ao abate sanitário dos animais”, comemora o vice-presidente da Acrimat, José João Bernardes.

O estatuto do Fesa, como explica, prevê um mandato de dois anos ao presidente, sem reeleição e trabalho sem qualquer remuneração. “Esse foi um dos grandes paradigmas rompidos”. A primeira gestão será feita pelo presidente da Famato, que tem como vice, o presidente da Acrimat, Mario Candia. No próximo mandato o comando será da Acrimat. “Além disso, firmamos também que quando uma entidade estiver à frente do Fesa, o financeiro pertencerá a outra, como forma de manter a transparência na gestão dos recursos. Por meio do Fesa garantimos a constituição real de um fundo, a aplicação integral dos recursos na sanidade, já que nenhum dirigente será remunerado, a rotatividade no comando e a transparência na gestão”, completa.

Ele lembra que essa ‘poupança’, que garantirá ressarcimento de animais abatidos ao pecuarista, é uma forma de mostrar à comunidade internacional a severidade com que o segmento trata a atividade.

Questionado sobre o caráter compulsório da cobrança, Bernardes é enfático: “Se estivéssemos em outro nível de organização em relação à consciência, a cobrança nem existiria porque cada um estaria fazendo a sua parte. Como uma cabeça contaminada por febre aftosa, por exemplo, compromete um rebanho de mais de 27 milhões de animais, temos de cobrar para ter atestada uma atividade responsável”.

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Diário de Cuiabá

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