Entressafra e chuvas elevam o preço de alimentos em Pernambuco
Com um padrão de qualidade inferior, dá para levar o produto por um preço mais em conta. Hoje, o quilo do tomate está por R$ 1,80. Para revenda, o valor sobe para R$ 2,00.
De acordo com o presidente da Centrais de Abastecimento de Pernambuco S/A (Ceasa), Romero Pontual (foto 2), no primeiro semestre do ano, a oferta é sempre menor porque o Estado entra em época de entressafra. “Por causa dessa parada, nós nos abastecemos com o tomate produzido no Sul e Sudeste do País, como São Paulo e Minas Gerais. Mas as chuvas que caíram na região prejudicaram a produção e a logística”, explicou.
Além do tomate, que aumentou 220% na Ceasa, outros alimentos também tiveram alta, como a batatinha, os folhosos, algumas frutas e o feijão. O preço da laranja, por exemplo, passou de R$ 9,50 para R$ 15. “Esse aumento varia de acordo com o mercado internacional, já que nós importamos esse fruto”, disse Romero Pontual.
MILHO
Já em Pernambuco, o problema é a falta de chuva. Em março, não choveu o esperado em Caruaru, no Agreste do Estado. Por isso, os agricultores começaram a plantar o milho só agora e a colheita vai ficar para o mês de julho.
Nessa semana, o trabalho de preparação da terra tem sido intenso. Pequenos agricultores do Estado pegaram tratores emprestados do Instituto Agrônomo de Pernambuco (IPA) para aproveitar o solo molhado.
Do início de abril até agora, choveu 50 milímetros. Mas essa chuva demorou demais, era para ter vindo no mês passado. A principal conseqüência desse atraso é que o milho que será plantado nos próximos dias só será colhido daqui há três meses, ou seja, depois que as festas juninas acabarem.
“O mês de março, que inicia o mês chuvoso, choveu menos de 50% da média histórica. Consequentemente, os agricultores não tiveram condições de preparar o solo antes”, explicou o agrônomo do IPA, Fábio César. “Antigamente a gente plantava no Dia de São José para colher no São João. Agora a gente não tem época para plantar. A época para plantar é quando cai a chuva no chão”, disse o agricultor Luiz Carvalho.
E pra você que já está pensando nas canjicas, pamonhas e naquele bolinho de milho, é bom conferir o preço do milho antes de sair comprando. Na Ceasa, a mão de milho, com 50 espigas, custa entre R$ 13 e R$ 15. “É o Agreste que nos abastece com o milho verde, mas nós já estamos nos planejando para não faltar no São João”, disse o presidente.
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